« Maputo - Construída de forma estratégica sobre a baía de Maputo, a cidade caracteriza-se pelas suas longas avenidas dispostas geometricamente e embelezadas por acácias. Com a denominação de Lourenço Marques até 1975 (ano da independência), este local foi visitado por Portugueses desde o início do século XVI e a construção da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição iniciou-se em 1781, o que viria a permitir que Lourenço Marques fosse elevada a cidade em 1877 e a capital de Moçambique em 1898.», in http://www.kanimambo.com
domingo, abril 27, 2008
Imagens do Maputo (ex-Lourenço Marques)
sábado, abril 26, 2008
sexta-feira, abril 25, 2008
Abril em Portugal
É Primavera, de novo em Portugal, estação de mudanças.
É Abril, de novo em Portugal.
Foi tempo de mudança há 34 anos atrás.
Recordamos com saudade «E Depois do Adeus» e «Grândola Vila Morena», interpretadas por Paulo de Carvalho e por José Afonso, respectivamente e em jeito de “slow motion” colocamos no DVD “Capitães de Abril”, de Maria de Medeiros e a nossa memória colectiva é de novo assaltada pelas imagens da progressão dos tanques, numa longínqua noite de 24 para 25, em Abril, de 1974 (já lá vai mais de um quarto de século), da sua progressão, do evoluir da situação desde o Terreiro do Paço, até ao cerco do Quartel do Carmo.
A revolução dos cravos, a revolução das flores, uma das mais belas do século XX e onde o sangue praticamente não correu.
Recordamos de novo Salgueiro Maia, um Homem com H bem grande, o capitão de Abril, o Homem que fez a revolução e por todos foi injustamente esquecido.
O Homem que libertou Portugal do jugo da ditadura, do esquecimento, do marasmo e que ajudou o país a colocar termo a uma guerra injusta.
Eram tempos de chumbo e em África, Portugal travou 13 anos de guerra, numa das mais longas guerras do século XX, em diversos teatros de guerra, numa frente com milhares de quilómetros, com milhares de baixas, feridos e estropiados.
O país debateu-se contra tudo e contra todos, até sermos vencidos pelos ventos da História.
O dia 25 de Abril de 1974 marcará para sempre a História de Portugal.
Em poucas horas, um golpe militar pôs fim ao regime ditatorial que durante 48 anos dominara o país.
Um golpe que a euforia popular depressa transformou na Revolução dos Cravos. Tendo as flores tomado de assalto os tapa chamas das espingardas automáticas do exército português.
Foi a última revolução romântica do velho continente.
Os mortos desta revolução são às mãos da toda e omnipotente Policia Política do regime de então, a PIDE/DGS – 4 mortos e dezenas de feridos. Só às 09:30 horas do dia 26 de Abril de 1974, se obterá a rendição da António Maria Cardoso.
A revolução de Abril e a consequente descolonização pecaram por tardias.
Tardámos em acordar e em reagir…
A descolonização deveria ter sido efectuada em 1961, seria então a altura certa para negociar, sem mortos, sem sangue, sem guerra e sem feridas por sarar, que o tempo demora em apagar.
Haveria em África então lugar para todos e
E ainda hoje pagamos por isso, o atraso do país, a falta de aposta na educação, na modernização e na sua industrialização.
Abril chegou tarde para um país que estava adormecido e tardou em acordar.
Os ideais de uma revolução, que posteriormente foram traídos por aqueles que de socialistas tem muito pouco e que de socialismo nada vêem, quando negam os cuidados essenciais de saúde e de educação, ao interior do país, quando era suposto estes serem para todos.
Recordam-se do lema do MFA «A Paz, a Habitação, o Pão, a Saúde e a Educação»?
Pois bem, estes ideais da revolução dos cravos foram traídos por aqueles em quem o povo duplamente confiou!
Texto Mário Nunesquinta-feira, abril 24, 2008
Grândola Vila Morena, José Afonso
Grândola vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti ó cidade
Dentro de ti ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra de uma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra de uma azinheira
Que já não sabia a idade
«Grândola, Vila Morena é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime Salazarista como uma música associada ao Comunismo. Às 00h20m do dia 25 de Abril de
A canção foi incluída no álbum "Cantigas do Maio", editado em Dezembro de 1971, disco que conta com os arranjos e direcção musical de José Mário Branco. "Grândola, Vila Morena" é a quinta faixa do álbum, gravado em Herouville, França entre 11 de Outubro e 4 de Novembro de 1971.
O Zeca estreou a canção em Santiago de Compostela (capital da Galiza) em 10 de Maio de 1972.
No dia 29 de Março de 1974, Grandola, Vila Morena foi cantada no encerramento de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Curiosamente, para esse espectáculo a censura do regime fascista havia proibido a interpretação de várias canções do Zeca, entre as quais "Venham Mais Cinco", "Menina dos Olhos Tristes", "A Morte Saiu à Rua" e "Gastão Era Perfeito".
Às 00:20 da madrugada do dia 25 de Abril de
in Wikipedia
E Depois do Adeus, Paulo de Carvalho (2ª Via)
E Depois do Adeus
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto,
Eu
Eu
Partir é morrer
Como amar
E ganhar
E perder
Tu vieste
Eu
Tu te deste
Eu
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência
Tua
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste
Te
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
E depois do Adeus foi a canção que serviu de senha de início da revolução de 25 de Abril de 1974. Com letra de José Niza e música de José Calvário a canção foi escrita para ser interpretada por Paulo de Carvalho na 12ª edição do Festival RTP da Canção, do qual tinha saído vencedora pouco tempo antes.
Com a transmissão de E depois do adeus, pelo Emissores Associados de Lisboa às 22h55m do dia 24 de Abril de 1974, era dada a ordem de partida para a saída dos quartéis.
A Barca de Caronte
A barca da morte carregada de armas e munições aproxima-se do Zimbabwe, enviada pelo Governo Chinês, o mesmo que em nome da paz e da fraternidade organizam os Jogos de 2008 e patrocinam intra e além muros, a repressão, a tortura e o medo.
Após uma contagem e outra recontagem dos votos, Mugabe sonha perpetuar-se no poder, nem que seja para reinar sobre os mortos!
Advinha-se mais um genocídio em África, com a benção da comunidade internacional.
Moçambique e a África do Sul recusaram a aportagem, a tal sinistra embarcação, agora, esta prossegue rumo a Angola, onde, os chineses esperam descarregar, a carga letal com destino ao Zimbabwe.
Texto – Mário Nunes
segunda-feira, abril 21, 2008
Mundo de Aventuras, de Regresso ao Passado
38 anos de história, ao longo de 4 séries, entre 18 de Agosto de 1949 a 15 de Janeiro de 1987, 1841 números publicados(!)
Pasme-se! Qual a revista que em Portugal se pode orgulhar de tal feito!
Esta revista preencheu o imaginário de inúmeras gerações e nos tempos áureos chegou a ter uma tiragem superior a 50.000 exemplares!
Inúmeros heróis da BD: Agente Secreto X-9, Brick Bradford, Cisco Kid, Fantasma, Flash Gordon, Garth, Johnny Hazzard, Kit Carson, Korak, Lone Ranger, Matt Dilon, Mandrake, Principe Valente, Rip Kirby, Roldan, Superhomem, Tarzan, entre tantos outros, desfilaram pelas páginas daquelas que que foi uma das revistas de mais vendidas de Portugal e não só...
O Mundo de Aventuras fazia também furor em Angola, Moçambique e demais espaço lusófono...
Mandrake é um dos mais famosos e populares heróis da banda desenhada mundial, em particular, da banda desenhada americana das décadas de 30 e 40 do século XX. Mandrake, o rei da Magia, educado num colégio de magia no Tibete, por um mago Théron, onde aprendeu todos os segredos da esotérica arte da magia.
Esta série de banda desenhada pertence a um género fantástico, no qual Mandrake utiliza os seus poderes extraordinários de mágico, mostrando toda a sua astúcia, habilidade, agilidade e destreza de mãos, os truques, os disfarces e a capacidade de se transformar e de transformar os objectos e as pessoas. Com efeito, Mandrake consegue, entre outras coisas, suspender as pessoas no ar, transformar os homens em animais, fazer desaparecer ou animar os objectos, tornar as pessoas e ele próprio invisíveis, produzir paredes de fogo e muitos outros efeitos limitados apenas pela imaginação. Mas por trás dos extraordinários poderes de Mandrake estão apenas a hipnose, a telepatia e pouco mais.
Mandrake representa o género de cavalheiro aventureiro, uma espécie de justiceiro que luta contra o crime, com um porte alto e forte, usando um bigode fino e cabelo liso e vestindo, ainda, um magnífico e elegante traje (smoking e chapéu), ornamentado com uma capa negra revestida, na parte interior, de seda vermelha.
A série "Mandrake, o Mágico" aparece, pela primeira vez, na imprensa diária americana, em Junho de 1934. O argumento das histórias é escrito por Lee Falk e os desenhos são da autoria de Phil Davis.
Quem não se lembra de Mandrake, Narda e Lotário versus Cobra?
O Fantasma, o primeiro de uma longa linhagem de heróis marcantes, que vivia nas selvas profundas de Bengala, onde era possível encontrar pigmeus, leões e tigres vivendo em harmonia, castelos onde reina a magia e o ocultismo e até pacíficos monstros pré históricos...
Fantasma e Diana Turner...
O duende que caminha...
O Fantasma era também da autoria de Lee Falk.
Flash Gordon estará na origem da moderna Ficção Científica.
Criada em 1934 por Alex Raymond, Flash Gordon e seus companheiros Dale Arden e Hans Zarkov desafiam Ming, o Misericordioso em Mongo.
A história de "Tarzan" inicia-se quando, na sequência de um naufrágio, o casal aristocrático inglês, Lord Greystoke, esposa e filho conseguem chegar a uma praia, na costa africana. Os seus pais morrem pouco tempo depois e deixam orfão o pequeno branco indefeso, que é recolhido e protegido por "Kala", uma grande fêmea gorila que o livra de uma morte certa. Criado no seio dos símios superiores na mais completa liberdade, o jovem "Tarzan" vai, progressivamente, adquirindo uma notável robustez e agilidade físicas e aprende, inclusivamente, a linguagem dos animais.
Mais tarde, "Tarzan" conhece uma rapariga chamada "Jane", que se torna a sua inseparável companheira de muitas aventuras pelos quatro cantos do planeta, penetrando em mundos fantásticos, como, por exemplo, quando descem ao centro da Terra ou visitam civilizações míticas perdidas na alvorada dos tempos.
Entretanto, "Tarzan" adquire um profundo sentido de humanidade e de justiça, pondo-se ao serviço dos indefesos e de causas nobres, combatendo tribos selvagens e homens brancos gananciosos e desonestos. Quando um dia, "Tarzan" descobre as suas próprias origens, regressa a Inglaterra e a Londres para uma curta estadia, mas rapidamente chega à conclusão de que o mundo dito civilizado e os costumes burgueses não são feitos para ele e decide, assim, regressar definitivamente à selva africana.
Edgar Rice Burroughs destacou-se, sobretudo, pela sua inteligência intuitiva, possuindo uma grande inspiração criativa e imaginação, aliando a estas qualidades, um extraordinário dom de contar histórias e de criar climas de suspense. A África que utiliza para pano de fundo das suas narrativas e aventuras nada tem que ver com o continente real, pois trata-se de uma África "fantasma", "imaginária" e "irreal", habitada por povos estranhos, descendentes de antigos fenícios, romanos ou cruzados.
As aventuras do Homem Macaco passaram do papel ao cinema e à televisão, contudo só a BD soube fazer justiça ao universo fantástico imaginado por Burroughs, graças a desenhadores como Harold Foster (criador do Principe Valente) e Russ Manning
Hoje já não se publicam em Portugal revistas de BD.
Como actualmente já não existem projectos deste calibre, resta-nos a memória e para aqueles que possuem esta magnifica colecção, o prazer de ler e reler grandes aventuras, grandes clássicos da banda desenhada, em português.
Aventuras quero mais...
domingo, abril 20, 2008
Biocombustíveis...
Violência no Tibete
EIS OS MONGES QUE TÊM SIDO RESPONSÁVEIS PELA VIOLÊNCIA EM LHASSA !
A DIFUNDIR !
Como a China desinforma!
(Foto de militares chineses preparando-se para se trocar os seus uniformes por vestes de bonzos tibetanos - de uma Agência de Comunicação da Grã-Bretanha)
Nota : Os monges de Lhassa declararam que, estando detidos, não poderiam estar presentes nas manifestações.
Esperemos que esta imagem seja dada a conhecer ao maior número possível de pessoas.
Eu cumpri a minha parte!
Mensagem a vogar na rede e enviada por amigos...
terça-feira, abril 15, 2008
Zimbabwe, a Desilusão...
Há 30 anos atrás, o Zimbabwe era um dos mais prósperos países de África.
O Zimbabwe era o celeiro do continente africano e tudo produzia em termos agrícolas e pecuários. Era auto suficiente e um dos maiores produtores e exportador de produtos alimentares do continente.
No início Robert Mugabe prometeu mundos e fundos, a todos.
Após, a independência, seguiu-se uma desastrosa reforma agrária, com a entrega das melhores propriedades a militantes da ZANU-PF, assiste-se a passagem duma agricultura mecanizada e desenvolvida virada para a rentabilização máxima dos solos, para uma agricultura de subsistência utilizando os métodos tradicionais.
É o debacle da economia, a industria vai ao ar...
Os agricultores brancos demandam melhores paragens, abandonando o Zimbabwe, encontrando guarida na vizinha Zambézia, em Moçambique.
A inflação dispara e os melhores cérebros saem do país.
Grassa a corrupção, como na maior parte dos países africanos, em que as cliques e as famílias dos círculos próximos do poder tudo tem, enquanto os outros passam fome de cão e tentam enganar o estômago, no dia a dia.
Empregos não há.
Há cerca de duas semanas atrás houve eleições no Zimbabwé.
A esperança reinava no ar...
17 dias depois, ainda não são conhecidos os resultados. Os responsáveis pelos votos dizem que ainda estão em fase de contagem e confirmação.
Entretanto, a polícia ameaça com severidade aqueles que perturbarem "a paz civil".
Ontem, soube-se que um dirigente do principal partido da oposição foi assassinado.
Tapiwa Mubwanda foi esfaqueado no sábado, por apoiantes da ZANU-PF (partido governamental).
Mubwanda era um dos muitos agentes eleitorais do MDC, que há 17 dias alega ter vencido as eleições para a chefia do Estado. No ataque, o seu irmão Lainos também ficou ferido. A polícia sustenta que este não foi um crime político.
Esta escalada de violência repete-se um pouco por todo o país. Dezenas de apoiantes do MDC são raptados e espancados.
A população votou em massa e Mugabe tenta desesperadamente agarrar-se ao poder (com o beneplácito dos países da África Austral), quando é sabido que este perdeu as eleições.
sábado, abril 12, 2008
La Lys - 1918
As condições de vida nas trincheiras eram difíceis
A 2ª Divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP), chefiada por Gomes da Costa é atacada de surpresa pelos alemães, numa operação delineada por Erich Ludendorff.
Dois anos depois de Berlim ter declarado guerra a Lisboa, os nossos soldados conhecem da pior forma, os horrores da guerra - nevoeiro, chuva persistente, enlameados da cabeça até aos pés, o desconforto da situação e dos uniformes, um frio para o qual não estavam preparados, mal armados, o gás mostarda, o flagelo da artilharia pesada alemã e o fogo dos ninhos de metralhadoras germânicas, devastaram o moral dos combatentes portugueses, que resistiram como puderam nas trincheiras francesas, face ao todo poderoso exército alemão.
Houve posições portuguesas que foram defendidas à picareta e até ao último homem!
Os portugueses foram um osso duro de roer e foram carne para canhão!
2.000 mortos, 5.000 feridos e 6.000 prisioneiros...
A derrota portuguesa contribuiu para a reorganização do exército britânico e aliado, que levou à derrota da Alemanha Imperial e ao armistício, que pôs cobro à I Grande Guerra Mundial.
90 anos depois, importa aprender com os erros do passado e com uma estranha aliança, que uns dizem ser a mais antiga do mundo e outros dizem que poderíamos escolher melhor os nossos amigos, parceiros e aliados, na Europa das Nações, pois já nos deixaram em situações bem complicadas, por mais que uma vez.
Texto – Mário Nunes