domingo, janeiro 30, 2011

As últimas do Egipto

O Egipto está neste momento a ferro e fogo…

Da polícia nem rasto, os militares agora controlam a rua e cercam os manifestantes. As pilhagens das lojas e das residências mais faustosas agora são uma constante, nem os museus escapam!

Mubarak já colocou os familiares mais próximos a salvo. Fugir tornou-se a palavra de ordem, reina o caos na capital e no Egipto, ninguém sabe de ninguém. Não há comunicações, nem telefones nem internet. Só a TV estatal emite. A Al-Jazeera foi proibida e os seus jornalistas confinados aos quartos de Hotel. Os presos das cadeias egípcias fugiram neste cenário dantesco no maior país muçulmano do Norte de África.

É a desordem absoluta.

Enquanto isso, espirais de fumo elevam-se da capital, Cairo…

Ninguém parou para parar nas repercussões desta revolução que escapou à diplomacia ocidental, mas as consequências podem ser imprevisíveis…

O Egipto controla boa parte do tráfego marítimo no Canal de Suez, entre o Indico e o Mediterrâneo por onde fluem cargueiros e super petroleiros que trazem matérias-primas vitais para o Ocidente. Para além disso desempenha um papel vital para os interesses ocidentais e israelitas no Médio Oriente que poderão estar a esta hora definitivamente comprometidos.

O bloqueio noticioso imposto por Mubarak pode levar a três cenários possíveis:

- Um banho de sangue;

- O caminho para a democracia (pessoalmente não acredito neste cenário) – apesar de se encontrar no terreno El Baradei, o favorito dos ocidentais;

- A ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder;

A balança vai pender para um dos lados…

O rastilho continua aceso e ameaça propagar-se ao Líbano, ao Iémen e à Arábia Saudita.

Provavelmente, as coisas não vão ficar como estavam, a Revolução está na rua!

Em jeito de post scriptum: A China já baniu a palavra Egipto dos motores de busca é que a moda se pega, muitas mais revoluções estarão em marcha…

sábado, janeiro 29, 2011

Revolta no Médio Oriente

Ela aí está. Havia muito anunciada pelos antigos profetas…

Começou na Argélia, galgou fronteiras, Tunísia e agora chegou ao Egipto. Começou com a dívida soberana, com a subida dos preços dos bens alimentares e dos combustíveis. Só que desta vez, o povo perdeu a cabeça…

E Ben Ali foi deposto na Tunísia, numa Revolução de Jasmins.

Na Argélia, a revolta foi duramente reprimida pelo Exército argelino.


Só que, no Egipto, o motim desceu à rua, a ira popular tomou conta do Cairo e estendeu-se a outras cidades egípcias, as comunicações estão cortadas, não há telefones, nem internet. E os repórteres fotográficos estrangeiros são o alvo predilecto da polícia egípcia.

Há combates entre populares e a polícia egípcia, corpo a corpo, há carros de polícia incendiados e é provável que o exército intervenha para pôr termo à ira popular.

Estes regimes fantoches que o ocidente trata com carinho tem as mãos sujas de sangue popular. Os direitos humanos não existem do Egipto. A tortura é uma prática comum nas prisões egípcias. Os opositores do regime estão no Estrangeiro. Mas pior, muito pior só na Arábia Saudita.



O Egipto é um país em que, a oligarquia dominante tudo controla, como muitos outros no mundo árabe. Enquanto o povo subsiste, sobrevive como há milhares de anos nas margens do Nilo. Os egípcios vivem em condições degradantes. Há dois milhões de pessoas a viver no cemitério da capital, num país, em que a ostentação convive lado a lado, com a maior miséria.

Disso não se apercebem os turistas ocidentais, pois encontram-se desviados da turba popular em hotéis sumptuosos.

É bem provável que a revolução salte fronteiras e avance ainda mais para leste em direcção ao Líbano (em que o Hezbollah tem o poder quase nas mãos) e ainda mais para sul, ameaçando o maior aliado dos EUA na região, a Arábia Saudita. Aí subirá a parada. É bem provável que o preço do petróleo dispare para níveis incomportáveis!


Surpreendidos!?

Nem por isso.

Advinha-se há muito na agenda escondida, no memorando ditado pelos magos ocultos.

Agora estamos a um pequeno passo da III Guerra Mundial…

E já agora sugiro-lhes uma leitura mais atenta, a das profecias de Nostradamus.

Em cheio, meus caros, diria mais: Bingo! (Tudo demasiado previsível)

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