“Não consigo perceber como é que eles se convenceram de que era necessário criar um agente patogénico humano a partir do vírus H5N1 da gripe da aves”, respondeu-nos, num email recebido esta noite, Steven Salzberg, especialista de medicina e de bio-estatística da Universidade Johns Hopkins de Baltimore.
Salzberg não é o único a opor-se liminarmente à
realização deste tipo de pesquisas. Mas neste momento, as preocupações dos
peritos de biossegurança norte-americanos são muito mais imediatas.
Nos próximos dias, o Painel Consultivo da
Biossegurança dos EUA (National Security Advisory Board on Biosecurity, NSABB)
deve decidir se vai ou não autorizar a publicação, pela revista norte-americana
Science, dos resultados obtidos por investigadores na Holanda que
poderiam potencialmente constituir uma “receita” viral para matar mais de
metade da Humanidade. Num registo mais geral, o parecer do NSABB poderá vir a
obrigar a comunidade científica a repensar as regras do jogo quando se trata de
pesquisas com benefícios potenciais mas que também podem ser extremamente
perigosas se caírem nas mãos erradas.
O artigo em causa, que já foi aceite para publicação
por aquela prestigiada revista científica e está agora em standby, é da
autoria de Ron Fouchier e colegas, do Centro Médico Erasmo de Roterdão. Estes
cientistas introduziram uma série de mutações num vírus da gripe das aves
natural, o mortífero H5N1. E mostraram que, nos furões (animais considerados
como o melhor modelo experimental para se estudar a transmissão da gripe das
aves no ser humano), bastavam cinco mutações específicas para o vírus natural
se tornar tão facilmente transmissível como a gripe sazonal (e sem nada perder
do seu carácter mortífero). Ou seja, por via aérea.
Desde que surgiu em 1997, na Ásia, o vírus H5N1
infectou menos de 600 pessoas e sempre por contacto directo com aves
infectadas. Não é nada facilmente transmissível. Mas quando ataca os humanos é
altamente letal: cerca de seis de cada 10 vítimas humanas sucumbiram à doença,
ao passo que a gripe H1N1 de 2009, por exemplo, matou aproximadamente um doente
de cada 10 mil.
“Fiquei bastante chocado quando li o que Ron Fouchier
e a sua equipa tinham feito”, diz-nos ainda Salzberg. "Penso que alguém
deveria tê-los feito parar antes de chegarem a este ponto. De facto, penso que
deveria ter havido um painel de revisão que avaliasse o projecto de
investigação antes do seu início – e talvez até tenha havido? Se eu fizesse
parte de um painel desse tipo, nunca permitiria uma pesquisa destas.”
Os argumentos contra a publicação dos resultados – e
contra a realização tout court de experiências como estas – parecem
óbvios. Os espectros do bioterrorismo, da guerra biológica – ou simplesmente de
uma fuga acidental do vírus para a atmosfera – são aterradores. Mas há também
quem pense, tanto deste lado do Atlântico como do outro, que estas pesquisas
são indispensáveis: "É inegavelmente importante saber quais são as
alterações genéticas que o H5N1 pode sofrer para se adaptar ao homem e causar
uma pandemia", disse-nos o médico português João Vasconcelos Costa,
salientando ainda que “se soubermos antes como vai provavelmente ser o vírus,
podemos começar já a preparar vacinas”. Porém, este especialista não nega que o
perigo que este tipo de investigação coloca é bem real e acrescenta que as
medidas de segurança a implementar nos laboratórios que lidam com vírus tão
perigosos têm de ser reforçadas."
Fonte:
O respeitável Público
E
prontos meus amigos, está dado o primeiro passo para a despopulação ...
3 comentários:
Mas isto já é tão repetido que já se torna banal.
Entretanto a opinião do Dr. Wolfang Wodarg, médico epidemiologista, presidente da Comissão de Saúde do Conselho da Europa
"Sem falar em corrupção directa, que estou convencido existir, os laboratórios farmacêuticos têm mil e uma maneiras de exercer a sua influência sobre as decisões da OMS".
"Certos membros da comissão dos Sábios, grupos de peritos universitários do conselho da OMS, estão financeiramente ligados aos produtores de vacinas, em particular a GlaxoSmithKline, a Roche e a Novartis."
"Vamos também investigar a atitude de certos institutos como o Robert Koch da Alemanha e o Pasteur em França, que deveriam ter aconselhado os seus governos de uma maneira crítica. Em certos países isso foi feito, como na Finlândia e na Polónia, em que vozes críticas disseram:"Não precisamos disso"".
"A OMS deveria ser mais transparente, deviamos poder saber claramente quem decide e que tipo de relações existem entre os participantes dentro da organização. Deveria existir uma câmara de eleitos capaz de reagir de maneira crítica, onde cada um podesse exprimir-se. Este reforço do controle publico é indespensável".
http://octopedia.blogspot.com/2010/01/gripe-como-criar-uma-pandemia.html
Nos Estados Unidos, o governo publicou um texto que protege os laboratórios produtores das vacinas contra qualquer processo judicial. Foi acordada a imunidade moral e física a todos os niveis, seja na preparação, nos testes, na produção, na distribuição, na prescrição, na administração e na utilização da vacina contra a gripe A.
http://octopedia.blogspot.com/2009/09/vacina-sazonal-aumenta-o-risco-de.html
A propaganda do PÂNICO pelos vistos CONTINUA.
http://octopedia.blogspot.com/2010/01/gripe-corrupcao-na-oms.html
http://octopedia.blogspot.com/2010/01/gripe-como-criar-uma-pandemia.html
É como a história de Joãozinho e do lobo, Mário.
Um abraço.
Tens toda a razão Fada, quando eles quiserem dispersar o vírus fazem-no. Só que o lobo de tantas vezes anunciado, alguma vez vai sair da toca e para nos apanhar a todos desprevenidos...
Concordo contigo Mário, o dia que o lobo realmente aparecer todo mundo vai achar que é mentira.
É terrível isso, e sabemos que são capazes disso e também de coisas piores.
Abraços
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