Os dois observatórios espaciais ou sondas Stereo (Solar Terrestrial Relations Observatory), da NASA, mediram, pela primeira vez, com apreciável precisão, a velocidade, trajectória e a forma tridimensional de uma tormenta solar. Esta missão foi lançada em Outubro de 2006. com vista às medições simultâneas das ejeções de plasma e dos campos magnéticos originados na corona solar, a camada mais externa do Sol. São medições que permitem prever os seus efeitos, na Terra.
As duas sondas espaciais estão posicionadas em pontos diferentes, uma à frente e a outra atrás da Terra em sua órbita ao redor do Sol. Isso permite que elas façam observações tridimensionais, possibilitando a medição da massa, da velocidade e da direcção das ejeções de massa coronal à medida que elas viajam através do espaço.
As tempestades geo-magnéticas podem lançar quantidades bilionárias de plasma no espaço que depois se propagam, em forma de nuvens.
“Nós fomos capazes de obter, pela primeira vez, uma estrutura tri-dimensional de uma tormenta solar e podemos acompanhar as tormentas solares, nas suas trajectórias do Sol à Terra”, diz um cientista.
Estas projecções de massa coronal são constituídas por biliões de toneladas de gás magnético em forma de nuvens que explodem e se deslocam a grande velocidade.
Quando chocam com o nosso planeta, as hipóteses mais benévolas constituem-se nas auroras boreais. Mas estas explosões podem produzir também raios cósmicos perigosos, para as naves espaciais, os astronautas e a tecnologia da Terra, incluindo apagões ou avarias nos satélites.
Um aviso, deixado por um dos cientistas da NASA:
“Por exemplo, há linhas aéreas que voam sobre os pólos. E hoje, dependemos dos telemóveis e do GPS. Estas tormentas eléctricas do Sol podem causar todo o ripo de consequências electrónicas. Com o observatório Stereo, vamos perceber melhor e prevenir o que possa acontecer na Terra”.
Com estas imagens tridimensionais, os astrofísicos solares podem examinar as projecções das tormentas eléctricas, a sua estrutura e a sua massa. Os dados recolhidos ajudarão a prever os efeitos das tormentas, na magnosfera.
Sob a superfície ardente do sol, uma poderosa força poderia nos fazer regressar à Idade da Pedra. A cada 11 anos, o sol entra em um turbulento ciclo, a época mais propícia para que o planeta sofra uma tempestade solar. O próximo máximo solar ocorrerá no ano de 2011.
Duas questões se levantam:
Qual o efeito nos seres vivos?
Qual é o efeito sobre o aquecimento global?
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