Astrofísico, astrónomo, cientista, escritor, foi director do Laboratório de Estudos Planetários na Universidade de Cornell, cientista convidado do Jet Propulsion Laboratory e no Califórnia Institute of Tecnology, colaborou com a NASA, nos programas Apollo (ida à Lua), Mariner, Viking, Pioneer e Voyager.
Carl Sagan criou a Sociedade Planetária e o programa SETI.
Todos nós recordamos as imagens de Vénus e de Marte, da cintura de asteróides, de Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno e das luas destes gigantes gasosos e das probabilidades de existência de vida nestes mundos distantes.
Ninguém conseguiu antes transmitir através da TV, a maravilha da ciência e do saber, o entusiasmo e a alegria, como Carl Sagan, na série de TV - Cosmos.
Sagan deixou-nos aos 62 anos (cedo demais), vítima de uma pneumonia, quando lutava contra a mielodisplasia.
Deixou-nos um importante espólio e inúmeras obras tais como Cosmos (em livro e em DVD), Os Dragões do Éden, O Cérebro de Broca, O Caminho que Nenhum Homem Trilhou – Inverno Nuclear, Cometa, Contacto, O Ponto Azul Claro e Vida Inteligente no Universo, entre outras obras.
Sagan foi também um activista contra a continuação dos testes nucleares na América e contra a paranóia colectiva da proliferação nuclear.
Carl Sagan falou-nos da probabilidade da existência de vida noutros planetas e noutros pontos do Universo, Aquecimento Global, do financiamento da Ciência, meteoros e cometas, ciência e religião, dinossauros, cepticismo em assuntos paranormais.
Segundo Ann Druyan (viúva de Carl Sagan): “É provável que, se você veio aqui para se juntar a mim em um acto de recordação neste décimo aniversário da morte de Carl, você já conheça bem as numerosas realizações científicas e culturais do homem. É provável que você saiba que ele desempenhou um papel principal na exploração de nosso sistema solar, que ele acrescentou algo a nosso conhecimento das atmosferas de Vénus, Marte e Terra, que ele abriu caminho a novos ramos de investigação científica, que ele atraiu mais pessoas ao empreendimento científico que talvez qualquer outro ser humano e que ele era um cidadão consciencioso tanto da Terra como do cosmos. Talvez você seja um de muitos que foi levemente empurrado a uma trajectória de vida diferente pela atracção gravitacional de algo que ele disse ou escreveu ou sonhou. Em minha estimativa parcial, ele era uma figura histórica mundial que nos incentivou a deixar a espiritualidade geocêntrica, narcistista, “sobrenatural” de nossa infância e abraçar a vastidão — amadurecer ao tomar as revelações da revolução científica moderna de coração”.
Persistente, Sagan não queria morrer sem provar haver vida fora da Terra…
Texto – Mário Nunes
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