No passado domingo, há 8 dias atrás, o Russia Today, canal de noticias russo, fazia referência ao estranho desaparecimento do Artic Sea, cargueiro com bandeira de conveniência maltesa, registado na Finlândia, com tripulação russa, com destino ao porto de Bejaia, na Argélia, que terá alegadamente desaparecido ao largo da Costa Portuguesa, este canal adiantava ainda que o barco transportava misseis de cruzeiro com ogivas nucleares(!)
Uma semana depois os media ocidentais afirmavam que o barco transportava uma carga de cerca de 6700 metros cúbicos de madeira, com um valor estimado de 1,16 milhões de euros (?)
Quem fala verdade?
Há uma semana atrás, o Artic Sea não era notícia, uma semana depois passou a ser noticia...
A notícia só veio a lume na comunicação social portuguesa, 5ª e 6ª feiras.
No encalço do Artic Sea está uma frota composta por 6 navios de guerra russos.
http://aeiou.expresso.pt/cargueiro-desaparecido-foi-atacado-perto-da-costa-portuguesa=f530912
http://flot.sevastopol.info/eng/ship/frigates/ladny.htm
Porque motivo estaria o presidente russo Medvedev preocupado com um cargueiro de bandeira de conveniência maltesa, com tripulantes russos e registado na Finlândia?
Ou estaria antes preocupado com a sua carga?
A carga seria madeira ou misseis com ogivas nucleares?
O destino seria a Argélia?
A Comissão Europeia fez saber na sexta-feira que o "Artic Sea" pode ter sido vítima de dois ataques. "As comunicações por rádio recebidas indicam que o barco foi atacado duas vezes, a primeira em águas da Suécia e a segunda em águas de Portugal", de acordo com o porta-voz do Executivo comunitário, Martin Selmayr.
Porque motivo seria assaltado duas vezes em alto mar?
Agora porque motivo vem as autoridades dizer que o barco não levava qualquer carga secreta radioactiva?
Anda gato escondido com rabo de fora...
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1336580&seccao=Europa
Alegadamente terá sido apresentado um pedido de resgate. O ‘Financial Times Deutschland’ avançou, sem citar fontes, que foram pedidos 1,5 milhões de dólares, mas não especificou se esta é o valor pedido para libertar o navio ou apenas a tripulação, composta por 15 russos.
Um dia depois da partida, oito a dez homens mascarados terão abordado o navio, quando este seguia entre as ilhas suecas de Oland e Gotland, no mar Báltico, revelou a polícia sueca dias depois do incidentes. Argumentando pertencerem à polícia anti-droga, os mascarados amarraram a tripulação e efectuaram buscas ao navio, abandonando-o 10 a 12 horas depois da abordagem e libertando a tripulação.
O último vestígio do ‘Arctic Sea’ foi registado no canal da Mancha, nas primeiras horas do dia 30 de Julho. Na quinta-feira, o porta-voz da Comissão Europeia, Martin Selmayr, disse que aparentemente o navio terá sido atacado uma segunda vez, ao largo da costa de Portugal, mas não adiantou mais detalhes, “de modo a não comprometer as investigações das autoridades”. Contudo, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, negou que alguma vez o navio tenha passado por águas territoriais lusas.
Um oficial militar adiantou neste sábado à AFP que a embarcação aparentava seguir para sul, a uma velocidade entre os 15 e os 20 nós (28 a 37 km/h). “Uma pequena fragata russa que estava no Mediterrâneo está nesta altura a dirigir-se para sul, provavelmente para se encontrar com o ‘Arctic Sea’”, adiantou o comandante francês Jerome Baroe.
Oficialmente, a Rússia só diz que as buscas continuam e que a NATO está a colaborar activamente com Moscovo nas buscas pela embarcação. “Toda a informação que é completa e que se estima ser objectiva é imediatamente enviada para o quartel-general da Marinha russa”, disse à agência noticiosa RIA Novosti o enviado da Rússia à sede da NATO, Dmitry Rogozin.
O facto de a NATO estar a cooperar com a Rússia e de Moscovo estar a usar navios, submarinos e satélites nas buscas pelo ‘Arctic Sea’ apenas aumentam a especulação sobre um eventual sequestro, algo raro nas águas europeias. Peritos têm avançado com várias hipóteses: pirataria, guerra de máfias ou disputa comercial.
A polícia filandesa ainda não confirmou a veracidade do pedido de uma grande quantidade de dinheiro em troca do navio
O mistério continua em volta do navio Arctic Sea, mas agora a hipótese de ataque pirata ganha importante peso, com o pedido de resgate apresentado ao armador, finlandês, durante o dia de ontem. Mas a polícia finlandesa ainda não confirmou a sua autenticidade.
Markku Ranta-Aho, porta-voz da policia finlandesa, em declarações a uma rádio daquele País, confirmou ontem que foi pedido ao armador do Arctic Sea "uma grande quantidade de dinheiro" pelo navio, numa mensagem que garantiria que a tripulação "está viva" mas "em risco" se o resgate não for pago.
Segundo a polícia finlandesa, num caso com "tanta especulação" em torno do desaparecimento será necessário ainda confirmar a veracidade da mensagem dos alegados raptores. "Isso ainda não foi possível apurar", afirmou ainda o porta-voz da polícia. O pedido de resgate foi exigido à empresa proprietária do navio, a Chart Management, da Finlândia e, segundo a Interpol, o Arctic Sea, com tripulação russa de 15 elementos e que transportava um carregamento de madeira finlandesa avaliado em 1,3 milhões de euros, foi assaltado em 24 de Julho no mar Báltico por piratas, que levaram o navio para destino desconhecido.
No entanto, ontem mesmo, a imprensa da Galiza, Espanha, garantia que, num contacto via e-mail da tripulação para o armador, cerca das 9.00 de 01 de Agosto, dava conta das coordenadas do navio. Ou seja 54 milhas náuticas a oeste de Vigo (Galiza), a pouco mais de 100 quilómetros da costa minhota.
"As coordenadas permitem ao armador situar o barco [a 01 de Agosto] em frente à costa galega, na parte final do corredor marítimo de Finisterra", escreve o diário La voz de Galicia na sua edição de ontem e citando os contactos entre tripulação e armador. Com estes dados, conclui que o Arctic Sea "ainda teve tempo de entrar no litoral português" .
Os mais recentes relatos de oficiais de Cabo Verde e França indicam que o ‘Arctic Sea’ foi avistado ao largo do país africano de língua oficial portuguesa, informação que ainda não foi confirmada pela Rússia. Oficiais cabo-verdianos afirmaram na quinta-feira que o navio se encontrava a 400 milhas náuticas (740 quilómetros) de uma das ilhas do arquipélago.
Já a agência "Itar-Tass" informa, citando o embaixador russo, que o cargueiro já foi localizado, mas que por "motivos tácticos" não se revela o seu paradeiro.
Porque motivo se juntaram as forças da NATO à Rússia nas buscas?
Será pela carga de madeira?
Pelos 15 tripulantes russos?
Quantos cargueiros russos desaparecem ou naufragam todos os anos?
Qual é a preocupação do Kremlin?
O mistério em torno do "Arctic Sea" continua a crescer. Três semanas depois de o cargueiro ter desaparecido...