O economista
Ettore Tedeschi temia que alguém com poder no Vaticano mandasse matá-lo, avança
o jornal "El País", e por isso preparou um enorme dossier com provas
sobre o branqueamento de capitais no banco daquele Estado religioso. Caso
apareça morto, todo esse trabalho será entregue a um conjunto-chave de pessoas.
O diário espanhol nomeia
a lista de pessoas que deverão receber o meticuloso conjunto das alegadas
provas dos crimes do Vaticano: a dois amigos pessoais, um advogado, um
jornalista e, por fim, ao Papa.
São e-mails,
fotocópias de agendas, anotações que, segundo Ettore Tedeschi, servirão para
provar por que motivo falhou a sua missão no Instituo de Obras Religiosas. Na
sua investigação, descobriu a circulação de dinheiro sujo de empresários,
políticos e chefes da Máfia.
O Vaticano teme
agora que o relatório de Ettore Tedeschi venha a público e já ameaçou as
autoridades italianas de que, caso tais documentos não sejam retirados da posse
do economista, que todos terão que responder perante os seus tribunais.
Além dos casos de
fraude, lavagem de dinheiro e corrupção, do actual escândalo que envolve o
Vaticano também fazia parte um suposto plano para eliminar Bento XVI.
Recorde-se que, no
passado dia 25 de Maio, o mordomo do Papa, Paolo Gabriele, foi detido sob
suspeita de roubo de documentos e correspondência papal.
Entretanto, os
inimigos de Ettore Tedeschi já questionaram a saúde mental do economista e
pediram a realização de uma avaliação psicológica.
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