quarta-feira, abril 25, 2007

Grândola Vila Morena

"Era uma vez um país cinzento onde nada acontecia... Ou melhor, as coisas e as pessoas aconteciam e nasciam, mas logo que acabavam de acontecer e de nascer, a cor era-lhes retirada, tudo passava a ser cinzento como nos noticiários da televisão da época. Até que um dia..."


Grândola vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti ó cidade



Dentro de ti ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola vila morena


Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola vila morena
Terra da fraternidade



Terra da fraternidade
Grândola vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena




À sombra de uma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade


Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra de uma azinheira
Que já não sabia a idade


«Grândola, Vila Morena é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime Salazarista como uma música associada ao Comunismo. Às 00h20m do dia 25 de Abril de 1974, a canção era transmitida numa rádio nacional, como sinal para confirmar as operações da Revolução. Por esse motivo, a ela ficou associada, bem como ao início da Democracia em Portugal.

A canção foi incluída no álbum "Cantigas do Maio", editado em Dezembro de 1971, disco que conta com os arranjos e direcção musical de José Mário Branco. "Grândola, Vila Morena" é a quinta faixa do álbum, gravado em Herouville, França entre 11 de Outubro e 4 de Novembro de 1971.

O Zeca estreou a canção em Santiago de Compostela (capital da Galiza) em 10 de Maio de 1972.

No dia 29 de Março de 1974, Grandola, Vila Morena foi cantada no encerramento de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Curiosamente, para esse espectáculo a censura do regime fascista havia proibido a interpretação de várias canções do Zeca, entre as quais "Venham Mais Cinco", "Menina dos Olhos Tristes", "A Morte Saiu à Rua" e "Gastão Era Perfeito".

Às 00:20 da madrugada do dia 25 de Abril de 1974, a "Grândola, Vila Morena" foi tocada no programa Limite da Rádio Renascença. Era a segunda senha que confirmava o bom andamento das operações e despoletava o avanço das forças organizadas pelo MFA. A primeira senha, tocada cerca de hora e meia hora antes, às 22:55 do dia 24 de Abril, foi a música "E depois do adeus", cantada por Paulo de Carvalho.»

in Wikipedia

1 comentário:

Anónimo disse...

será que vivemos hoje em liberdade?

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