quinta-feira, março 29, 2012

Nós e nuestros hermanos



“Hoje nem Deus trabalha”
Parece ser a clara a diferença entre Portugal e Espanha, na hora da adesão à greve. 
Nuestros hermanos compreenderam bem o que está em cima da mesa.
Os portugueses não…
Apesar de continuarem-lhe a descontar-lhe mundos e fundos e não haver solução à vista para esta crise artificial.
Que o diga José Sócrates em Paris, a gozar à força toda e os números apresentados pelo Banco de Portugal, que parecem dizer, que afinal as contas de Passos andam trocadas…
Melhor que isso e falando novamente em números, as receitas do fisco caíram para metade, ou menos salvem-se as exportações…
Mas, não basta, contaram-me que no Norte do país, há zonas e localidades, em que as casas foram entregues aos Bancos, as fábricas estão fechadas com os vidros partidos.
No Algarve, o cenário parece não ser melhor, proliferam os assaltos e a insegurança está a aumentar de dia para dia, isto para gaúdio dos turistas que demandam um certo Allgarbe e poderão pensar que estarão na Rocinha, no Brasil.
É que isto a continuar assim ou vamos todos para debaixo da ponte ou pr’a casota do cão.
É que os Bancos ameaçam ficar com tudo e declarar BANCA!
Confira as fotos aqui!

terça-feira, março 27, 2012

Toulouse e o fantasma da Al-Qaeda



Pecam por tardias estas linhas e penalizo-me só agora, por fazer a análise do que se passou na semana passada, em Toulouse.

Mais uma vez, o fantasma hediondo do terrorismo e da Al-Qaeda saiu do armário e desta vez para beneficiar claramente Sarkozy, que se encontrava em queda nas sondagens e na popularidade e em risco de perder as eleições presidenciais francesas, para desespero da Chancelerina Merkel.

Comprometida parecia estar a segunda volta para Marine Le Pen e para Holland, no entanto, saltou da cartola um coelho, numa operação de falsa bandeira.

A violência repugna-me especialmente quando há mortos e o alvo são crianças inocentes, que nada tem a ver com esta história.

Primeiro chamou-me a atenção quando um motociclista isolado disparou contra 4 militares franceses (de cor e de origem magrebina) que se encontravam a fazer o levantamento num multibanco, alguns dias depois foi a vez duma escola judaica conhecer a ira deste assassino destemido que acabou encurralado pela policia francesa, que montou um cerco e um show off para as televisões.

Só que…

Apesar da cobertura mediática, não há imagens do momento fatídico em que o assassino é abatido pela Policia Francesa, isto apesar do cerco televisivo, não há uma única imagem…

Muito estranho…

Mais estranho ainda é que mesmo depois de morto, Mohamed Merah continua a colocar problemas às autoridades francesas: receia-se que a sua sepultura se transforme em local de vinganças ou de "peregrinação".

Para evitar previsíveis tensões futuras, propuseram à família que a cerimonia fúnebre seja mantida secreta e que a sua campa fique anónima.

Contactados pelas autoridades, os dirigentes do Conselho Representativo do Culto Muçulmano indicaram que não querem organizar o funeral nem querem a sua campa nas zonas muçulmanas dos cemitérios franceses.

O CRCM receia excitações e ataques prováveis aos túmulos vizinhos do dele. Em França, os cemitérios muçulmanos, e também os judeus e, até, por vezes, os católicos, são regularmente vandalizados por neonazis ou seitas religiosas fanatizadas.

A hipótese de o corpo do assassino, que matou sete pessoas em três atentados, em Toulouse, ser enterrado na Argélia também esteve em estudo. Mas Argel não quer sequer pensar nisso.

Merah era filho de imigrantes argelinos, mas nasceu em Toulouse, em 1988 e nunca viveu na Argélia. Não há, portanto, justificação para que o funeral decorra nesse país, respondeu o Consulado em França.

O mais provável é que o funeral decorra no maior segredo e que o local da sepultura não seja revelado.

Mais um, que se desconhece o local onde foi enterrado…

Estranhas coincidências!?

Onde é que eu já li esta história?

Deja vu meus caros.

 

James Cameron, um mergulho para a História

 
O realizador dos filmes “O Abismo”, “Exterminador Implacável 2 – O Dia do Julgamento”, “Aliens – O Recontro Final”, “Titanic” e “Avatar”, James Cameron, regressou hoje, são e salvo, de uma viagem à fossa das Marianas (Poço Challenger), o ponto mais profundo do oceano a 11 quilómetros de profundidade, no âmbito da expedição Deep Sea Challenge, organizada pela National Geographic Society.
Cameron, explorador da National Geographic, tornou-se no primeiro homem a viajar sozinho a uma zona tão profunda dos oceanos, ao vale Challenger Deep na Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico.

A bordo de um submersível com oito metros de comprimento, especialmente concebido para o efeito, Cameron desceu 11 quilómetros - para recolher dados científicos e espécimes e captar imagens do fundo do mar -, numa viagem que demorou 2h36. De acordo com a National Geographic Society, Cameron atingiu os 10.898 metros de profundidade a 26 de Março, às 7h52 locais (ou domingo, dia 25 de Março, às 21h52, hora em Portugal). “Chegar ao fundo nunca soube tão bem. Mal posso esperar para partilhar convosco aquilo que estou a ver", disse Cameron, através de uma mensagem no Twitter.

A viagem de regresso à superfície demorou 70 minutos. A chegada aconteceu às 2h00 (hora em Portugal), a 500 quilómetros a Sul da ilha americana de Guam.

Depois de anos de preparação, a equipa de Cameron - composta por engenheiros e investigadores - conseguiu começar a explorar parte da Fossa das Marianas, com 2400 quilómetros de extensão no fundo do Oceano Pacífico. A expedição continua o trabalho de Don Walsh e Jacques Piccard, os primeiros homens a descer até esta região, a 23 de Janeiro de 1960. Mas o batiscafo "Trieste" utilizado nessa altura não permitia a captação de imagens nem de amostras e Walsh e de Piccard estiveram apenas 20 minutos no fundo do oceano.


Cameron manobrou o submersível por regiões inexploradas para captar imagens para um documentário que terá como principal objectivo promover a exploração e a descoberta científica dos oceanos. “Existe valor científico nas imagens captadas na Fossa das Marianas”, contou Cameron à National Geographic pouco antes do mergulho.

“Será algo totalmente diferente daquilo que já alguma vez vimos, a bordo de outros submarinos ou veículos operados remotamente”, comentou Doug Bartlett, biólogo marinho no Instituto Scripps de Oceanografia em San Diego, na Califórnia.

O submersível utilizado estava equipado com várias câmaras e um braço robotizado para recolher rochas e animais. O material recolhido poderá ajudar a compreender melhor os sismos que causam tsunamis devastadores e as forças tectónicas que ajudam a dar forma ao planeta e conhecer a fauna que sobrevive naquelas regiões inóspitas. "É possível que o Deep Sea Challenger regresse das profundezas do oceano com imagens e amostras de animais que nunca vimos", escreve a National Geographic em comunicado.

Para Cameron, chegar ao ponto mais profundo do planeta tem sido um desejo de há muito tempo. "A imaginação alimenta a exploração", comentou. "Temos de imaginar que é possível antes de partirmos e conseguirmos lá chegar."


A revista National Geographic vai publicar os resultados desta expedição, depois de analisadas as amostras e os espécimes recolhidos, informa a instituição em comunicado.


O DeepSea Challegenger tem 7,3 metros de comprimento, o seu casco é feito em espuma sintectica, encolhe 6,4 cm sob a pressão da água no fundo do oceano, tem mais de 1000 células de iões de lítio (baterias) e um painel de luzes de LED de dois metros, iluminando o fundo marinho até 30 metros, as suas hélices movem-se quer na horizontal, quer na vertical e dispõe de lanças para holofotes e câmaras de 3 D, dispõe ainda de um braço mecânico para colher amostras e o piloto viaja numa esfera de 109 cm de diâmetro em aço e com 6,4 cm de espessura, sendo o balastro constituído por 500 kg de placas de aço largadas para o submersível subir à superfície.

Cinquenta e dois anos depois regressamos ao ponto mais profundo do planeta...
Porquê só agora?

segunda-feira, março 26, 2012

As imagens que ninguém viu da Greve Geral do passado dia 22 de Março de 2012


Sim estas não passaram numa TV perto de si.
Vamos lutar contra a indiferença?
Chegou o tempo de sacudir a letargia que nos ameaça corromper o corpo.
25 de Abril Sempre!

domingo, março 25, 2012

O barco dos escravos



Para onde nos querem levar a todos?
Aceitam-se apostas bem entendido…
Está bom de ver, o que nos aguarda brevemente, campos de concentração, escravatura, tirania e o mais cruel regime imposto até agora a um planeta inteiro, que fará de todos os seus antecessores, uma mera brincadeira de crianças.
Agora imaginem o que se passou num passado recente no Kampucheia – moderno Cambodja, onde sobre a bandeira dos khmers vermelhos, entre 1976 e 1978, mais de dois milhões de habitantes foram mortos ou seja 1/5 da população total do país, neste genocídio desapareceram todos os quadros técnicos do país, todos os seres pensantes, todos os religiosos.
Estou a crer que nada disto foi à toa, foi um mero banco de ensaio, para o que está para vir muito brevemente…
21 de Dezembro de 2012, poderá ser a charneira (NOM) para aquilo que eles querem impor à população mundial, será que também quererão proceder a uma selecção dos 10% que permanecerão vivos?
Embarcando nesta loucura colectiva, a pretexto de uma crise que não existe (de repente descobrimos que o dinheiro desapareceu), que não é lucrativo produzir, nem muito menos trabalhar e que todas as actividades humanas estão condenadas ao fracasso.
O que fazer neste cenário de loucura colectiva?
Enquanto isso, a Goldman Sachs põem e dispõem de nações inteiras, empresas e pessoas, conjecturando crises que não existem, manipulando tudo e todos em nome do Mercado.
Sim e para onde foi a Democracia?
E onde ficam os países?
Quem são estes senhores?
Eu e você votamos neles?
Está bom de ver que não!
É tempo de acordar, enquanto é tempo e sacudir a letargia.

As imagens que ninguém viu da Greve Geral do passado dia 22 de Março de 2012



De repente, faltava um, estava ainda na carrinha, ali mesmo à beira da Igreja. Aos gritos de liberdade assustamos aquela gente, meteram-se lá dentro, portas fechadas, chaves a rodar. Sentamo-nos à frente. Se não está detido, identifica-se ali e sai agora. Não, tem que ir à esquadra. Não vai, não. De marcha atrás, em velocidades e manobras pouco aconselháveis para quem pretende ter legitimidade para multar automobilistas, a carrinha fugiu. Alguns de nós perseguiram-na. Os que a conseguiram alcançar socaram-na, perceberam que os vidros, afinal, parecem de vinil. Ela continuou a sua fuga, não parou, não saiu um agente mal disposto a bater à força toda.

sábado, março 24, 2012

Golpes e contra-golpes na China



Uma cortina de silêncio abateu-se estranhamente sobre o Império do Meio, há rumores de militares com tanques de novo nas ruas de Pequim, tiros, carros de polícia, prisões e detenções. Certo, certo é que oficialmente nada se sabe, nada transparece, a informação é controlada ferreamente.
A destituição de Bo Xilai, presidente do governo da cidade autónoma de Chongqing e líder do Partido Comunista Chinês (PCC) local, colocou Pequim no centro de rumores de um golpe de Estado que os correspondentes da imprensa ocidental não confirmam, mas que nem por isso fazem parar.
O facto de a imprensa oficial chinesa pouco se ter referido ao tema, tirando uma declaração de uma linha que dava conta da destituição de Bo – a mais importante purga das últimas décadas – na sexta-feira, forneceu o ambiente perfeito para a multiplicação dos rumores.
Um dos boatos, que se espalhou como fogo em capim, surgiu na segunda-feira à noite, segundo o jornalista do “Financial Times”. Um golpe militar liderado por Zhou Yongkang, próximo de Bo Xilai e chefe dos serviços de segurança do Estado, estava a acontecer e ouviam-se trocas de tiros em Zhongnanhai, o complexo onde residem os principais líderes do país. Jamil Anderlini, o correspondente do jornal, passou pelo local nessa mesma noite e não viu indícios de qualquer acontecimento extraordinário.
O mesmo escreve Damian Grammaticas, correspondente da BBC na capital chinesa: “Ok, antes de começarem a ficar demasiado agitados, não há nenhum golpe. Para ser mais exacto, tanto quanto sabemos não há nenhuma tentativa de golpe.”
Só que isso é a imprensa ocidental. Os chineses habituaram-se à internet, aos blogues, aos microblogues, às redes sociais, a tudo o que lhes permita ultrapassar a mão-de-ferro com que o governo controla a imprensa. E esse é um campo minado para a veracidade. Ficções, mentiras, mitos, tudo se conjuga numa amálgama caótica na qual é difícil destrinçar se há algo parecido com factos.
Há fotografias de tanques e blindados nas ruas que são de arquivo e muitas nem sequer são de Pequim, apesar de pretenderem demonstrar que há mesmo um golpe de Estado em curso.
Mesmo assim, uma fonte próxima dos serviços de segurança do Estado disse ao “Financial Times” que Zhou Yongkang está “sob algum tipo de controlo” e foi-lhe pedido que evite as intervenções públicas e não participe em quaisquer reuniões de alto nível.
Christina Larson, especialista em China da revista “Foreign Policy”, lembrava ontem no blogue dos directores da FP que esta multiplicação de rumores na internet surge numa altura em que o governo apresentou planos para reforçar os controlos e exigir o registo com nome próprio no site de microblogues Weibo, o equivalente chinês do Twitter – exactamente numa tentativa de controlar os fluxos de informação, tal como acontece com a imprensa oficial.
No entanto, habituadas ao secretismo e ao controlo dos media, as autoridades chinesas lidam pior quando se trata de tentar controlar as informações que vão circulando pela internet. Usar uma única linha para explicar o afastamento de Bo Xilai, um político popular que estava na calha para ascender ao Comité Permanente do Politburo do PCC em Outubro (ver texto ao lado), o núcleo de nove pessoas que gere efectivamente o país, é um convite à especulação.
A mesma fonte citada pelo “Financial Times” refere que Bo está sob prisão domiciliária, enquanto a mulher foi levada para interrogatório por suspeita de corrupção, crime de que habitualmente são acusados os líderes do país caídos em desgraça.
As histórias que se contam em relação à queda de Bo Xilai prendem-se com a tentativa do ex-presidente do governo de Chongqing de abafar uma investigação de corrupção à sua família. Bo terá pressionado o vice-presidente e chefe da polícia da cidade, Wang Lijun, e este acabou a tentar pedir asilo político no consulado dos Estados Unidos em Chengdu. Negado o pedido, Wang foi levado pelos serviços de segurança do Estado, adianta a BBC.
Visto como um neo-maoista, defensor de uma maior redistribuição da riqueza proveniente do crescimento económico da China e de um regresso a alguns dos valores da Revolução Cultural, Bo Xilai era o principal rosto de um dos modelos apontados para o desenvolvimento do país. E terá perdido a luta. “Bo é a mais dramática manifestação da contestação interna. É por essa razão que tinha de desaparecer. Isto apesar de ser o ‘príncipe’ herdeiro de um dos oito imortais da geração revolucionária de Mao”, Bo Yibo, diz David Pilling no “Financial Times”.
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