A
“arte” da guerra
“(...)Não
existe guerra sem um grande teatro: são os campos de batalha, as
cidades, mares e céus; são os territórios bárbaros, em que os
nossos instintos primitivos se sentem soltos, vagando em
desumanidades. Criamos até um nome para esse espaço dos desatinos –
Teatro de Operações – expressão militar, muito poética e até
mesmo meiga para designar o palco da carnificina e da loucura. Por
isso, é que entendidos entendem a guerra como a arte, a triste arte
de matar semelhantes em nome do poder, de crenças e da cobiça.
Está
armado o clima de crise económica necessário para se forjar uma
guerra. Agora vamos ver como aparecem os grandes oportunistas para
governar a guerra decorrente da falta de recursos – sim, na crise
que determina a guerra procuramos salvadores! Eles nascem do nosso
medo e pelo nosso medo crescem!
Na
crise económica, tememos a fome e os enganadores aí aparecem a nos
prometer riquezas, porém só nos trazem a miséria. Temos medo da
violência e eles só nos dão os corpos nadando em sangue nos campos
de batalha. Temos medo da guerra e eles são a guerra.
Sim,
há uma arte muito antiga nos conflitos bélicos! A arte de iludir e
comprar corações com palavras vazias. Em suas propagandas de poder,
os senhores da guerra nos falam de virtude enquanto não passam de
grandes escroques. Fala-nos de orgulho, honra e inflamam multidões,
cheios do único orgulho que possuem: o orgulho de não ter honra
alguma.
Mesmo
que as Centúrias não passem de milhares de versos compostos por um
ancião entediado ao escrever a mais louca das epopeias – com seus
bufos-heróis actuando em lugares incertos –, nada disso pode tirar
o valor da mais sábia das mensagens que se pode dar aos homens:
evitem cometer os mesmos erros; cuidai de quem vos governa; a guerra
é a morte, a destruição; a verdadeira virtude está em viver em
paz, respeitando essa grande casa que é comum a todos – a Terra; a
honra está em tolerar as diferenças; a glória do homem é viver e
deixar viver, nada mais. Em nossa curta vida, cheia de tantos
desencantos, em que tudo é abreviado pela morte, a qualidade moral
está em tentar compreender este minúsculo lapso temporal em que
respiramos.
No
caso específico da Segunda Guerra, verifiquem se há algum engano
nesses alertas de Nostradamus contra o ódio e horrores que a guerra
gera. Hitler, Mussolini na Europa e África e os sanguinários
japoneses no Pacífico são a prova incontestável da nossa falta de
juízo em tempos incertos, ou a qualquer tempo. No seguimento das
diatribes sanguinárias desses ditadores, não nos assusta a ideia de
que um degenerado como o anticristo, um dia, venha conduzir a
humanidade ao desastre. Infelizmente, são sábias e verdadeiras as
palavras do Salmo 42: “Um abismo chama outro abismo”.
Vida
feliz: TV, transporte e computadores
I.63
Les
fleurs passees diminue le monde,
Long
temps la paix terres inhabitees:
Seur
marchera par ciel, terre, mer et onde,
Puis
de nouueau les guerres suscitees.
As
hidras tornam o mundo menor, por um longo período a paz nas terras
inabitadas. As pessoas viajarão com segurança por terra, água e
ar. Então as guerras recomeçarão. – Francês: passe-fleur,
anémona. Latim: como em português, o adjectivo se coloca
ordinariamente depois do substantivo, concordando em género, número
e caso, por isso, fleures passees].
A
anémona aquática é associada à Hidra, que na mitologia grega
aparece como uma criatura fantástica, monstruosa serpente com sete
cabeças que se regeneravam quando eram cortadas (Hidra de Lerna).
Ela aparece no primeiro verso. Nostradamus pode estar descrevendo
algum equipamento electrónico com fios, tentáculos, e que encurta
as distâncias entre lugares e pessoas – televisão e computadores,
por exemplo. Os animais do género Hydra descritos pela biologia, são
verdes, cinzas ou pardos e vivem presos a paredes rochosas ou à
vegetação aquática. A intenção nessa quadra é de descrever como
se dá a comunicação e o fluxo de pessoas entre lugares por meio de
recursos tecnológicos estranhos a Nostradamus: “As pessoas
viajarão com segurança por terra, água e ar”.
Observem
que ele utiliza os primeiros três versos para descrever a sua visão
sobre a modernidade e no último já retorna ao seu foco, que é a
guerra. Num homem do século XVI, é de se imaginar o espanto com os
modernos navios e submarinos cruzando os mares. Em 1550, navegar era
sinónimo de naufrágio em toscas naus de madeira. Nostradamus
deparar-se com comboios e metros com as suas velocidades fantásticas,
enquanto ele dispunha para viagens os veículos de tracção animal –
e isso para quem podia pagar, pois a maioria das pessoas se deslocava
a pé mesmo. Os aviões devem ter deixado o profeta maravilhado,
simplesmente inimaginável naquele tempo em que boa parte dos homens
tinha no céu apenas a habitação do divino e de tudo quanto era
inexplicável.
As
causas da Terceira Guerra
Ao
examinarmos este grande épico às avessas que são as Centúrias,
podemos observar que certos factores, como de ordinário para outras
guerras, contribuem sobremodo para a criação do clima de
animosidades entre os países e decorrente Terceira Guerra. Em nosso
entendimento, quatro são os pontos chaves nas previsões deste
evento:
Economia
– falência do
mundo financeiro;
Meio
ambiente – aquecimento
global e uma sucessão de eventos catastróficos;
Crise
energética – alta
nos preços do petróleo;
Política
– falhas na
diplomacia e manutenção da paz.
É
evidente que esses factores não actuam sozinhos, todos concorrem
para um panorama de crise global nunca antes experimentada pela
humanidade. Assim, a falência do mundo financeiro está relacionada
com o aquecimento global, a alta nos preços do petróleo e com a
política desenvolvida pelas nações. Todos esses itens misturam num
emaranhado de único e frágil fio de seda. Acontece que o fio pode
arrebentar e desencadear a sucessão dos eventos que determinarão a
guerra, conforme veremos nas Centúrias.
Contudo, a paz sempre foi efémera:
II.40
Vn
peu apres non point longue interualle,
Par
mer et terre sera faict grand tumulte:
Beaucoup
plus grande sera pugne nauale,
Feux,
animaux, qui plus feront d'insulte.
Pouco
depois do intervalo não muito longo, por terra e mar será um grande
alvoroço: as batalhas navais serão as mais importantes, a
ferocidade será maior do que a própria guerra.
Meio
ambiente: o aquecimento global
Présage
XLI. Iuillet.
Predons
pillez chaleur, grand seicheresse,
Par
trop non estre. cas non veu, inoui:
A
l'estranger la trop grande caresse,
Neuf
pays Roy. l'Orient esblouy.
Os
ladrões farão pilhagens durante uma longa seca, que constituirá um
acontecimento jamais visto. Os países estrangeiros serão tratados
com pouca energia. O Oriente seduzirá nove países.
A
grande seca surge dos desequilíbrios de temperatura na superfície
terrestre, ao qual chamamos de aquecimento global. Seca e fome têm
que ser conjugadas sempre juntas. Logo, as pilhagens serão
proporcionais ao tamanho da seca e da fome. E numa louca tentativa
para salvar a economia mundial, movidos mais por medo do que por
convicções políticas, nove países do Ocidente se deixarão
seduzir pelo Oriente, no caso, a China com mais de 1,3 bilião de
habitantes, prontos para deixarem suas fronteiras em busca de meios
de sobrevivência. Essa equação nos parece simples: a soma de seca
com fome e penúria tem por resultado a guerra.
Essa
grande seca, a qual se refere Nostradamus, e seus efeitos estão
presentes em quase todas as quadras e presságios que tratam da
Terceira Guerra e seus desdobramentos. Portanto, é necessário que
façamos aqui um breve estudo das actuais condições climáticas
para verificarmos o grau da possibilidade imediata desse
acontecimento catastrófico.
O
aquecimento global é decorrente da junção de vários outros
factores relacionados ao meio ambiente, como por exemplo, o efeito
estufa, com uma concentração além do normal de gases na atmosfera
que aprisionam calor sobre a superfície terrestre. Mas não é só
isso, junto ao fenómeno do efeito estufa também está o
aparecimento de buracos na camada de ozono, o que nos deixa
vulneráveis aos efeitos nocivos da radiação ultravioleta emitida
pelo Sol.
Esses
fenómenos, sentidos com maior intensidade a partir do final do
século passado, são causados directamente pelo homem, com o aumento
da poluição verificada a partir da Revolução Industrial, ocorrida
nos meados do século XVIII. A indústria trouxe o progresso para o
mundo e permitiu o actual estágio em que vivemos. O problema é que
o nosso suposto conforto, obtido com esse não menos suposto
progresso, aponta para danos terríveis à natureza. A desertificação
é um sinal claro que o nosso modo de vida está afectando o meio em
que vivemos. De acordo com dados do Worldwatch
Institute,
cerca de 15% da superfície terrestre sofre algum tipo de
desertificação – com a redução da vegetação e capacidade
produtiva do solo. Coloquemos nessa conta de subtracção, as chuvas
ácidas, a poluição do solo e das águas, o desmatamento, a erosão
e teremos um quadro nada promissor para a saúde do planeta.
O
aumento de um grau Celsius na temperatura média da terra é
suficiente para alterar o clima de várias regiões e, segundo os
cientistas que apresentaram trabalhos no Painel Intergovernamental
Sobre Mudança no Clima (IPCC) das Nações Unidas, o século passado
foi o mais quente dos últimos 500 anos, com aumento da temperatura
média entre 0,3 ºC e 0,6 ºC. Ora, somos forçados a apontar
novamente a falta de parâmetros para Nostradamus fazer suas
previsões, principalmente no que se refere ao clima. Pelo que
sabemos, em sua época, nem mesmo o termómetro havia sido inventado.
O primeiro termómetro só apareceria em 1592, exactos trinta e seis
anos depois da morte do profeta, inventado por Galileu Galilei
(1564-1642).
No
século em que viveu Nostradamus e nos anteriores a ele, não existem
registos de seca ou crise agrícola, muito pelo contrário, o século
XVI foi de superprodução na Europa. “No século XVI a elevação
generalizada dos preços e a consequente propensão a investir
levaram a um crescimento da produção, que no século XVII estava
acima da possibilidade de absorção do mercado”. Além disso, o
período de maior fome na Europa (1315-1317), portanto, 200 anos
antes do nascimento de Nostradamus, foi causado pelo excesso de
chuvas, que não permitiam a germinação das sementes dos cereais,
elas simplesmente ficavam podres.
Mas,
voltemos ao nosso fértil solo, às profecias de Nostradamus, e
poderemos verificar que outros fenómenos podem concorrer com o
aquecimento global, inclusive para aumentá-lo, como por exemplo, o
deslocamento dos pólos magnéticos em relação ao eixo terrestre,
ou ainda, a alteração na inclinação desse eixo:
I.56
Vous
verrez tost et tard faire grand change,
Horreurs
extremes et vindications:
Que
si la Lune conduite par son ange,
Le
ciel s'approche des inclinations.
Mais
cedo e mais tarde você vai ver grandes mudanças, horrores extremos
e vinganças: e se a Lua tivesse sido levada por seu anjo. O céu se
aproxima das inclinações.
Um
claro aviso de Nostradamus sobre os horrores da guerra e uma mudança
generalizada nas coisas que afectam o nosso planeta. O céu e a Lua,
símbolos da constância estariam em desacordo com o que se espera
deles. A Terra mergulhada em tal escuridão (o anjo da morte) que nem
se pode mais ver a Lua. O eixo terrestre estará muito inclinado
devido aos desastres naturais, terremotos e vulcões e até mesmo
grandes explosões atómicas:
IV.30
Plus
unze fois Luna Sol ne vouldra,
Tous
augmenté et baissez de degrez:
Et
si bas mis que peu or on coudra,
Qu'apres
faim peste, descouuert le secret.
Por
mais de onze vezes Lua e Sol desaparecerão, tudo aumentado e
diminuído de grau: colocados tão embaixo que até o ouro
escurecerá. Depois da fome e da peste, descoberto será o segredo.
Um
pacto para salvar a Economia
Na
quadra I.63, além de apontar maravilhas do engenho humano, o profeta
nos fala em um período relativamente longo de paz entre guerras, nas
terras desérticas (países produtores de petróleo). Porém, a paz
será interrompida por nova guerra, que envolverá seis países que
pertencem a um grupo de sete e mais um terceiro que sai de um grupo
de cinco, e todos contra o Oriente, os árabes, persas e turcos:
II.88
Le
circuit du grand faict ruineux,
Le
nom septiesme du cinquiesme sera:
D'vn
tiers plus grand l'estrange belliqueur:
Mouton,
Lutece, Aix ne garantira.
O
conjunto do grande pacto desastroso, o sétimo nome da quinta será:
um terceiro, o maior e estranho guerreiro que não garante: o Papa
(Roma), Paris e Aix-en-Provence.
Um
belo enigma! Vamos interpretá-lo: o G-7 é composto pelos países
mais ricos e industrializados do mundo: Estados Unidos, Japão,
Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá. Vamos lembrar
que a guerra se dará por motivos económicos, pois a esta altura o
sistema financeiro internacional estará falido. Um desses países do
G-7 não aceitaria o pacto de guerra, por fraqueza militar, ou por
problemas internos. A eles virá se somar um estranho e grande
guerreiro do G-5, composto por países emergentes: Brasil, México,
Índia, África do Sul e China, ou seja, parte do antigo Terceiro
Mundo. Porém, mesmo com o pacto firmado, este “estranho guerreiro”
não conseguirá dar apoio bélico à Itália e à França. Dos
países do G-7, o Japão é o único país que não pertence à
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN – em inglês,
NATO). Do G-5, o Brasil, o México aparecem no contexto quando
Nostradamus se refere ao Ocidente. Pois para ele, a Europa é o
centro que divide o mundo em Ocidente e Oriente. Os maiores em
população são a China (1,3 bilião) e a Índia (1,2 bilião). A
China também tem o maior território e apresenta o sistema de
governo estranho aos outros, Comunista, mas caminha a largos passos
para o Capitalismo.
Logo,
a China, que já é a segunda maior economia do mundo, altamente
dependente do petróleo, surge como uma candidata ao “pacto
desastroso” de guerra. Há uma década, qualquer pessoa que
vislumbrasse tal aliança tácita entre os exércitos da China e a NATO
seria sumariamente apedrejada em praça pública! Eis, portanto, o
nosso cuidado em descrever aqui somente uma aliança táctica, que
prevê um objectivo imediato, no caso, a garantia de fornecimento de
petróleo pelos países produtores, especialmente os árabes. Algo
muito diferente de uma aliança estratégica e permanente em busca de
um único objectivo comum e duradouro.
E
lá vai mais um ponto para a China em sua marcha capitalista: no
final de Abril de 2011, a agência de notícias EFE informava que O
FMI apontou em um relatório que o Produto Interno Bruto (PIB) da
China superará o dos Estados Unidos em 2016, n uma comparação
baseada no poder paritário de compra (PPC), ou seja, a economia
real. O relatório do órgão demonstra que o PIB chinês aumentará
de US$ 11,2 triliões em 2011 para US$ 19 triliões em 2016. Essa
quantia supera as previsões do PIB americano, que nessa data
alcançaria os US$ 18,8 triliões, a partir dos actuais US$ 15,2
triliões.
A
crise energética
Nostradamus
deixa bem claro que um dos rastilhos da Terceira Guerra Mundial está
aceso no Oriente e Ásia, e os recentes acontecimentos no Norte da
África e que rumam para o Médio Oriente nos revelam a fragilidade
de todo nosso sistema baseado no ouro negro. Nunca, em tempo algum, o
mundo esteve tão exposto aos humores das relações internacionais
e, em especial, nessas regiões. Somem-se a isso tudo, as abissais
diferenças culturais e religiosas e teremos um grande barril de
pólvora apenas esperando a fagulha para ir aos ares.
II.86
Naufrague
à classe près d’onde Hadriatique,
La
terre tremble, esmüe sus l’air em terre mis,
Égypt
tremble augment Mhaométique,
L’Héraut
soy rendre à crier est commis.
Navios
vão naufragar bem perto do Adriático, A terra tremerá quando uma
frota aérea atacar a terra. O Egipto treme aumentado pelos
maometanos. Será exigida a rendição do comandante-em-chefe.
III.27
Prince
libinique puissant en Occident,
François
d’Arabe viendra tant enflammer
Scavant
aux lettres sera condescendent,
La
langue Arabe em François translater.
Um
príncipe líbio poderoso no Ocidente virá a inflamar muitos árabes
contra os franceses, depois virá uma personagem culta e complacente
que mandará traduzir a língua árabe para o francês.
Recordo
o sétimo dia de Abril de 2011, uma quinta-feira. A televisão está
ligada e transmite os horrores dos conflitos no Norte da África, em
especial na Líbia, e também regista a catástrofe atómica na
central nuclear de Fukushima, no Japão, que havia sofrido nesse dia
mais um forte abalo sísmico (7,1 graus na escala Richter) e na mesma
região do terremoto dia 18 do mês anterior. Desta vez, quatro foram
mortos e 130 pessoas ficaram feridas.
Bela
era a tarde! A mesma tarde desesperadora para as famílias de 11
crianças assassinadas por um maluco no Rio de Janeiro. A mesma tarde
aterrorizante para centenas de africanos que acabavam de sucumbir em
naufrágio, muito perto do Adriático, numa fuga desesperada da fome
e da guerra. Segundo o que noticiava a agência italiana Ansa, o
barco de imigrantes e refugiados somalis, bengalis, sudaneses e
eritreus, vindo da Líbia, transportava 300 pessoas e afundou a 65
quilómetros de Lampedusa, em águas territoriais de Malta. A Guarda
Costeira da Itália e pescadores sicilianos haviam retirado da água
48 das 300 pessoas que estariam a bordo da precária embarcação. O
capitão de um pesqueiro siciliano que conseguiu resgatar três
pessoas disse que a cena foi impressionante. "O que nós vimos
foi terrível. As cabeças dos náufragos ficavam fora da água e
depois mergulhavam. Todos gritavam por socorro", disse Francesco
Rifiorito à Ansa. "Nós fizemos tudo o que foi possível".
Esta não foi a primeira embarcação que afundou naquelas águas
depois do início dos protestos e certamente não seria a última,
pois a situação humanitária nos países africanos tornava-se a
cada dia mais grave.
Nas
quadras iniciais deste capítulo temos a notícia das revoltas no
Egipto. O país tremeu em protestos populares exigindo a renúncia do
presidente Hosni Mubarak (1928-). Mubarak ficou no poder por quase 30
anos e não resistiu à revolta popular que persistiu por 17 dias
seguidos e que deixou mais 300 mortos e cinco mil feridos. O ditador
e sua família foram detidos e seus bens bloqueados no exterior. A
queda de Mubarak foi resultado do efeito dominó dos protestos que
atingiram o Norte da África em 25 de Janeiro na Tunísia que também
teve seu presidente deposto, depois que um vendedor ambulante ateou
fogo nas próprias roupas em protesto contra os impostos e a acção
violenta da polícia para repreender os pequenos comerciantes
informais. A partir daí, como um rastilho de pólvora, os protestos
alcançam praticamente toda África setentrional, habitada por povos
de língua árabe e de maioria mulçumana.
Depois
do Egipto, a Líbia do coronel Muammar al-Khaddafi era apenas a bola
da vez. Khaddafi havia mandado abrir fogo contra a sua própria
gente, numa louca reacção aos protestos que chegaram ao país.
Queriam-no fora do poder, usurpado desde um golpe em 1969. O Ocidente
já não podia mais tolerá-lo, como o tolerou até mesmo quando se
suspeitou que ele ordenara ataques terroristas contra alvos civis em
outros países. A reacção de Khaddafi contra a população
desprotegida não ficaria impune. Agora, com a Líbia em guerra
civil, os aviões e navios da NATO, liderada pelos EUA e França,
bombardeavam alvos militares no solo líbio. O coronel estava
encurralado, com os recursos pessoais, da família e do estado
bloqueados nos países estrangeiros. Poucas eram as saídas para
Khaddafi, resistir até a última bala, morrer, ou conseguir fugir
para algum dos raros países amigos, como a Venezuela. Em todos os
casos, se chegaria ao momento do cessar fogo, com diplomatas
redigindo tratados de paz que, certamente, seriam escritos em árabe
e traduzidos para outras línguas ocidentais, entre elas o francês,
como antevê a profecia de Nostradamus. É bom observar que,
independentemente do que ocorra com Khaddafi, a Líbia continuará
sendo um barril de pólvora, pois não conta com instituições
democráticas sólidas, isso sem contar a população, sempre dividia
em poderes tribais. Por estar em posição geográfica estratégica,
qualquer conflito na região do Mediterrâneo ou Adriático, a Líbia
terá papel relevante, não importando quem esteja ocupando o
governo. Há de se lembrar que a guerra será pelo controle do
petróleo:
V.16
A
son haut pris plus la lerme sabee,
D'humaine
chair par mort en cendre mettre,
A
l'isle Pharos par Croissars pertubee,
Alors
qu'a Rodes paroistra deux espectre.
Quando
o preço da gota de sabá, não mais se puder manter no ponto máximo,
na época em que cadáveres humanos forem calcinados pelo fogo, e a
ilha do Faros for inquietada por cruzadores, aparecerá em Rodes
temível espectro de terror.
O
Iémene, país que teria sido governado pela da lendária rainha de
Sabá, é o principal parceiro comercial da China no fornecimento de
petróleo. Os cruzadores inimigos do Ocidente passarão perto da
antiga ilha de Faros, hoje uma península, na cidade egípcia de
Alexandria. Rodes é uma ilha grega do Mar Egeu. É lá que vai
aparecer o espectro do terror, talvez um navio armado com explosivos
atómicos.
A
morte do tirano num porto muçulmano
IV.45
Par
conflict Roy, regne abandonnera,
Le
plus grand chef faillira au besoing,
Mors
profligez peu en reschapera,
Tous
destranchés, vn en sera tesmoing.
Durante
o conflito, o Rei vai abandonar o seu reino, maior chefe irá falhar
na hora da necessidade: inoperante, arruinado, poucos escaparão,
todos massacrados, um será a testemunha.
I.94
Au
port Selin le tyran mis à mort,
La
liberté non pourtant recouvreé:
Le
nouveau Mars par vindicte et remort,
Dame
par force de frayeur honorée.
No
porto muçulmano o tirano posto a morte, a liberdade não será
recuperada: porém, a nova guerra virá por retribuição e remorso,
a Dama é ameaçada pela força do terror. – Selin é
palavra de origem grega, quarto crescente da Lua, símbolo muçulmano.
Essas
duas quadras nos parecem complementares e referem-se aos recentes
conflitos na África e Oriente Médio. A diplomacia e a ajuda militar
dos EUA (ou França) vão falhar em relação a um país aliado. O
chefe de governo desse país terá que abandoná-lo e o povo perecerá
numa guerra civil.
Ora,
tiranos não faltam para morrer em algum porto do Norte da África e
durante as revoltas no mundo árabe é bem provável que a liberdade
não seja conquistada pelo povo, pobre em instituições sólidas
para garantir essa liberdade. “A Dama ameaçada por força do
terror”, pode ser uma alusão à União Europeia ou especificamente
à França, que tem como um dos símbolos da Revolução a dama de
Eugène Delacroix (1798-1863) La
Liberté guidant le peuple
– A Liberdade guiando o Povo, pintura de 1830.
As
tentativas para se manter paz
IX.52
La
paix s'approche d'vn costé, et la guerre,
Oncques
ne fut la poursuitte si grande:
Plaindre
hôme, femme sang innocent par terre,
Et
ce sera de France a toute bande.
De
um lado, preparam-se para assinar a paz e do outro, para fazer a
guerra. Jamais as duas serão tão procuradas: depois serão
lamentados os homens e mulheres; o sangue inocente vai correr sobre a
terra e em todos os lados da França.
VI.64
On
ne tiendra pache aucune arresté,
Tous
receuans iront par tromperie:
De
paix et trefue, et terre et mer protesté.
Par
Barcelone classe prins d'industrie.
Os
tratados de paz não serão respeitados. Todos passarão por enganos.
Por terra e por mar serão feitas proclamações de paz. O exército
será posto em actividade até Barcelona.
XII.59
L'accord
et pache sera du tout rompuë:
Les
amitiez pollues par discorde:
L'haine
enuiellie, toute foy corrompuë,
Et
l'esperance. Marseille sans concorde.
O
acordo de paz será quebrado por todos: as amizades envenenadas pela
discórdia, o ódio virá a corromper a fé e a esperança. Não se
encontrará a harmonia em Marselha.
VI.21
Quant
ceux du polle arctic vnis ensemble,
Et
Orient grand effrayeur & craints:
Esleu
nouueau, soustenu le grand tremble,
Rodes,
Bisence de sang Barbare teincte.
Quando
os do Polo Árctico estiverem unidos globalmente, no Oriente grande
terror e medo: o recém-eleito, sustentado pelo grande álamo negro,
Rodes e Bizâncio de sangue bárbaro tingida – Francês: tremble,
faia preta (árvore, álamo)].
Pelo
visto nessas quadras, o grande momento se aproxima. A Europa está
mais do que unida na sua grande comunidade económica. As relações
dos Estados Unidos com o Canadá e a Rússia são relativamente boas.
No Oriente, o quadro é exactamente de terror e medo com as revoltas
populares e as actividades terroristas dos fundamentalistas
islâmicos.
Barack
Obama (1961-), sustentado por uma forte população negra nos EUA,
trabalha pela reeleição. Mas, tudo isso se faz ilusório, o sangue
árabe está sendo derramado na África e Oriente nas revoltas
populares. Assim, os ataques terroristas e os velhos ódios voltarão
para rasgar os frágeis tratados de paz e o sangue dos inocentes
fluirá como se fosse num rio.
A
morte de Osama Bin Laden
III.30
Celuy
qu'en luitte et fer au faict bellique
Aura
porté plus grand que luy le pris:
De
nuict au lict six luy feront la pique
Nud
sans harnois subit sera surprins.
Aquele
que enegreceu com luto e arremessou o dardo num feito de guerra, ao
guiá-lo no céu de alguém maior do que ele: à noite, seis o farão
ficar de pé, despido e sem defesa ele será surpreendido –
Francês: fer, metal, espada, punhal, lança, dardo; porter,
levar, levar a, guiar; la pique, a prumo, verticalmente, em
perigo, em risco. Latim: ferrum, ferro, arremessão com dardo;
aura, vento brando, brisa, o céu, os ares, o firmamento].
Osama
Bin Laden (1957-2011) deixou uma nação inteira de luto ao comandar
(guiar) o ato terrorista que arremessou aviões contra alvos em solo
norte-americano, em especial às torres gémeas do World
Trade Center
de Nova Iorque, em 11 de Setembro de 2001. Feito que determinou a
imediata guerra contra o terror e a invasão do Afeganistão pelas
tropas dos EUA.
Na
noite de primeiro de maio de 2011, o Seal
Team Six,
em 40 minutos levou a cabo a operação que matou de Osama Bin Laden.
O Seal
Team Six
é uma unidade das forças de elite americanas com operacionais
vindos da Marinha, Força Aérea e do Exército (“a equipe dos
seis”). Consta dos primeiros relatos da Casa Branca que Osama se
levantou da cama antes de ser morto. Os de detalhes que podem
esclarecer se ele estava vestido, ou não, ainda não haviam sido
fornecidos oficialmente por Washington.
Até
agora, as informações sobre como teria sido a morte do terrorista
foram dadas pela rede de televisão dos Estados Unidos CBS. No dia 13
de maio, a rede de TV revelou que Osama Bin Laden refugiou-se em um
quarto ocupado por suas mulheres e filhas durante a operação
militar em que foi morto. Membros do Team
Six
tentaram disparar enquanto ele estava no patamar do segundo andar,
mas fracassaram. As imagens da operação foram feitas por câmaras
instaladas nos capacetes dos soldados. Osama teria fugido em seguida
para um quarto onde se encontravam suas mulheres e filhas. O primeiro
soldado que entrou no dormitório afastou as filhas, enquanto o
segundo empurrou uma das esposas, que se atirou contra ele. O soldado
disparou então contra Bin Laden, ferindo-o no peito, antes que um
terceiro membro do Team
Six
atirasse sobre a sua cabeça.
VI.33
Sa
main derniere par Alus sanguinaire,
Ne
se pourra par la mer garentir:
Entre
deux fleuues craindre main militaire,
Le
noir l'ireux le fera repentir.
Suas
mãos, derradeiras para o Culto sanguinário, não podem pelo mar
chegar ao recolhido num abrigo: entre dois rios o respeito nas mãos
dos militares ao irado homem negro que fará ele se arrepender. –
Francês: garer, abrigar, recolher num abrigo; craindre:
temer, recear, suspeitar, respeitar, acatar. Latim: Alus, Alo,
deidade obscura romana, adorada por poucos.
Em
território norte-americano, o presidente Barack Obama acompanhou
passo a passo (praticamente online)
o desenrolar da acção do Team
Six.
Embora tenha sido usada uma tropa da Marinha, o ataque à fortaleza,
onde se abrigava Bin Laden, teve que ser feito por meio de aeronaves.
O Team
Six
acessou o abrigo após descer pelas cordas e cabos lançados por
helicópteros. Em Washington, capital localizada num distrito entre
os rios Potomac
e Anacostia,
os militares saudaram efusivamente com continências o presidente
negro que havia cumprido a promessa feita ao povo norte-americano de
matar Bin Laden. Não sabemos quais foram as últimas palavras do
terrorista nem se ele teve tempo de dizer alguma coisa, porém a
quadra aponta que ele se arrependeu antes de morrer.
A
divindade Alus
praticamente não aparece na literatura romana, somente há registo
dela em algumas inscrições, portando, Alus
deve ter sido adorado por um número reduzido de pessoas, ou até
mesmo uma seita. Em Roma, cada casa tinha seu próprio deus, chamado
Lar,
fora os que eram adorados de forma comum pelo povo, como Diana,
Júpiter, Marte etc. Havia também os deuses penates, adorados pelas
famílias, mas sem nomes. Dessa maneira, traduzimos Alus,
por "Culto" por um número não muito grande de homens ou
mulheres.
A
vingança dos seguidores de Bin Laden
VI.67
Au
grand Empire paruiendra tout vn autre,
Bonté
distant plus de felicité:
Regi
par vn issu non loing du peautre,
Corruer
regnes grande infelicité.
Um
homem bem diferente atingirá o grande império mais distante da
bondade do que da felicidade: regido por alguém vindo de longe de
sua cama, tal regente se precipita num grande infortúnio.
Bin
Laden atingiu em cheio o orgulho do império norte-americano. Um
pouco antes deste momento terrível, duro com os seus inimigos, o
país passava por uma euforia. Agora regido por alguém que veio de
longe do continente – Obama nasceu em Honolulu, capital do Havaí,
estado norte-americano localizado no Pacífico – o império será
atingido pela infelicidade, vingança dos fundamentalistas árabes ao
se vingarem de Bin Laden.
Passados
três dias da morte de Bin Laden, o Al-Qaeda, a organização
terrorista de Bin Laden, comunica que a felicidade dos americanos
deve virar tristeza. "Nós enfatizamos que o sangue de Osama Bin
Laden é precioso para todos os muçulmanos e não foi derramado em
vão", lamentava o grupo fundamentalista islâmico.
No
dia 13 de Maio, um ataque com homem-bomba contra uma academia
paramilitar no Noroeste do Paquistão matou 80 pessoas. Várias
pessoas ficaram feridas no atentado. O Talibã paquistanês assumiu a
autoria do atentado e revelou que foi uma vingança pela morte do
líder e fundador do Al Qaeda, Osama Bin Laden, por forças especiais
norte-americanas. O atentado ocorreu no momento em que cadetes
recém-formados entravam num autocarro para sair de folga.
V.19
Le
grand Royal d'or, d'airain augmenté,
Rompu
la pache, par ieune ouuerte guerre:
Peuple
affligé par vn chef lamenté,
De
sang barbare sera couuerte terre.
O
grande Real de ouro, de bronze aumentado, o acordo rompido, a guerra
aberta por um jovem: povo atingido por um chefe lamentado, de sangue
bárbaro será coberta a terra.
Esses
acontecimentos vão se dar quando o Ocidente estiver iludido com o
suposto valor do dólar ou do euro. Na Idade Média, uma das crises
económicas aconteceu quando os reis adicionaram metais de menor
valor nas moedas de ouro. O acordo dos estados que compõe a UE vai
ser rompido e a guerra será desencadeada por um jovem governante,
inconformado com o derramamento de sangue de seu povo.
27.
O Ataque terrorista no parque
X.83
De
batailler ne sera donné signe,
Du
parc seront contraints de sortir hors:
De
Gand l'entour sera cogneu l'ensigne,
Qui
fera mettre de tous les siens à morts.
Da
batalha não será dado signo, do parque serão obrigados a sair: ao
redor do Gândamo será conhecida a insígnia, que vai levar todos os
seus à morte. – Latim: Gandamus, Gândamo, antiga cidade
próxima ao Mar Vermelho.
Não
será dado sinal prévio algum da luta que os terroristas travam. O
sinal do ataque suicida será dado pelo chefe deles na cidade de
Gândamo, próximo ao Mar Vermelho, no Médio Oriente. O parque vai
ter que ser evacuado. Ora, se esse ataque terrorista for uma resposta
à morte de Bin Laden, ele terá que ser feito num grande parque para
incutir medo nas pessoas e ter seu efeito multiplicado pela
comunicação social. Nos Estados Unidos,
as cidades que têm grandes parques: Nova Iorque (Central
Park) e depois,
Washington (Boston?).
Ataques
terroristas na Espanha e Itália
V.55
De
la Felice Arabie contrade,
N'aistra
puissant de loy Mahometique:
Vexer
l'Espagne, conquester la Grenade,
Et
plus par mer à la gent Lygustique.
De
uma região da Arábia Feliz, nascerá poderoso de lei de Maomé:
ofenderá a Espanha, para conquistar Granada, e fará mais para o
povo da Ligúria.
Arábia
Feliz (em latim Arabia
Felix)
é a denominação dada pelos romanos a uma região da Península
Arábica, que corresponde hoje à parte da Arábia, Iêmen e Omã.
Osama Bin Laden nasceu em Riad, capital da Arábia Saudita.
Em
11 de Março de 2004, um atentado reivindicado pelo grupo terrorista
brigadas de Abu Hafs Al Masri, em nome da Al-Qaeda, explodiu quatro
comboios em Madrid. Os números do governo italiano apontam para 191
pessoas mortas nesse ataque com bombas.
Nessa
quadra, também encontramos a ameaça de golpe mais terrível ainda
na região de Génova, Noroeste da Itália (Ligúria). Na seguinte
quadra, Nostradamus descreve outro ataque terrorista na região de
Florença:
X.33
La
faction cruelle à robe longue,
Viendra
cacher souz ses pointus poignards,
Saisir
Florence le Duc et lieu diphlonque,
Sa
descouuerte par immurs et flangnards.
A
seita cruel dos que usam longa túnica virá, ocultando armas sob
suas vestes. O líder deles tomará Florença e a queimará duas
vezes, enviando à frente homens hábeis e sem lei.
Itália
sofre com a guerra químico-biológica
IV.48
Planure
Ausonne Fertille, spacieuse,
Produira
taons si tant de sauterelle,
Claré
solaire deviendra nubileuse,
Ronger
le tout, grand pest venir d’elles.
Uma
tal quantidade de mosquitos e gafanhotos avançará sobre a fértil
planície italiana em que o sol será obscurecido. Todos comeram, a
grande peste virá deles. – Latim: planura, planície;
Ausonia, antiga região da Itália; produco, faço
avançar.
Esse
cenário corresponde a um ataque ou contra-ataque sobre a Itália, no
fértil Vale do Pó. As armas utilizadas parecem ser químicas ou
biológicas, lançadas por grande número de aeronaves (de dois
tipos). A contaminação se dará pelo consumo de alimentos
infectados que causará uma séria doença semelhante à peste.
Assustador para os italianos, que têm em seus territórios as bases
de onde partem os ataques dos aviões da NATO ao Norte da África.
Algumas
linhas são necessárias para que tenhamos ideia do perigo ao qual a
Itália e outros países estão expostos com esses tipos de ataques
terroristas. Quanto à guerra biológica, é bom saber que temos
notícias muito antigas de sua procedência. Ela era praticada na
Antiguidade, quando os exércitos usavam cadáveres putrefactos para
contaminar o abastecimento de água de uma cidade sitiada, ou
atiravam dentro das muralhas inimigas cadáveres de vítimas de
varíola, peste ou outra doença contagiosa.
Mas
isso é passado, nos interessa agora a possibilidade de uma guerra
químico-biológica se repetir em nosso tempo e com mais tecnologia
agregada à matança em massa.
Os
Estados Unidos sempre acusaram os países que não são simpáticos à
política da Casa Branca de fabricarem ou ter em estoque armas
químicas e biológicas. Assim se deu com o Iraque, com o Irão e
também com a Líbia. Depois que o ex-presidente George W. Bush
(1946-) usou diante das Nações Unidas o falso argumento de que
Iraque possuía também tais armas e por isso era preciso ocupá-lo
militarmente, quaisquer acusações semelhantes são, no mínimo,
suspeitas.
Em
Dezembro de 2003, em plena lua de mel com o Ocidente, a Líbia
concordou em abrir mão de todos seus estoques de armas químicas,
biológicas e nucleares. A promessa veio depois de um longo processo
de negociações com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Em troca, a
comunidade internacional acabaria com os embargos e sanções contra
a Líbia.
E
quais seriam as possíveis pestes (vírus ou bactérias) espalhadas
por essas armas biológicas? Várias. Vejam uma pequena lista:
Varíola
– transmitida por vírus – a contaminação pode ser pelo ar,
taxa de mortalidade de 30% ; sintomas parecidos com o da gripe. A
erupção de pústulas na pele é uma das características da doença;
Ebola
– vírus – a mortalidade atinge quase 100%. Contaminada pela
água, alimento, ou ar, a pessoa passa a sentir febre, dor de cabeça,
falta de ar; diarreia com sangue e expectoração também
hemorrágica. A morte se dá no máximo em duas semanas. O Ebola é
uma arma letal e sem tratamento;
Peste
bubónica
– a peste bubónica pode ser disseminada por pulverização,
mísseis, bombas ou por meio de pulgas infectadas. Apenas cinquenta
quilos de esporos podem contaminar uma cidade de cinco milhões de
habitantes. Infectada, a pessoa vai contagiar todas as outras com que
tiver contacto. Em três dias, os sintomas aparecem semelhantes a uma
gripe e depois se formam pústulas e úlceras na pele;
Anthrax
– bactéria que dá o nome a doença. Caso fosse lançada por
avião, o anthrax iria contaminar o ar, a água, o solo e os
alimentos. Não pode ser detectado porque é incolor e sem cheiro. O
anthrax pode lesar a pele, contaminar os pulmões ou causar doenças
intestinais e também começa como se fosse uma gripe e termina em
hemorragia, edema e falência dos órgãos.
Essas
são os mais importantes vírus e bactérias que podem ser usadas
numa eventual guerra. Mas também temos outras armas de origem
biológica, como a toxina botulínica e toxina T-2, ambas mortais
para os animais e seres humanos.
Présage
CXXV. Iuillet.
Par
pestilente et feu fruits d'arbres periront,
Signe
d'huile abonder. Pere Denys non gueres:
Des
grands mourir. mais peu d'estrangers sailliront,
Insult,
marin Barbare, et dangers de frontieres.
Pelo
fogo e pestilência as árvores os frutos perecerão, sinais de
petróleo abundante. O Pai em Saint-Denys não será escutado: os
chefes de estado morrerão, mas poucos estrangeiros. A marinha
bárbara ameaçará as fronteiras com seus ataques.
Mais
um reforço de Nostradamus sobre a tragédia que se abaterá em parte
da Europa. Nem mesmo os chefes de estado serão poupados. O Pai ao
qual se refere Nostradamus é o Santo Papa que não será executado.
Em 31 de Março de 1980, em visita a Saint-Denys, o papa João Paulo
II assim se dirigiu aos trabalhadores na homilia: “O nosso mundo
contemporâneo vê crescer a ameaça terrível de destruição duns
pelos outros, em particular com a acumulação dos meios nucleares.
Já só o custo destes meios e o clima de ameaça que eles provocam,
fizeram que milhões de homens e povos inteiros vissem reduzir-se as
suas possibilidades de pão e de liberdade. Nestas condições, a
grande sociedade dos trabalhadores, precisamente em nome da força
moral que se encontra nela, deve perguntar categórica e claramente:
onde, até que ponto e por que foi ultrapassado o limite da nobre
luta pela justiça, da luta pelo bem do homem, em particular do homem
mais marginalizado e mais necessitado? Onde, até que ponto e por que
se transformou esta força moral e criadora em força destruidora, o
ódio, nas novas formas do egoísmo colectivo, que deixa aparecer a
ameaça da possibilidade duma luta de todos contra todos, e duma
monstruosa autodestruição?” [Homilias de João Paulo II, 1980.
Anais do Vaticano."(...)
Fonte:
Nostradamus,
de José Fernando Nandé
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