“Arbeit
Macht Frei”
Os
tempos que correm são um final de um ciclo, tempos de mudança, que
não prometem nada de Bom...
O
Trabalho tem sido esmagado, destruído um pouco por todo o lado,
pasme-se, aqui mesmo ao lado em Espanha o número de desempregados já
vai para lá dos 30%. Por cá – Portugal – aproxima-se a passos
largos dos 20 %, se nos pudermos fiarmos nas estatísticas oficiais
que são manipuladas. Mas, a situação começa a ser preocupante um
pouco por todo o lado. Então se não houver emprego, como há
consumo?
Se
o dinheiro não circula, como pode funcionar a Economia?
Isto
para não falarmos da emigração dos mais novos e qualificados para
outras paragens, procurando melhores condições de vida.
E
onde fica a renovação das gerações?
Se
não houver nascimentos quem paga as reformas?
A
Segurança Social?
E
o Estado?
Bem,
o Estado está falido!
E
será sustentável?
Haverá
Futuro?
Uma
pergunta sem resposta...
Não
terá tudo isto sido orquestrado há muito tempo?
É
que as golpadas aconteceram um pouco por todo o lado e em simultâneo.
Curioso...
Há
cerca de um ano assisti a uma conferência de imprensa (numa
universidade inglesa) de Christine Lagarde (sim, essa mesma, a
Directora do FMI), quando confrontada por um estudante universitário,
acerca do futuro para os mais novos, esta sorriu troçando, que
provavelmente muitos jovens qualificados desta e da próxima geração,
não teriam emprego, independentemente das qualificações que
tivessem.
O
Futuro prometia ser brilhante e promissor, no entanto afigura-se de
dia para dia cada vez mais sombrio.
E
não se perspectivam melhoras... O que será dentro dalguns meses,
quando boa parte dos países da Zona Euro cair na real?
Sim,
porque muito boa gente dizia que a crise era coisa própria dos
países do Sul da Europa, dos países periféricos, no entanto parece
que já assentou arraiais noutras paragens, tais como por exemplo: a
Bélgica, o Luxemburgo, a França, a Eslovénia, a Hungria e a
Turquia.
Segundo
uma amiga que está na Alemanha, confidenciou-me bem recentemente que
já se começam a notar os primeiros sinais de inquietação em
terras germânicas, com tantos emigrantes a chegar todos os dias, uns
sem falar uma única palavra de alemão e sem qualquer qualificação
possível.
Tanta
Austeridade levou um pouco por todo o lado, ao encerramento de
pequenas e médias empresas, se os despedimentos continuarem bem como
a recessão, como haverá crescimento quando tudo tiver fechado?
O
que farão as pessoas?
O
que se perspectiva?
Estarão
à espera dum Evento?
Será
o Fim do Mundo?
Ou
a chegada de Godot?
E
já agora de que falarão os eurocratas nas reuniões de topo em
Bruxelas, Estrasburgo e Berlim?
Será
que estarão a pensar cumprir a Agenda e ressuscitar os célebres
campos de trabalho nazis?
Sim,
porque facilmente chegarão a todo o lado, com tanta auto-estrada.
Advinham-se
tempos difíceis....
“Arbeit
Macht Frei”
3 comentários:
Boa reflexão. No outro dia dei comigo a pensar no mesmo, agora a malta europeia preocupa-se com estas políticas do FMI e companhia porque estamos do lado de baixo, enquanto outros países estão agora do lado de cima com economias a crescer e milhões de novos consumidores. O GRANDE PLANO é a mesma receita do costume: ganhar muito dinheiro, explorando pesoas e recursos de forma desenfreada. Enquanto aqui nos queixamos há milhões que agora têm esperança de dias melhores, com economias sempre baseadas na exploração dos mais fracos. E a minha questão é: há alguma novidade no "sistema humano" desde há centenas de anos? Há muita mudança, isso é claro, mas o sistema é o mesmo. Como nas bicicletas, há muita evolução, muitas variantes, mas as duas rodas e os pedais são o sistema desde há dezenas de anos. É por isso que acho importante continuar nas lutas, unindo-nos nas causas que afinal levam a um só caminho: achar a solução para mudar o sistema, porque neste sistema temos mesmo os dias contados. E pelo lado ambiental, para começar, pois temos os recursos limitados e uma atmosfera que nos liga a todos.
“Arbeit Macht Frei”
O TRABALHO LIBERTA, ESCRITO EM UM CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA...
Luiz António Ribeiro eu sei o que representa Arbeit Macht Frei, foi intencional o título, o principio do texto e o fim...
Nesta crise cada vez encontro mais analogias com o que se passou em 1929 e nos anos que se seguiram.
No outro dia assisti a um documentário sobre o New Deal que passou no canal História e dei por mim a pensar: "Meu Deus isto é a papel quimico decalcado. Como são similares as crises."
Depois Luiz António não deixa de ser curiosa o desprezo que nutrem os povos do Norte da Europa, pelos do Sul.
Isto para não falar da personagem enxacrável de Ohli Rehn.
João Paulo, um abraço é bom ver-te por aqui.
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