Auguste Rodin, célebre escultor francês (Paris, 12 de Novembro de 1840 — Meudon, 17 de Novembro de 1917).
As primeiras esculturas de Rodin foram feitas na cozinha de sua mãe, com massa que ela usava para fazer pão. Aos 14 anos, aquele que seria um dos escultores mais geniais da história da arte, já tinha aulas numa pequena academia.
Trabalhou inicialmente como decorador, modelador e cinzelador.
A exemplo do que tantas vezes aconteceu com os grandes artistas, a primeira obra de Rodin, O Homem de Nariz Quebrado (1864), não foi aceite no Salão de Paris. A justificativa do júri foi que a obra era um esboço, uma coisa inacabada. Paradoxalmente, toda a criação do escultor se basearia no conceito de "non finito". No ano de 1875, Rodin realizou uma viagem à Itália, de importância fundamental para sua futura estatuária. Lá se interessou principalmente pela obra de Miguel Ângelo, mais precisamente pela escultura O Prisioneiro, que o mestre deixou inacabada, influência esta que o libertou do academismo. No regresso, o escultor visitou e estudou as catedrais góticas. Pouco tempo depois criou o famoso São João Batista Pregando (1878).
Na contemplação de fragmentos de esculturas clássicas, Rodin compreendeu até que ponto uma parte da obra era capaz de representar o todo dela. Assim, começou fazendo obras cerceadas, por assim dizer, algo que ninguém jamais havia tentado. Exemplo disso são O Homem que Caminha e Torso. No entanto, esses fragmentos de obras não eram produto de um capricho artístico. Na obra A Mão de Deus, há uma ambivalência de significados: a mão divina é na realidade a de um escultor em plena actividade. E foi exactamente o que Rodin tentou expressar ao longo de toda a sua obra: o momento da criação. É por esse motivo que ele pode ser considerado um verdadeiro impressionista.
Rodin teve uma assistente de nome Camille Claudel que também foi escultora e sua amante. Os seus trabalhos são muitas vezes confundidos como de Rodin conjecturando-se este facto.
O Beijo, que faz parte de uma série de esculturas realizadas para a Porta do Inferno, do Museu de Artes Decorativas, O Pensador, da mesma série, e o retrato de Balzac confirmam isso. Tem hoje um museu em Paris dedicado às suas obras e vida (o Museu Rodin), situado no Hotel Biron, ao lado do Hotel des Invalides, túmulo de Napoleão.
Rodin conquistou fama em vida, e suas obras chegaram a ser as mais apreciadas no mercado de arte europeu e americano. Hoje em dia encontram-se nos museus mais importantes do mundo.
http://www.musee-rodin.fr/welcome.htm
(e-mail enviado por Fernando Cardoso e a vogar pela rede)
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