O próximo domingo
vai ter mais um segundo devido a um acerto da hora imposto pela diminuição da
velocidade de rotação da Terra, situação que já levou à redução de 25 segundos
nos últimos 40 anos.
A decisão segue
uma recomendação da entidade internacional que estuda a relação entre a rotação
da terra e a medição do tempo atómico, International Earth Rotation Service
(IERS).
A alteração, no
caso português, passa por adiantar a hora oficial às 00.59,59 horas para a
1.00,00 horas, no caso do Continente e do Arquipélago da Madeira, enquanto nos
Açores a mudança ocorre das 23.59,59 horas de sábado para as 0.00,00 horas de
domingo, de acordo com a autoridade portuguesa que estabelece e fornece a hora
legal do país, o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
Este tipo de
acerto, com a introdução de um "segundo intercalar", é feito no final
dos meses de Junho ou Dezembro e começou a ser realizado em 1972, ano desde o
qual foi feito 25 vezes, de acordo com o OAL.
O Director do
Observatório, Rui Agostinho, citado pela agência Lusa explicou que a diminuição
do tempo que a Terra leva a concretizar uma volta em torno do seu eixo, que
equivale a um dia (24 horas) é constante e calcula-se que vai prolongar-se de
modo a que dentro de 4.600 milhões de anos, se o planeta ainda existir, irá
parar definitivamente, de acordo com as previsões científicas.
A redução da
velocidade é devida à força gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra e à
diferença do efeito que essa acção produz na superfície do planeta ou no seu
centro e que é a responsável por a existência de marés nos oceanos, ao levar a
água a deslocar-se de um lado para o outro nas longas superfícies marítimas do
planeta, explicou o investigador. O relógio marcar mais ou menos um segundo
pode parecer indiferente, mas na actualidade pode ser determinante para falhar
um prazo e o tempo acumulado levar a variações de meses ou dias, como sucedeu
no império romano ou mesmo já no século XVI.
"Num segundo
pode-se perder ou ganhar muito dinheiro" nas bolsas de valores,
exemplificara, em anteriores declarações à Lusa, o Director do OAL.
Depois de ter sido
medido através da observação dos astros, com ampulhetas, relógios de sol,
mecânicos ou electrónicos, chegou-se aos relógios atómicos que mantém o tempo
na actualidade.
Só que o rigor
destes equipamentos, que funcionam com base nas características de um metal
chamado césio, não se compadece com as oscilações no movimento de rotação da
terra, e sustenta, Rui Agostinho, desde 1958 as máquinas já contam com um
avanço de 34 segundos em relação ao tempo solar médio, ou hora legal.
Aquando da
introdução do tempo atómico, há 53 anos, foram feitas as contas que
determinaram a duração da unidade de tempo que é o segundo (Sistema
internacional de Unidades), a partir da subdivisão de um dia completo em 24
horas, depois em minutos e finalmente em segundos.
Correcções
na contagem do tempo levaram o imperador romano Júlio César a acrescentar dois
meses ao ano 46 a.C. e a que, em 1582, o papa Gregório XIII tivesse feito um
acerto ao calendário, galgando dez dias de uma vez.
Fonte: Jornal
de Noticias
E esta hein?
Parece coisa de
filme de cinema…
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