Luanda é um barril de pólvora prestes a explodir…
Segundo o arquitecto, Troufa Real é uma solução inevitável, uma vez que o crescimento urbano desordenado e o acumular de problemas trazidos pela guerra civil entre o MPLA e a UNITA transformaram Luanda, numa «zona de alto risco».
«A cidade foi pensada para 500 mil habitantes e tem mais de três milhões! Não foi efectuada uma única canalização ou aumentado qualquer depósito de água.»
Há quem fale que na capital angolana vivem 5 milhões de pessoas e em que condições?
Uma mistura pronta a explodir e que poderá acarretar «banhos de sangue como os do Zaire e do Burundi».
Os arquitectos angolanos formularam a proposta. José Eduardo dos Santos ficou de pensar…
E há já quem fale numa Nova Brasília, uma capital estrategicamente colocada no centro do país, entre Luena e Cuito, mas há um senão, os políticos ainda não deram o aval ao projecto.
«Luanda poderia ser uma cidade histórica como são a Baía e Angra dos Reis, ficando a parte política deslocada sem a perturbar.» Prossegue.
«Está a ser delapidado um resto de património que desaparece pela carga humana que a cidade está a sustentar. As pessoas são como as formigas, comem tudo!»
Segundo a revista brasileira «Veja», as autoridades angolanas já teriam contactado o reputado arquitecto Óscar Niemeyer para projectar a Nova Luanda. Ainda, segundo esta revista a novel cidade seria construída no espaço da actual, para uma população de 2 milhões de habitantes.
Segundo, António Gameiro, bastonário da Ordem dos Arquitectos, no caso de Luanda teria de se projectar uma cidade para 7 milhões de habitantes. 
Em Luanda coexistem os muitos ricos, os privilegiados do sistema, que vivem numa cidade há parte e os restantes habitantes, não há lugar ao meio-termo.
Luanda assistiu a um crescimento demográfico exponencial, uma expansão urbana exponencial, um crescimento demográfico que anda na ordem de um terço em relação à população de Angola.
Luanda oferece condições de emprego e de sobrevivência, em relação ao resto do país.
E já agora que tal um pulinho até ao Blogue do Antero, Angola Saudades, fica o link e o convite:
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Texto: Mário Nunes
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