sábado, outubro 31, 2009

CIA mantêm rede sobre vigilância apertada

Redes como o Blogger, o Facebook, o Hi5, o Twitter, o Wordpress, entre outras estão na mira da CIA.

Segundo a revista “Wired”, a agência de inteligência dos EUA está a desenvolver software para detectar actividades de suspeitos de terrorismo.



quinta-feira, outubro 29, 2009

Afeganistão e Paquistão, a caixa de Pandora já está aberta?

1988 - Retirada Soviética do Afeganistão

Os sinais estão aí, do Iraque, ao Afeganistão, ao Paquistão, passando pela Somália ao Sudão, pela tensão constante entre o Paquistão e a Índia...

E as coisas parecem não ficar só por aqui...

A Índia tão perto da China...

E Israel com uma vontade louca de premir o gatilho e despejar bombas sobre a Pérsia...

Do Irão, aos Estados do Golfo, passando pela Arábia sinistra, para além do esplendor das pirâmides, esconde-se um Egipto mergulhado numa crise demográfica e a braços com crescente impaciência política, que alimenta devagar a ascensão do movimento radical islâmico da Irmandade Muçulmana.

O Islão ameaça o Ocidente, contudo o Xadrez Mundial joga-se algures entre o Afeganistão e o Paquistão, nas terras altas do Waziristão do Sul.


Mercado de Peshawar (Paquistão), o mundo ao contrário?

Se, no final da década de 80 (século XX) não bastaram 250.000 homens do todo poderoso exército vermelho para derrotar os mujadhines afegãos, hoje os EUA não sabem como vão conter e bater os talibans ou a Al Qaeda, do Afeganistão, ao Paquistão, a guerra alastrou e pretendem mais soldados europeus no terreno.

Não tenhamos dúvidas que está em curso um choque de civilizações, entre o Ocidente e o Mundo Islâmico, que nos ameaça a todos.


44th Divisão de Infantaria dos EUA, em acção na Província de Kunar

Desde 2001, que a caixa de Pandora está aberta, só que agora as consequências são imprevisíveis.

A parada subiu alto demais.

Provavelmente os bombistas suicidas não se vão ficar por Peshawar, as imagens correram mundo e servirão de inspiração à garotada das madrassas (escolas corânicas) de Marrocos à Indonésia, isto para não falarmos dos subúrbios das grandes cidades no Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica e Holanda que ameaçam explodir a todo o momento.

O rastilho está aceso.


Artilharia Canadiana perto de Khandahar

A esta hora, os senhores que nos levaram para a guerra já não sabem como ande descalçar a bota, recordando uma vez mais a todos vós, que os grandes impérios caíram algures entre o Afeganistão e o Paquistão.

As mudanças estão em curso no Mundo, provavelmente nada ficará como dantes, pois os tambores de Marte chamam-nos a todos para a contenda.


Gravuras e Postais Antigos de Moçambique (4)


Cidade da Beira

quarta-feira, outubro 28, 2009

O fundo da linha



O oceano profundo é o maior ecossistema do planeta, porém, continua amplamente inexplorado. Quanto mais desvendamos os seus mistérios, mais descobrimos o quão único este mundo estranho realmente é.

Igreja critica prioridade gay do governo de Portugal

“Não é uma prioridade para o País. Tanto mais num momento em que há uma diminuição de casamentos e uma baixa taxa de natalidade.”

Bispo de Santarém – D. Manuel Pelino


“E porque não se fala de homossexuais que não defendem o casamento?”

Bispo das Forças Armadas – D. Januário Torgal Ferreira


“Há tantos problemas no País. E escolher primeiro este assunto não faz sentido, porque nem sequer é um problema.”

Bispo de Lamego – D. Jacinto Botelho


“Não me pronuncio enquanto a Conferência Episcopal não o fizer.”

Bispo auxiliar de Lisboa – D. Tomaz Nunes


“Tem de se fazer uma análise cuidadosa antes de tomar uma posição.”

Bispo do Porto – D. Manuel Clemente


Reacções a quente?


Os bispos portugueses não deixam de ter razão, há assuntos mais prioritários, para o governo de Portugal se ocupar.

De ano para ano, os nascimentos são cada vez menores, não há uma renovação das gerações.

A taxa de mortalidade ameaça sobrepor-se à da natalidade.

Qualquer dia não há é quem faça descontos.

Os casais optam por ter apenas um filho, quando poderiam ter mais. Não há incentivos para as jovens mães, nem protecção aos seus empregos, havendo empresas que assim que as jovens anunciam que vão ser mães são postas logo a andar.

As diatribes do governo socialista não se ficaram por aí, na última legislatura levaram para a frente a interrupção a lei da interrupção voluntária da gravidez, agora preparam-se para promover o casamento entre homossexuais.

É um ataque à célula basilar das diferentes sociedades humanas, a família que está em causa.

Com diáconos (socialistas) como estes, as sibilas de Bilderberg podem andar contentes, falta pouco para o estado único europeu e para a escravatura total, com Blair nas rédeas do poder total.



segunda-feira, outubro 26, 2009

Welcome to Amazonian Forest


Stupid planet!

Vamos nós fazer o desinfectante!

Álcool em gel

Todos nós já ouvimos e lemos inúmeras informações sobre a gripe A.


Também sabemos que a protecção é o maior meio de combate ao vírus.



Como tal, e devido ao facto deste produto ter triplicado o seu preço, deixo aqui a receita para a elaboração de álcool em gel:


- 2 folhas de gelatina incolor e sem sabor (compra-se em qualquer supermercado).

- 1 copo de água quente para dissolver as 2 folhas de gelatina.

Deixe arrefecer.

Acrescente 12 copos de álcool de 96° graus.


Está pronto o álcool em gel de 72° a 75° graus.



Enviada pelo Octávio, autor do Ondas 3, Blogue de informação e reflexão sobre temas ambientais. Desde Janeiro 2004, porque só os peixes mortos seguem com a corrente.

http://ondas3.blogs.sapo.pt

Rio 2016

As Olimpíadas no Rio de Janeiro estão gerando resultados positivos.
O pessoal já está estudando Inglês...

domingo, outubro 25, 2009

Amadora, 20 anos de uma história com quadradinhos

O Festival Internacional da Banda Desenhada da Amadora chama-se agora Amadora BD e conseguiu colocar a banda desenhada na agenda mediática nacional.

Destes vinte anos longos ao mesmo tempo curtos, os amantes da BD recordam em especial, as boas edições que se realizaram na antiga Fábrica da Cultura e recordam também como o festival encenou a três dimensões alguns dos mais fantásticos universos de papel ou a presença de artistas como Morris, Will Eisner, Hermann, Don Rosa, Moebius, Prado, Art Spielgman, Alan Moore entre muitos outros consagrando autores lusos.

Da lista de convidados deste ano constam alguns monstros da BD: o argentino Carlos Sampayo, o argumentista do mítico Alack Sinner, o francês François Boucq e o brasileiro Maurício de Sousa, o «pai» da Mónica.

http://www.amadorabd.com/



10ª Festa Cinema Francês


Coimbra, 04 a 10 Novembro de 2009
Teatro Académico de Gil Vicente, com o patrocínio do Instituto Franco-Português e da Alliance Française de Coimbra

Pare, Escute e Olhe, um filme de Jorge Pelicano (2)


Sobre o filme:

O interior de Portugal, concretamente e região de Trás-os-Montes, voltou a captar a sensibilidade do realizador Jorge Pelicano.

Tendo a linha do Tua como fio condutor, entre Bragança e Foz Tua, “Pare, Escute, Olhe” comporta duas realidades: troço desactivado e o troço activo.

No primeiro, o comboio já não circula, os autocarros que vieram substituir os comboios há muito que desapareceram, aldeias sem um único transporte público, isoladas.

No troço activo, o anúncio da construção de uma barragem no Foz Tua, encaixada num património natural e ambiental único, ameaça o que resta da centenária linha.

O documentário começa com recuo temporal para ajudar a perceber as causas do despovoamento e as medidas tomadas em torno da questão da via-férrea do Tua: as promessas políticas, o encerramento da Linha do Tua entre Bragança e Mirandela (1991), o ‘roubo’ das automotoras pela calada da noite (1992), o fim do serviço público dos transportes alternativos.

Quinze anos depois, em 2007, no troço desactivo as aldeias estão isoladas e despovoadas. Durante os dois anos de filmagens (2007 a 2009), no troço activo, sucessivos acidentes, o anúncio da barragem, a incúria dos responsáveis na manutenção da linha, marcaram os acontecimentos.

“Pare, Escute, Olhe”, é um documentário interventivo, assume o ângulo do povo para traçar um retrato profundo de Trás-os-Montes. Por isso, a história, não tem propriamente um personagem principal, mas vários: utilizadores assíduos do comboio que necessitam do transporte para ir ao médico ou simplesmente comprar um litro de leite, um activista defensor da linha, um escritor transmontano que nos conduz às entranhas do vale do Tua, um ex-ferroviário que vive numa estação activa, uma autêntico sabedor das notícias da região.

A acção desenrola-se em Trás-os-Montes, Lisboa (centro de decisões do poder central) e Suíça, um bom exemplo de rentabilização e aproveitamento das vias-férreas para o turismo e serviço às populações.

O som ambiente capturado por Filipe Tavares e Joaquim Pinto, dois reconhecidos profissionais da área, transportam-nos para cada plano, como se estivesse-mos naquele lugar, naquele momento.

O documentário conta com uma banda sonora original da autoria de Manuel Faria, Frankie Chavez e Francisco Faria.

“Pare, Escute, Olhe”, tal como o próprio título indica, é um convite à reflexão, parar sobre aquela realidade, escutar as pessoas e as suas reivindicações, olhar para as consequências.

O grande vencedor do Doclisboa foi Jorge Pelicano com a longa-metragem ‘Pare, Escute, Olhe’ que se desenvolve em torno do encerramento de parte da linha do Tua e de um Portugal vítima de promessas políticas oportunistas. O anúncio do Palmarés foi feito este Sábado na Culturgest, em Lisboa.

“É uma felicidade muito grande, mas é também tempo de reflectir sobre o conteúdo do documentário”, disse, Jorge Pelicano ao receber ontem também três prémios no Cine’Eco, em Seia – Grande Prémio Ambiente, Prémio Especial da Juventude e Prémio Especial de Lusofonia.

Na competição internacional, o Grande Prémio Cidade de Lisboa para melhor longa-metragem foi atribuído ao documentário ‘Petition’ de Zhao Liang. O prémio CGD para melhor primeira obra foi atribuído ao documentário October Country de Michael Palmieri e Donal Mosher que examina a violência latente na sociedade americana. O documentário ‘Mirages’ de Olivier Dury foi distinguido como melhor média-metragem e ’10 min’ de Jorge Léon como melhor curta-metragem.

Na competição portuguesa, ‘Pare, Escute, Olhe’ de Jorge Pelicano foi distinguido para o Prémio Tobis para melhor longa-metragem, Prémio para melhor montagem e Prémio IPJ Escolas para o melhor filme da Competição Portuguesa.

Na categoria investigações, o Prémio SIC Notícias para melhor documentário de investigação foi para ‘The Revolution that wasn´t’ de Aliona Polumina que evidencia a queda das ideologias humanistas da ex-União Soviética.



Biofilmografia - Jorge Pelicano

Tem 32 anos, é natural da Figueira da Foz.

Licenciado em Comunicação e Relações Públicas, frequenta actualmente o mestrado de Comunicação e Jornalismo, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Profissionalmente, é repórter de imagem da Sic Televisão.

“Ainda há pastores”, foi o seu primeiro filme documentário que, até ao momento, arrecadou 14 prémios nacionais e internacionais:

Prémio “Lusofonia”,Cine Eco 2006, Seia, Portugal

Menção Honrosa do Júri da Juventude, Cine Eco 2006, Seia, Portugal

Prémio “Atlântico”, Play-Doc 2007, Tui, Espanha

Prémio Imprensa Caminhos do Cinema Português 2007, Coimbra, Portugal

Prémio “Cora Coralina” (Melhor filme), FICA 2007 Brasil

Prémio Zumballe Melhor Documentário – MIVICO 07, Ponteares, Galiza.

Menção Especial no 2º Festival Internacional de Cine Documental de la Ciudad de México.

Prémio Green Award, EFFN – Environmental Film Festival Network 07, Torino, Itália.

Prémio Secção Transfonteirica “Melhor documentário”, EXTREMA DOC 07, Cáceres, Spain

Prémio Melhor Documentário, Katmandhu, Nepal

Prémio Televisão da Eslováquia, Etnofilm Festival 08, Bratislava, Eslováquia

Prémio do Público, Canada's Portuguese Film Festival 08, Toronto, Canada

2º Classificado , Categoria documenário, Ecologico International Film Festival. Lecce, Italia

Menção Especial do Júri, Festival del Documentário d´Abruzzo, Itália, 2009


quinta-feira, outubro 22, 2009

"O Deus da Bíblia é rancoroso, vingativo e má pessoa", José Saramago dixit

José Saramago afirmou que “a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”.



Sobre o livro Caim, que foi apresentado hoje, a nível mundial, o escritor defendeu que “na Igreja Católica não vai causar problemas, porque os católicos não lêem a Bíblia". Mas admitiu que poderá gerar reacções entre os judeus.



“A Bíblia passou mil anos, dezenas de gerações, a ser escrita, mas sempre sob a dominante de um Deus cruel, invejoso e insuportável. É uma loucura!”, criticou, em Penafiel, numa entrevista à agência Lusa, o Nobel da Literatura de 1998, para quem não existe nada de divino na Bíblia, nem no Corão.



“O Corão, que foi escrito só em 30 anos, é a mesma coisa. Imaginar que o Corão e a Bíblia são de inspiração divina? Francamente! Como? Que canal de comunicação tinham Maomé ou os redactores da Bíblia com Deus, que lhes dizia ao ouvido o que deviam escrever? É absurdo. Nós somos manipulados e enganados desde que nascemos!” afirmou.



Saramago sublinhou que “as guerras de religião estão na História, sabemos a tragédia que foram”. E considerou que as Cruzadas são um crime do Cristianismo, porque morreram milhares e milhares de pessoas, culpados e inocentes, ao abrigo da palavra de ordem "Deus o quer", tal como acontece hoje com a Jihad (Guerra Santa). Saramago lamenta que todo esse “horror” tenha feito em nome de “um Deus que não existe, nunca ninguém o viu”.

“O teólogo Hans Kung disse sobre isto uma frase que considero definitiva, que as religiões nunca serviram para aproximar os seres humanos uns dos outros. Só isto basta para acabar com isso de Deus”, afirmou.



O escritor criticou também o conceito de inferno: "No Catolicismo os pecados são castigados com o inferno eterno. Isto é completamente idiota!”.

“Nós, os humanos somos muito mais misericordiosos. Quando alguém comete um delito vai cinco, dez ou 15 anos para a prisão e depois é reintegrado na sociedade, se quer”, disse.


“Mas há coisas muito mais idiotas, por exemplo: antes, na criação do Universo, Deus não fez nada. Depois, decidiu criar o Universo, não se sabe porquê, nem para quê. Fê-lo em seis dias, apenas seis dias. Descansou ao sétimo. Até hoje! Nunca mais fez nada! Isto tem algum sentido?”, perguntou.



“Deus só existe na nossa cabeça, é o único lugar em que nós podemos confrontar-nos com a ideia de Deus. É isso que tenho feito, na parte que me toca.

Fonte: Público e reafirmado por José Saramago, a Judite de Sousa, na Grande Entrevista, na RTP 1, 21.10.2009




terça-feira, outubro 20, 2009

O Mundo Sem Nós, de Alan Weisman

O que seria do nosso planeta se a raça humana desaparecesse?

Quem nunca imaginou um dia acordar e ver-se sozinho na Terra?
Esse é um tema que já foi abordado muitas vezes em diferentes épocas. O que causaria a extinção da humanidade?

Poderia ser a queda de um meteoro gigantesco, assim como acredita-se ter ocorrido à 65 milhões de anos atrás varrendo os dinossauros da face da Terra?

Ou seria o próprio homem exterminando seus semelhantes em alguma guerra absurda?

Um desastroso acidente nuclear?

Ou até mesmo pela fúria da natureza, como por exemplo drásticas mudanças climáticas causadas pela exploração descontrolada dos recursos naturais pelo homem.

Ainda também poderíamos citar a propagação de um vírus mortífero altamente contagioso.

As hipóteses para o fim da aventura humana na terra são inúmeras.


E segundo acreditam alguns cientistas, nossa extinção é inevitável.

Mas, quando seria?

E de que maneira?

Impossível dizer.

Fácil imaginar.


Conforme podemos ler no site “worldwithoutus.com”: «Em “O Mundo Sem Nós”, Alan Weisman oferece-nos uma visão original no que toca às questões levantadas sobre o impacto que a humanidade tem no planeta: pede-nos para imaginar a Terra, sem nós.

Sem ninguém para operar ou fazer manutenções de certos equipamentos usados hoje em dia por nós, as cidades seriam rapidamente afectadas.
Nem mesmo, as grandes metrópoles escapariam. Em apenas 48 horas, as centrais eléctricas entrariam em ‘blackout’. Para citar um exemplo, a ilha de Manhattan, em Nova Iorque, foi construída sobre um pântano, sofreria drásticas mudanças, logo nos primeiros dias. O Metropolitano da cidade ainda conta com bombas de sucção para retirar a água das chuvas. Em caso de avaria e de temporal, em poucas horas, os túneis estariam completamente inundados.

Em poucos anos, os alicerces da cidade ruiriam, abrindo enormes crateras na superfície deixando espaço para a vegetação começar a tomar conta da cidade, transformando-a rapidamente numa floresta.
Não levaria mais do que 100 anos, para a vegetação cobrir ruas e estradas e outros 100 anos, para que as pontes e estruturas de ferro entrassem em colapso. Já as construções de tijolos e de pedras demorariam mil anos para desaparecerem completamente.

Plástico e vidro? 50 mil anos para completa dissolução. Nesse mesmo tempo acredita-se que só restariam ruínas arqueológicas registrando a passagem do homem pela Terra. Resíduos químicos poderiam demorar até 200 mil anos para desaparecerem por completo. Uma triste realidade.

Outras espécies beneficiariam com o nosso desaparecimento.

É o caso das mais de 15 mil espécies de animais que hoje se encontram ameaçadas de extinção devido ao progresso e aos estragos causados ao planeta pelos mais de 6 biliões de humanos que aqui vivem.

Calcula-se que um milhão de aves morram todos os anos ao chocarem contra torres de comunicação, confusas pelas luzes emitidas pelas mesmas. Animais domésticos como cães e gatos voltariam a ser selvagens, e também os porcos e cavalos. Já os ratos e as baratas levariam a pior, afinal eles se alimentam da enorme quantidade de lixo gerada pela população humana.


A extinção da raça humana também traria benefícios ao planeta em si. Sem poluição, emissão de gases e produtos químicos, o ar, terra, rios e oceanos voltariam a ser como eram há milhares de anos atrás.


Mas, a rapidez com que a natureza se recupera é no mínimo curiosa. No dia 26 de Abril de 1986, em Chernobyl, na antiga União Soviética, hoje Ucrânia, ocorreu um dos maiores acidentes nucleares de todos os tempos.

Mais de 20 anos depois dessa região ser evacuada, animais que foram deixados para trás multiplicaram-se e outros considerados em extinção reapareceram, como o lince e a coruja-gigante, raros na região. Até mesmo pegadas de ursos foram registradas. Alguns desses animais não eram vistos nessa área há décadas.


Mas quais seriam os efeitos no planeta com a nossa extinção?

Alan Weisman, professor de jornalismo da Universidade do Arizona e autor de vários livros científicos, lançou um sobre o assunto - The World Without Us, St. Martin Press, 2007 - explicando a sequência de eventos no planeta se desaparecemos amanhã. A respeitada revista britânica ‘New Scientist’ recentemente também descreveu com detalhes como ficaria o nosso planeta com o desaparecimento do homem.

Nesta extensa narrativa, Weisman explica-nos como a nossa infra-estrutura massiva cairia em colapso, sem a nossa presença até finalmente desaparecer; como as nossas coisas do dia-a-dia ficariam imortalizadas como fósseis; como tubos e fios de cobre seriam arrasados para meros costuras em rocha avermelhada; porque algumas das nossas primeiras construções poderiam ser as únicas peças de arquitectura a sobrar; e como o plástico, esculturas de bronze, ondas rádio, e algumas moléculas feitas pelo homem poderiam ser os nossos presentes mais duradouros ao universo.»



A Fox comprou os direitos do best-seller ambientalista «O Mundo Sem Nós» escrito por Alan Weisman em 2007. De acordo com a “The Hollywood Repórter”, a intenção da Fox não é contudo de fazer um documentário mas antes uma peça de ficção que usaria a ciência do livro como estrutura, como por exemplo: «mostrar um evento que levaria ao desaparecimento da humanidade.» Como quem diz, ao género de “O Dia Depois de Amanhã” e afins.

O argumento será entregue à caneta de Mark Protosevich e a realização a Francis Lawrence, realizador “I Am Legend”, protagonizado por Will Smith.

Há cerca de dois meses atrás, o canal História exibiu a série homónima, que me deixou a pensar… sobre a nossa passagem pelo planeta Terra.

http://worldwithoutus.com


segunda-feira, outubro 19, 2009

Pare, Escute, Olhe, um filme de Jorge Pelicano

O retrato de um país.

O retrato de um interior, que pouco a pouco se vai desertificando, em nome dum certo progresso, que privilegia a faixa litoral entre Lisboa e o Porto e o Algarve.

Gradualmente assistimos ao abandono do interior, em nome de quê e de quem?

Que estranhos desígnios são estes?


A CP – Caminhos de Ferro Portugueses prepara-se para encerrar mais umas quantas linhas férreas vetando o interior ao esquecimento, ao ostracismo...


Progresso ou retrocesso?

Mas, voltemos ao excelente documentário de Jorge Pelicano:

Trás-os-Montes, região esquecida e despovoada, vítima de promessas políticas incumpridas.

O anúncio da construção de uma barragem ameaça a centenária linha do Tua.

A identidade do povo transmontano está em risco de submergir.


Dezembro de 91

Uma decisão política encerra metade da centenária linha ferroviária do Tua, entre Bragança e Mirandela. Quinze anos depois, o apito do comboio apenas ecoa na memória dos transmontanos. A sentença acompanhou o rumo de desenvolvimento e acentuou as assimetrias entre o litoral e o interior de Portugal, tornando-o no país mais centralizado da Europa Ocidental.


Os velhos resistem nas aldeias quase desertificadas sem crianças. A falta de emprego e vida nas terras levam os jovens que restam a procurarem oportunidades noutras fronteiras.

Agora, o comboio que ainda serpenteia por entre fragas do edifício Vale do Tua é ameaçado por uma barragem que inundará aquela que é considerada uma das três mais belas linhas ferroviárias da Europa.


Pare, Escute, Olhe é uma viagem por um Portugal profundo e esquecido, conduzida pela voz soberana de um povo inconformado, maior vítima de promessas incumpridas dos que juraram defender a terra.


Esses partiram com o comboio, impunes. O povo ficou isolado, no único distrito do país sem um único quilómetro de auto-estrada.



Exibido no Doc Lisboa 2009, a 18 e a 19 de Outubro.

É novamente projectado no Cine Eco, em Seia, dia 22 de Outubro de 2009, pelas 22 horas.



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