terça-feira, setembro 27, 2011
Abertas as portas para viajar no tempo?
Mel Gibson volta a irritar os judeus
Depois da “A Paixão de Cristo”, o actor e realizador australiano Mel Gibson enfrenta vozes indignadas ao anunciar que quer levar a vida de Judas Macabeu ao grande ecrã.
Mas, a polémica surgiu, quando a frase caiu, na altura que nem uma bomba: “Os Judeus são responsáveis por todas as guerras”, disse Mel Gibson (e não deve andar muito longe da verdade).
Depois do “Homem sem rosto”, realizado em 1993, de “Braveheart” (1995), que mereceu a atenção dos Óscares de Hollywood, da “Paixão de Cristo” (2004) e do admirável “Apocalypto” (2006), Mel Gibson pretende voltar ao Médio Oriente, para filmar Judas Macabeu, um judeu que liderou no século II A.C., uma guerrilha contra os Selêucidas e reconquistou Jerusalém.
No entanto, a comunidade judaica já levantou a sua voz e mostrou-se contra o filme: “É simplesmente um insulto contra os judeus!”, disse o rabino Marvin Hier do Centro Simon Wiesenthal, em Los Angeles.
Já com a estreia da obra “A Paixão de Cristo”, Mel Gibson foi acusado de evocar preconceitos contra a comunidade judaica.
sábado, setembro 24, 2011
Free Palestine - Palestina Livre!
O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, entregou ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o pedido de adesão às Nações Unidas de um Estado palestiniano, o que significaria o seu reconhecimento.
O pedido estava dentro de uma pasta com a águia que é o símbolo da Palestina e a cerimónia teve lugar minutos antes de Abbas discursar perante a Assembleia Geral da ONU, que decorre em Nova Iorque (EUA). No momento em que o presidente da Autoridade Palestiniana se aproximou do pódium, para discursar, foram muitos os delegados que se levantaram para o aplaudir.
"Este é o momento da verdade - disse Abbas - o nosso povo espera as respostas do mundo".
Israel reagiu imediatamente. "Lamentamos profundamente, a única forma de existir um estado palestiniano é através das negociações", disse à AFP Gidi Shmerling, porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. "Na nossa opinião a única via para uma verdadeira paz são as negociações, não actos unilaterais", acrescentou.
No discurso, Abbas lembrou aos países membros que, há um ano, a ideia do reconhecimento do Estado palestiniano motivara uma vaga de optimismo e adesão - como que a dizer que este é o momento de cobrar essa reacção. Prosseguiu acusando Israel de continuar a ocupação, de continuar a construir colonatos e de não querer "negociar de acordo com o direito internacional". Lembrou que, pela manhã, e perante confrontos entre palestinianos e israelitas perto do colonato de Nablus - ambos os lados atiravam pedras - os militares israelitas dispararam e mataram um palestiniano. Abbas prosseguiu dizendo que o passo palestiniano "não visa isolar ou deslegitimizar Israel".
Na quarta-feira, também na ONU, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerara que o pedido seria o passo errado. Defendeu que não há "atalhos" no processo de paz com Israel e no reconhecimento do estado palestiniano, e que este pedido é "ilusório".
Obama e Abbas reuniram em Nova Iorque, mas do encontro nada saiu que abrandasse os receios de estalar uma crise diplomática na ONU – os membros estão divididos mas têm alguma margem de manobra uma vez que a resposta ao pedido palestiniano pode levar várias semanas a surgiu – e com temidas repercussões de violência no Médio Oriente.
Cinco países sinalizaram já a sua intenção de votar favoravelmente esta adesão: Brasil, China, Líbano, Rússia e África do Sul. Os palestinianos precisam de pelo menos nove votos positivos, dos 15 membros do Conselho para ver as suas ambições confirmadas. E, acima de tudo, precisam que não haja veto por parte de qualquer dos cinco membros permanentes – algo com que claramente não podem contar, dada a posição assumida pelos Estados Unidos de que usará esse direito para bloquear a iniciativa palestiniana.
“Teremos que nos opor a qualquer iniciativa no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, Ben Rhodes, já após a reunião entre Obama e Abbas.
O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, apresentara uma solução de compromisso: que a Assembleia Geral da ONU (onde os Estados Unidos não têm direito de veto) conceda aos palestinianos o estatuto de Estado não membro das Nações Unidas (têm actualmente o estatuto de entidade observadora) e determine um calendário para as negociações. A proposta dividiu os países membros.
O discurso de Abbas foi seguido em Ramallah (Cisjordânia), onde decorre uma manifestação/festa. Em Gaza, porém, e segundo o relato do correspondente da CNN, o ambiente é muito diferente. Não há euforia.
Aos órgãos de comunicação social
Entrega de abaixo-assinado ao Primeiro-Ministro
50 organizações portuguesas tomam posição conjunta
Pelo reconhecimento do Estado palestiniano como membro das Nações Unidas
Pelo respeito dos legítimos direitos do povo palestiniano
No quadro da anunciada iniciativa da Organização de Libertação da Palestina de requerer o reconhecimento do Estado palestiniano como membro das Nações Unidas, 50 organizações portuguesas subscreveram um abaixo-assinado apelando «ao Governo Português para que, em obediência ao disposto no art. 7º da Constituição da República e aos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, apoie em todos os fóruns internacionais e em particular no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral da ONU, o reconhecimento do Estado da Palestina – com fronteiras nos territórios ocupados em 1967, incluindo Jerusalém Leste – como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas».
O abaixo-assinado foi hoje entregue na Residência Oficial do Primeiro-Ministro, por Rui Namorado Rosa, Presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação, e Carlos Carvalho, do Conselho Nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional – CGTP-IN.
A iniciativa deste conjunto de organizações subscritoras do abaixo-assinado insere-se na sua permanente, comprometida e solidária acção em prol das justas e legítimas aspirações de liberdade do povo palestino.
Lisboa, 20 de Setembro de 2011
O Conselho Português para a Paz e Cooperação
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Pelo reconhecimento do Estado palestiniano como membro das Nações Unidas
Pelo respeito dos legítimos direitos do povo palestiniano
Há muitas décadas que a legalidade internacional, expressa nas resoluções das Nações Unidas, reconhece o direito inalienável do povo palestino a viver em liberdade dentro das fronteiras de um estado livre e soberano. Em 1988, a Organização de Libertação da Palestina proclamou a independência de um Estado da Palestina nos territórios ocupados por Israel na guerra de 1967, a Margem Ocidental do rio Jordão, incluindo Jerusalém Oriental, e a Faixa de Gaza, no espírito das resoluções nº 242 e 338 do Conselho de Segurança da ONU.
Dezoito anos decorridos sobre a assinatura dos acordos de Oslo, aquela legítima aspiração continua por cumprir. Dia após dia, o povo palestino enfrenta a violenta ocupação dos seus territórios, a contínua expansão dos colonatos que o direito internacional considera ilegais e ilegítimos, a construção do muro de segregação condenado pelo Tribunal Internacional de Haia, e o bloqueio imposto sobre a Faixa de Gaza. Dezoito anos depois de Oslo, Israel persiste em desafiar o direito e a legalidade internacional.
Assim, e no quadro da iniciativa anunciada pela OLP junto das Nações Unidas, as organizações abaixo designadas apelam ao Governo Português para que, em obediência ao disposto no art. 7º da Constituição da República e aos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, apoie em todos os fóruns internacionais e em particular no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral da ONU, o reconhecimento do Estado da Palestina – com fronteiras nos territórios ocupados em 1967, incluindo Jerusalém Leste – como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas.
Ao mesmo tempo, as organizações signatárias apelam a todos os cidadãos e, em geral, à opinião pública, para que se mobilize e manifeste, de forma comprometida e solidária, em apoio às justas e legítimas aspirações de liberdade do povo palestino.
Lisboa, 19 de Julho de 2011
Organizações
- Associação de Agricultores do Distrito de Lisboa – A.A.D.L
- Associação de Amizade Portugal Cuba – AAPC
- Associação de Intervenção Democrática – ID
- Associação Iniciativa Jovem
- Associação Juvenil e Cultura Hey Pachuco
- Associação Opus Gay
- Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin
- Associação Portuguesa de Deficientes – APD
- Associação de Reencontro de Emigrantes
- Colectivo de Solidariedade com Mumia Abu-Jamal – CMA-J
- Comissão de Moradores do Bairro 3 do Alto Seixalinho
- Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional – CGTP-IN
- Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos – MURPI
- Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes – CNOD
- Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto – CPCCRD
- Confederação Portuguesa dos Quadros Técnicos e Científicos – CPQTC
- Conselho Português para a Paz e Cooperação – CPPC
- Ecolojovem - «Os Verdes»
- Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal – FESAHT
- Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro – FEVICCOM
- Interjovem
- Juventude Comunista Portuguesa – JCP
- Movimento Cívico Vidas Alternativas – Rádio Comunitária
- Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP
- Movimento Democrático de Mulheres – MDM
- Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – MPPM
- Partido Comunista Português – PCP
- Partido Ecologista “Os Verdes” – PEV
- Porto com Cuba
- Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas – SIESI
- Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa – STEFFAs
- Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares do Sul e Regiões Autónomas
- Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul – SITE/SUL
- Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal – CESP
- Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo e Similares do Sul
- Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Curtumes do Sul
- Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local – STAL
- Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário – SNTSF
- Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações – SNTCT
- Teatro em Movimento
- Tribunal Iraque - Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque
- União dos Resistentes Antifascistas Portugueses – URAP
- União dos Sindicatos de Aveiro / CGTP-IN
- União dos Sindicatos do Distrito de Beja / CGTP-IN
- União dos Sindicatos do Distrito de Braga
- União dos Sindicatos de Lisboa – USL
- União dos Sindicatos do Porto / CGTP-IN
- União dos Sindicatos de Setúbal / CGTP-IN
- União Sindical de Torres Vedras
- Universidade Popular do Porto – UPP
Só que, o Primeiro-ministro português não teve uma posição de coragem, cedeu aos interesses dos Senhores do Dinheiro e do lobby americano e israelita – conforme fizeram todos os figurões da Europa.