Há coisas que não
esqueço (e os gregos também não), como ocidental e europeu.
Não esqueço
o inegável contributo que a Mãe Grécia prestou à Humanidade, quer nas Ciências ou
nas Letras.
A Grécia foi durante
três milénios, um farol no meio das trevas da ignorância, enquanto que na Germânia
e nas frias terras do norte, a barbárie grassava.
Redundâncias dirão
vocês, nada de mais errado direi eu.
Também não posso
esquecer a generosidade, a bravura e a entrega desinteressada dos soldados
gregos, que ao longo de vários momentos da nossa História impediram a invasão da
Europa. Comecemos por Termopolidas, em que um punhado de guerreiros espartanos,
se impôs a milhares de soldados persas, que se preparavam para marchar sobre o
velho continente.
Também não posso esquecer as variadíssimas vezes que o
Império Bizantino retardou a ascensão do Império Otomano. Graças à preciosa ajuda de três cruzadas que iam combater os infiéis, acabou por sucumbir em 1453,
quase mil anos depois da queda de Roma e às mãos de Maomé II.
Onde estava a
Europa, quando os bizantinos (os gregos) precisaram de ajuda?
Em finais do século XIX
e princípios do século XX, os Balcãs voltaram-se a agitar, com guerras
intermináveis entre gregos e turcos, que culminaram com a independência da
Grécia. Os gregos refrearam as investidas dos turcos e controlaram os seus instintos
expansionistas durante a I Grande Guerra Mundial.
Jamais posso esquecer
ainda a dívida de guerra que a Alemanha tem para com a Grécia, que remonta à II
Grande Guerra Mundial. A Alemanha deve à Grécia em moeda actual, o equivalente à
actual dívida grega.
Só que a Alemanha esqueceu-se que tem uma dívida de guerra
para liquidar, para com a Grécia, quer em termos humanos, quer ainda referente à delapidação do
património helénico, contas bancárias e tesouros gregos utilizados pela Alemanha de Hitler.
Se calhar a Senhora
Merkel teve uma amnésia expansionista, que se esqueceu daquilo que deve.
Actualmente o exército
grego é um travão quer para a Turquia quer ainda para o Irão. Quando os tambores da guerra
rufarem novamente, espero que os gregos abram o sinal verde para o centro e
Norte da Europa. Só assim os povos germânicos e nórdicos apreenderão a
importância da palavra chamada Grécia, pois é inadmissível a Humilhação que a
Mãe Grécia sofre às mãos frias e reptilianas de Merkel & Associados.
7 comentários:
Ecelente post Mário, muito obrigado.
Um abraço
A sua evocação da Grécia é empolgante; ou deveria ser
mas só ganha aplicação na última palavra - Associados.
É que, o povo alemão, desta vez e apesar de o homem da rua andar a 'dizer umas patetices', pouco tem com 'isto tudo'.
Os 'Associados', ie. quem arregimentou a sra Merkel e seus homólgos e os antecessores de ambos, é que deverão ser confrontados com o que diz no seu límpido discurso; não é o povo alemão nem 'a Alemanha'.
(desculp'os adjectivos)
Se os povos da Europa não se levantarem,
os bancos trarão o fascismo de volta.
Não vos pedimos para apoiar a nossa luta por solidariedade, nem porque o nosso território foi o berço de Platão e de Aristóteles, de Péricles e de Protágoras, dos conceitos de democracia, de liberdade e da Europa. (…)
Pedimos-vos que o façam no vosso próprio interesse. Se autorizarem hoje o sacrifício das sociedades grega, irlandesa, portuguesa e espanhola no altar da dívida e dos bancos, em breve chegará a vossa vez. Não podeis prosperar no meio das ruínas das sociedades europeias. Quanto a nós, acordámos tarde mas acordámos. Construamos juntos uma Europa nova, uma Europa democrática, próspera, pacífica, digna da sua história, das suas lutas e do seu espírito. Resistamos ao totalitarismo dos mercados que ameaça desmantelar a Europa transformando-a em Terceiro Mundo, que vira os povos europeus uns contra os outros, que destrói o nosso continente, provocando o regresso do fascismo".
Fonte:http://www.resistir.info/grecia/mikis_theodorakis_07nov11_p.html
A IMPOSTURA DO G20 E O DESCALABRO DA UE & DO EURO:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=tv4WyOQedj4#!
O verdadeiro fascismo punha os bancos na ordem.
Foi quando os fascismos,nacionalismos e nazismo foram derrubados que os bancos tomaram conta disto através da democracia.
Dantes havia honra,estadismo e intresse nacional.
Hoje é o triunfo dos porcos.
Encontrei isto que acho muito bem visto:
"Para muitos gregos, o que têm feito vão continuar a fazer, ainda com mais convicção: não pagam impostos. A impunidade está garantida pela falta de dinheiro ou bens. Quando não se tem nada, o que nos podem tirar? Há um poder enorme conferido pela pobreza. Ainda maior quando se descobre que se pode viver feliz com muito pouco.
O Governo está a incluir impostos nas contas da electricidade. E a cortar o abastecimento a quem deixa de pagar. Em resposta, organizou-se um movimento, apoiado pelos sindicatos, para fazer ligações directas aos postes e centrais.
A desobediência está a alastrar-se. Com uma certa volúpia. As pessoas têm prazer em não cumprir nada. Em Atenas, fuma-se em todos os cafés, bares, restaurantes, locais de trabalho, apesar da lei que o proíbe. Os motociclistas circulam com o capacete debaixo do braço.
Há um limite abaixo do qual ninguém aceita viver. A felicidade não se pode impor por decreto, mas a infelicidade também não. Se o contrato social deixa de servir a uma das partes, quebra-se, como qualquer contrato. A ideia de que uma geração pode ser sacrificada é absurda por definição. Sacrificada a quê?
Ninguém entende como podem os gregos viver submetidos a tanta pressão. Pois a explicação é esta: à margem das notícias, eles já estão a libertar-se."
http://farplex.blogspot.com/2011/11/anarquia-da-felicidade.html
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