Há 30 anos atrás, o Zimbabwe era um dos mais prósperos países de África.
O Zimbabwe era o celeiro do continente africano e tudo produzia em termos agrícolas e pecuários. Era auto suficiente e um dos maiores produtores e exportador de produtos alimentares do continente.
No início Robert Mugabe prometeu mundos e fundos, a todos.
Após, a independência, seguiu-se uma desastrosa reforma agrária, com a entrega das melhores propriedades a militantes da ZANU-PF, assiste-se a passagem duma agricultura mecanizada e desenvolvida virada para a rentabilização máxima dos solos, para uma agricultura de subsistência utilizando os métodos tradicionais.
É o debacle da economia, a industria vai ao ar...
Os agricultores brancos demandam melhores paragens, abandonando o Zimbabwe, encontrando guarida na vizinha Zambézia, em Moçambique.
A inflação dispara e os melhores cérebros saem do país.
Grassa a corrupção, como na maior parte dos países africanos, em que as cliques e as famílias dos círculos próximos do poder tudo tem, enquanto os outros passam fome de cão e tentam enganar o estômago, no dia a dia.
Empregos não há.
Há cerca de duas semanas atrás houve eleições no Zimbabwé.
A esperança reinava no ar...
17 dias depois, ainda não são conhecidos os resultados. Os responsáveis pelos votos dizem que ainda estão em fase de contagem e confirmação.
Entretanto, a polícia ameaça com severidade aqueles que perturbarem "a paz civil".
Ontem, soube-se que um dirigente do principal partido da oposição foi assassinado.
Tapiwa Mubwanda foi esfaqueado no sábado, por apoiantes da ZANU-PF (partido governamental).
Mubwanda era um dos muitos agentes eleitorais do MDC, que há 17 dias alega ter vencido as eleições para a chefia do Estado. No ataque, o seu irmão Lainos também ficou ferido. A polícia sustenta que este não foi um crime político.
Esta escalada de violência repete-se um pouco por todo o país. Dezenas de apoiantes do MDC são raptados e espancados.
A população votou em massa e Mugabe tenta desesperadamente agarrar-se ao poder (com o beneplácito dos países da África Austral), quando é sabido que este perdeu as eleições.
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