O
realizador dos filmes “O Abismo”, “Exterminador Implacável 2 – O Dia do
Julgamento”, “Aliens – O Recontro Final”, “Titanic” e “Avatar”, James Cameron,
regressou hoje, são e salvo, de uma viagem à fossa das Marianas (Poço
Challenger), o ponto mais profundo do oceano a 11 quilómetros de profundidade,
no âmbito da expedição Deep Sea Challenge, organizada pela National Geographic
Society.
Cameron,
explorador da National Geographic, tornou-se no primeiro homem a viajar sozinho
a uma zona tão profunda dos oceanos, ao vale Challenger Deep na Fossa das
Marianas, no Oceano Pacífico.
A
bordo de um submersível com oito metros de comprimento, especialmente concebido
para o efeito, Cameron desceu 11 quilómetros - para recolher dados científicos
e espécimes e captar imagens do fundo do mar -, numa viagem que demorou 2h36.
De acordo com a National Geographic Society, Cameron atingiu os 10.898 metros de
profundidade a 26 de Março, às 7h52 locais (ou domingo, dia 25 de Março, às
21h52, hora em Portugal). “Chegar ao fundo nunca soube tão bem. Mal posso
esperar para partilhar convosco aquilo que estou a ver", disse Cameron,
através de uma mensagem no Twitter.
A
viagem de regresso à superfície demorou 70 minutos. A chegada aconteceu às 2h00
(hora em Portugal), a 500 quilómetros a Sul da ilha americana de Guam.
Depois
de anos de preparação, a equipa de Cameron - composta por engenheiros e
investigadores - conseguiu começar a explorar parte da Fossa das Marianas, com
2400 quilómetros de extensão no fundo do Oceano Pacífico. A expedição continua
o trabalho de Don Walsh e Jacques Piccard, os primeiros homens a descer até
esta região, a 23 de Janeiro de 1960. Mas o batiscafo "Trieste"
utilizado nessa altura não permitia a captação de imagens nem de amostras e
Walsh e de Piccard estiveram apenas 20 minutos no fundo do oceano.
Cameron
manobrou o submersível por regiões inexploradas para captar imagens para um
documentário que terá como principal objectivo promover a exploração e a
descoberta científica dos oceanos. “Existe valor científico nas imagens
captadas na Fossa das Marianas”, contou Cameron à National Geographic pouco
antes do mergulho.
“Será
algo totalmente diferente daquilo que já alguma vez vimos, a bordo de outros
submarinos ou veículos operados remotamente”, comentou Doug Bartlett, biólogo
marinho no Instituto Scripps de Oceanografia em San Diego, na Califórnia.
O
submersível utilizado estava equipado com várias câmaras e um braço robotizado
para recolher rochas e animais. O material recolhido poderá ajudar a
compreender melhor os sismos que causam tsunamis devastadores e as forças
tectónicas que ajudam a dar forma ao planeta e conhecer a fauna que sobrevive
naquelas regiões inóspitas. "É possível que o Deep Sea Challenger regresse
das profundezas do oceano com imagens e amostras de animais que nunca
vimos", escreve a National Geographic em comunicado.
Para
Cameron, chegar ao ponto mais profundo do planeta tem sido um desejo de há
muito tempo. "A imaginação alimenta a exploração", comentou.
"Temos de imaginar que é possível antes de partirmos e conseguirmos lá
chegar."
A
revista National Geographic vai publicar os resultados desta expedição, depois
de analisadas as amostras e os espécimes recolhidos, informa a instituição em
comunicado.
O
DeepSea Challegenger tem 7,3 metros de comprimento, o seu casco é feito em
espuma sintectica, encolhe 6,4 cm sob a pressão da água no fundo do oceano, tem
mais de 1000 células de iões de lítio (baterias) e um painel de luzes de LED de
dois metros, iluminando o fundo marinho até 30 metros, as suas hélices movem-se
quer na horizontal, quer na vertical e dispõe de lanças para holofotes e
câmaras de 3 D, dispõe ainda de um braço mecânico para colher amostras e o
piloto viaja numa esfera de 109 cm de diâmetro em aço e com 6,4 cm de
espessura, sendo o balastro constituído por 500 kg de placas de aço largadas
para o submersível subir à superfície.
Cinquenta e dois anos depois regressamos ao ponto mais profundo do planeta...
Porquê só agora?
3 comentários:
Pois...é pena é esse Cameron ser um maçonzão de alto grau!
Maçon ou não porquê só 52 anos depois?
Mantenho a pergunta.
Porquê?
Talvez porque querem espatar a treta dos aliens. Lembras-te do filme do Cameron, "O Abismo"?
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