Firmeza
Sem frases de desânimo,
Nem complicações de alma,
Que o teu corpo agora fale,
Presente e seguro do que vale.
Nem complicações de alma,
Que o teu corpo agora fale,
Presente e seguro do que vale.
Pedra em que a vida se alicerça,
Argamassa e nervo,
Pega-lhe como um senhor
E nunca como um servo.
Argamassa e nervo,
Pega-lhe como um senhor
E nunca como um servo.
Não seja o travor das lágrimas
Capaz de embargar-te a voz;
Que a boca a sorrir não mate
Nos lábios o brado de combate.
Capaz de embargar-te a voz;
Que a boca a sorrir não mate
Nos lábios o brado de combate.
Olha que a vida nos acena
Para além da luta.
Canta os sonhos com que esperas,
Que o espelho da vida nos escuta.
Para além da luta.
Canta os sonhos com que esperas,
Que o espelho da vida nos escuta.
Fernando Lopes Graça
A cantora lírica Ana Maria Pinto
que regressou em abril a Portugal, depois
de sete anos a estudar e a viver em Berlim, protagonizou um dos incidentes da cerimónia da manhã de comemoração da
implantação da República – 5 de Outubro de 2012, ao cantar “Firmeza”, de
Fernando Lopes Graça, depois do Presidente da República ter terminado o seu
discurso.
Ana Maria Pinto explicou aos jornalistas que foi uma
forma de mostrar a sua discordância em relação ao rumo do país. Para ela cantar
aquele tema correspondia a um "dever cívico" de resistir. "Estou
a cantar em protesto por mim, pelos meus pais (...)". A cantora
lírica já tinha cantado “Acordai”, do mesmo autor, à porta do Palácio de Belém
no protesto que decorreu no dia do último Conselho de Estado.
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