sábado, janeiro 27, 2007

DeLagoa Bay, Lourenço Marques, Maputo...

Maputo é a capital e a maior cidade de Moçambique. Localiza-se no sul do país, na margem ocidental da Baía de Maputo. Tem limites, a norte com o distrito de Marracuene; a noroeste e oeste com o município da Matola, a oeste também com o distrito de Boane, e a sul com o distrito de Matutuíne.


Universidade e Instituto Nacional de Estatística
Biblioteca Municipal do Maputo
Estação de Caminhos de Ferro
Bairro da Coop

Catedral do Maputo


A cidade constitui administrativamente um município com um governo eleito e tem também, desde 1980, o estatuto de província e não deve ser confundida com a província de Maputo que ocupa a parte mais meridional do território moçambicano, exceptuando a cidade de Maputo.


Marisqueira no Miramar

Fábrica da Cerveja Laurentina

O município tem uma área de 300 km² e uma população de 966 837 (censo de 1997), com 1 073 938 habitantes projectados para 2004 (Instituto Nacional de Estatística). A sua área metropolitana, que inclui o município da Matola, tem uma população estimada em 1 744 000 habitantes.

Igreja da Polana

Clube Ferroviário

Marginal

Clube Naval

Clube Desportivo
Escola de Vela do MarítimoPraia da Costa do Sol

Praia do Bairro dos Pescadores

Centro de Conferências

Cinema Infante
Escola PortuguesaAlto Maé

Polana - Av. António Enes

Av. Massano Amorim

Também tenho saudades de Lourenço Marques - Maputo, da Matola, da Namaacha (quedas de água e das pontes de madeira que pecorriam as cascatas e que ninguém fala), de Ressano Garcia, da Catembe, da Ponta do Ouro, do Parque Malongane, do Bilene, Xai Xai, da Marracuene e do por do sol, sim do por do sol, da chuva, dos cheiros e odores...
Da FACIM.
Dos cinemas.
De ir de Machibombo do Alto Mahé à Polana.
Da Costa do Sol.
Do Frango à Cafreal.
Das Chamussas dos Indianos.
Do Arroz de Caril com frango, Arroz de Caril com Gambas e ainda do Arroz de Caril com Caranguejos.
E dos Caranguejos enormes que havia para além da Costa do Sol.
Da Carne de caça e do peixe fabuloso...
Apesar de ter saído de Moçambique com 11 anos, em finais de 1976, as memórias da minha infância feliz permanecem.
Agora tenho 40 anos e sonho voltar um dia ao país que me viu nascer...



Maputo - Imagens Nocturnas

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Cidades Fantásticas, Cidades Obscuras...

Clique com o botão do lado direito do rato, em cima do título e descubra um novo mundo...
2 belgas, François Schuitten e Benoit Peeters descrevem um inacreditável novo mundo...
Cheio de Diversidade...
Coerência...
Organização...
e beleza...

Disponível, apenas nas edições da francesa Casterman, na FNAC, após, a Bertrand ter deixado a Banda Desenhada há mais de 20 anos e após a Meribérica se ter desinteressado da mesma, subsistem em português, apenas dois títulos, destes autores, publicados pelas Edições 70: «A Torre» e a «Febre de Urbicanda»...
Muito mal tem em Portugal, as editoras de livros tratado a 9ª arte, tendo-a relegado para 3º ou 4º plano...
Não é com vinagre que se apanham moscas, lá dizia o velho ditado...
Noutros tempos, as pessoas liam muito mais e porquê?
Havia muito mais banda desenhada disponível e os livros eram mais baratos...
Por vezes, não é com «livros seca», nem xaropes servidos em doses industriais, nas escolas, que se conquistam novos leitores.
Longe vão os tempos da revista Tintin, publicada pela Bertrand, do Mundo de Aventuras e do Falcão e ainda de tantos outros livros de quadradinhos que enriqueceram a nossa infância...
E os álbuns espectaculares publicados pela Meribérica Liber...
Hoje, se queremos ler boa banda desenhada franco-belga, temos que procurar, a que está disponível em francês, porque pura e simplesmente, o mercado livreiro em Portugal, a ignora...

terça-feira, janeiro 23, 2007

Traz outro amigo também


Traz outro amigo também

I

Amigo...maior que o pensamento,

Por essa estrada amigo vem,

Não percas tempo que o vento,

É meu amigo também.

II

Em terras...em todas as fronteiras,

Seja bem vindo quem vier por bem,

Se alguém houver que não queira,

Trá-lo contigo também.

III

Aqueles...aqueles que fizeram,

Em toda a parte, todo o mundo tem,

Em sonhos me visitaram,

Traz outro amigo também.

Poema de José Afonso, enviado por Antero Ferreira

domingo, janeiro 21, 2007

Liberdade


«Liberdade»

Liberdade é...
Respirar e voar
Sem rumo certo
Em constante movimento
Pausa, falar, gritar
Soltar a voz da alma sem receio
Com a liberdade que nos dá ar
Ser gente que sente
Pássaro que voa
Peixe que nada
Longe do mundo que se ressente
Fechado em armadilha
Precipício
e carapaça
Distante da verdade, caído na mentira.
Fulgor que nos trespassa
Livre como o canto
Expressão da pintura
Imaginação dos palcos abertos
Amor da poesia.
Soltar a voz que te corre no sangue
Aquela sem cor
Ou semelhante
Aquela que é tua
E cheira a universo
Constelações
Mundo paralelo
Encanto, pouso, ninho de andorinha
Sem cores e de todas as cores,
sem raças
Na igualdade do sangue
Sem diferenças ou ameaças
Sem rancor ou agonias
Almas iguais que se cruzam entre si
Ondas, sereias e lendas
Revestes da natureza
Solta-se a brisa
Do tamanho da nossa saudade
Tão cheia de ar
Hoje tão cheia de liberdade!

Poema enviado por Joana Sousa Freitas

domingo, janeiro 14, 2007

The Doors, O Rei Lagarto e os Cavaleiros da Tempestade

Clique duas vezes, em cima do título , com o botão do lado direito do rato e descubra, uma das mais inovadoras bandas de sempre...

Já lá vão tantos anos… E contudo a lembrança de Jim Morrison continua presente. Ele não é dos que se esquecem facilmente.

Jim Morrison, cantor, compositor, cineasta, actor, um pouco exibicionista e alcoólico. Jim Morrison e três músicos: Ray Manzarek (órgão e teclas), Robbie Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria).

O grupo formou-se em 1965, em Los Angeles após um encontro de estudantes de cinema da UCLA.

A banda foi buscar o nome ao livro «The doors of perception», de Aldous Huxley, que por sua vez, o tinha ido buscar a um poema de William Blake, artista e poeta do século XVIII, que dizia: «se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria ao homem como realmente é, infinito».

A Guerra do Vietname, a contestação social e o movimento hippie (S. Francisco e Los Angeles).

«The War is Over»

O Cinema, os carros, o jogo, os livros, o cinema, a noite e a morte… Sempre presentes, nos poemas de Jim Morrison.

Riders on the Storm

«Riders on the storm
Riders on the storm
Into this house we're born
Into this world we're thrown
Like a dog without a bone
An actor out alone
Riders on the storm

There's a killer on the road
His brain is squirmin' like a toad
Take a long holiday
Let your children play
If ya give this man a ride
Sweet memory will die
Killer on the road, yeah

Girl ya gotta love your man
Girl ya gotta love your man
Take him by the hand
Make him understand
The world on you depends
Our life will never end
Gotta love your man, yeah

Wow!

Riders on the storm
Riders on the storm
Into this house we're born
Into this world we're thrown
Like a dog without a bone
An actor out alone
Riders on the storm

Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm»

Jim Morrison

«A cidade forma - muitas vezes fisicamente – mas inevitavelmente psiquicamente – um circulo – Um jogo. Um anel de morte com o sexo, no centro.»

A Cultura Urbana e L.A. Woman

«Well, I just got into town about an hour ago
Took a look around, see which way the wind blow
Where the little girls in their Hollywood bungalows

Are you a lucky little lady in The City of Light
Or just another lost angel...City of Night
City of Night, City of Night, City of Night, woo, c'mon

L.A. Woman, L.A. Woman
L.A. Woman Sunday afternoon
L.A. Woman Sunday afternoon
L.A. Woman Sunday afternoon
Drive thru your suburbs
Into your blues, into your blues, yeah
Into your blue-blue Blues
Into your blues, ohh, yeah

I see your hair is burnin'
Hills are filled with fire
If they say I never loved you
You know they are a liar
Drivin' down your freeways
Midnite alleys roam
Cops in cars, the topless bars
Never saw a woman...
So alone, so alone
So alone, so alone

Motel Money Murder Madness
Let's change the mood from glad to sadness

Mr. Mojo Risin', Mr. Mojo Risin'
Mr. Mojo Risin', Mr. Mojo Risin'
Got to keep on risin'
Mr. Mojo Risin', Mr. Mojo Risin'
Mojo Risin', gotta Mojo Risin'
Mr. Mojo Risin', gotta keep on risin'
Risin', risin'
Gone risin', risin'
I'm gone risin', risin'
I gotta risin', risin'
Well, risin', risin'
I gotta, wooo, yeah, risin'
Woah, ohh yeah

Well, I just got into town about an hour ago
Took a look around, see which way the wind blow
Where the little girls in their Hollywood bungalows

Are you a lucky little lady in The City of Light
Or just another lost angel...City of Night
City of Night, City of Night, City of Night, woah, c'mon

L.A. Woman, L.A. Woman
L.A. Woman, your my woman
Little L.A. Woman, Little L.A. Woman
L.A. L.A. Woman Woman
L.A. Woman c'mon»

Jim Morrison

Para os fãs dos Doors, a sua música continha letras de cariz social e político, escritas na sua maioria por Jim Morrison. A batida “jazzística” de Densmore, o bailado das teclas de Manzarek, que com a mão esquerda tocava as partes que deveriam ser tocadas pelo baixo, e a guitarra de Krieger, que mostrava grandes influências do flamenco, da música indiana, do blues e da guitarra clássica, combinadas formavam um som original.

The Soft Parade

«When I was back there in seminary school
There was a person there
Who put forth the proposition
That you can petition the Lord with prayer
Petition the lord with prayer
Petition the lord with prayer
You cannot petition the lord with prayer!

Can you give me sanctuary
I must find a place to hide
A place for me to hide

Can you find me soft asylum
I can't make it anymore
The Man is at the door

Peppermint, miniskirts, chocolate candy
Champion sax and a girl named Sandy
There's only four ways to get unraveled
One is to sleep and the other is travel, da da
One is a bandit up in the hills
One is to love your neighbor 'till
His wife gets home

Catacombs
Nursery bones
Winter women
Growing stones
Carrying babies
To the river

Streets and shoes
Avenues
Leather riders
Selling news
The monk bought lunch

Ha ha, he bought a little
Yes, he did
Woo!
This is the best part of the trip
This is the trip, the best part
I really like
What'd he say?
Yeah!
Yeah, right!
Pretty good, huh
Huh!
Yeah, I'm proud to be a part of this number

Successful hills are here to stay
Everything must be this way
Gentle streets where people play
Welcome to the Soft Parade

All our lives we sweat and save
Building for a shallow grave
Must be something else we say
Somehow to defend this place
Everything must be this way
Everything must be this way, yeah

The Soft Parade has now begun
Listen to the engines hum
People out to have some fun
A cobra on my left
Leopard on my right, yeah

The deer woman in a silk dress
Girls with beads around their necks
Kiss the hunter of the green vest
Who has wrestled before
With lions in the night

Out of sight!
The lights are getting brighter
The radio is moaning
Calling to the dogs
There are still a few animals
Left out in the yard
But it's getting harder
To describe sailors
To the underfed

Tropic corridor
Tropic treasure
What got us this far
To this mild equator?

We need someone or something new
Something else to get us through, yeah, c'mon

Callin' on the dogs
Callin' on the dogs
Oh, it's gettin' harder
Callin' on the dogs
Callin' in the dogs
Callin' all the dogs
Callin' on the gods

You gotta meet me
Too late, baby
Slay a few animals
At the crossroads
Too late
All in the yard
But it's gettin' harder
By the crossroads
You gotta meet me
Oh, we're goin', we're goin great
At the edge of town
Tropic corridor
Tropic treasure
Havin' a good time
Got to come along
What got us this far
To this mild equator?
Outskirts of the city
You and I
We need someone new
Somethin' new
Somethin' else to get us through
Better bring your gun
Better bring your gun
Tropic corridor
Tropic treasure
We're gonna ride and have some fun

When all else fails
We can whip the horse's eyes
And make them sleep
And cry.»

Jim Morrison

Os Doors foram rapidamente conhecidos pela sua rebeldia, principalmente nos concertos. Quando, se apresentaram no famoso Ed Sullivan Show, que já tinha apresentado grandes bandas como os Beatles, Rolling Stones e The Who para o público, a censura exigiu que o grupo alterasse a letra de “Light my fire”, mudando o verso “Girl we could’t get much higher” para “Girl we couldn’t get much better”. No entanto, Morrison cantou a letra original, que devido a ser uma actuação ao vivo, deixou a companhia impotente para fazer alguma coisa.

Enquanto Morrison como figura principal recebia a maior parte da atenção que era dada ao grupo, inclusive nas capas dos ábuns era Morrison que mais aparecia, aos outros membros tornava-se difícil de obterem reconhecimento. Antes de um concerto, em que o apresentador terá anunciado o grupo como “Jim Morrison and The Doors”, Morrison, num acesso de raiva recusou-se a entrar em palco, enquanto o grupo não fosse anunciado apenas como “The Doors”.

Em 1971, Morrison morreu em Paris, em circunstâncias misteriosas, o que levou alguns fãs a pensarem que ele teria simulado a sua morte para escapar à popularidade. Os restantes Doors continuaram, com Manzarek e Krieger a substituírem Morrison como vocalistas e editaram mais dois álbuns, Other voices, em 1971 e Full circle em 1972. Chegaram a realizar novas apresentações ao vivo e duas músicas obtiveram destaque: "In The Eye Of The Sun" e "Tightrope Ride", ambas do álbum Other Voices.

Ray Manzarek

John Densmore

Não sendo um falhanço commercial, “Other voices” também não teve um enorme sucesso. Após a edição de “Full circle”, a banda separou-se por não se sentirem bem sem Morrison.

Robbie Krieger

Em 1991, Oliver Stone, realizou o filme The Doors, com Val Kilmer, no papel de Jim Morrison. Enquanto muita gente ficou espantada, com a encarnação de Kilmer, o filme continha muitas imprecisões e os membros do grupo ficaram descontentes com o retrato de Morrison feito por Oliver Stone, que por vezes, o fez passar por um psicótico descontrolado, sem dar o merecido destaque a sua arte poética.

Nos finais de 2002, Manzarek e Krieger fizeram renascer os Doors, com Ian Astbury dos Cult, no lugar de Morrison e com o baterista Ty Dennis e o baixista Ângelo Barbera, ambos pertencentes à Robby Krieger Band, chamando a si próprios os Doors do século XXI. No entanto, um processo judicial, por parte do ex-baterista John Densmore resultou na mudança do nome para "Riders On The Storm", alusão a uma de suas músicas mais conhecidas.

Discos

  • 1967 - The Doors
  • 1967 - Strange Days
  • 1968 - Waiting for the Sun
  • 1969 - The Soft Parade
  • 1970 - Morrison Hotel
  • 1970 - 13(Coletânea)
  • 1971 - L.A. Woman
  • 1971 - Other Voices
  • 1972 - Full Circle
  • 1978 - American Prayer (realizado com gravações antigas de Jim Morrison, que faleceu em 1971)

Ao vivo

  • 1970 - Absolutely Live
  • 2002 - Bright Midnight: Live in America
  • 2002 - Live in Hollywood

Livro

- «Jim Morrison», da Fora de Texto, colecção Rock On

Filme

- «The Doors», de Oliver Stone, com Val Kilmer. A não perder, simplesmente fabuloso!

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