Crise
petrolífera
"Será
num tempo de sinais de abundância de petróleo. A fome virá. Ou seja, os sinais
existem, porém a acção se dará em função do petróleo já
existente em poços que estão em produção. Carros e indústrias
não funcionam apenas com sinais de petróleo.
IV.15
D'où
pensera faire venir famine,
De
là viendra se rassasiement:
L'oeil
de la mer par auare canine
Pour
de l'vn l'autre donra huyle, froment.
[De
onde se pensava que viria a fome, de lá virá a saciedade: os olhos
para o mar pelos quarenta cães, para um dará o óleo, para outro
dará o pão].
A
Itália invadida pelos árabes
II.65
Le
pare enclin grande calamité,
Par
l'Hesperie et Insubre fera:
Le
feu en nef peste et captiuité,
Mercure
en l'Arc Saturne fenera.
[Com
a economia em baixa, haverá uma grande calamidade no Ocidente: na
Itália, a guerra, a calamidade e o cativeiro atingirão a Igreja. A
pilhagem arruinará Roma. – Latim: parcus, económico;
inclino, baixo; Monoeci Arx, Mônaco; feneror,
arruinar. Origem grega: Hesperie, Ocidente],
VI.42
A
logmyon sera laissé le regne,
Du
grand Selyn qui plus fera de faict:
Par
les Itales estendra son enseigne
Sera
régi par prudent contrefaict.
[A
eloquência terá deixado o reino, o Crescente vai fazer grande parte
da obra: em toda a Itália ele vai estender sua bandeira, que será
governada por um prudente que se passará por inteligente].
Mais
duas alusões claras da invasão da Itália pelos muçulmanos. A
Itália sendo governada por alguém temeroso e que usará sua falta
de eloquência para demonstrar-se inteligente. Além disso, o momento
será de crise económica no Ocidente. Muitas são as semelhanças
com o tempo presente. Mas, vamos examinar as outras quadras para ver
se chegamos a datas de acontecimento desses vaticínios:
V.14
Saturne
et Mars en Leo Espagne captive,
Par
chef libyque au conflict attrapé,
Proche
de Malte, Heredde prinse vive,
Et
Romain sceptre sera par coq frappé.
[Saturno
e Marte em Leão Espanha cativa, pelo chefe líbio ao conflito
arrastada, próximo de Malta, o herdeiro tomado vivo e o romano
ceptro será pelo Galo golpeado. – Latim: heres, herdeiro].
Vamos
juntar A com B e veremos que esses eventos não estão, talvez, muito
longe de nós: quando Saturno e Marte estiverem em Leão, quando o
líder líbio for arrastado ao conflito, quando a Espanha ficar
cativa (de outros estados por suas dívidas) e quando o herdeiro for
aprisionado vivo, o governo italiano receberá um golpe vindo da
França.
IV.68
En
lieu bien proche non esloigné de Venus.
Les
deux plus grands de l'Asie et d'Aphrique,
Du
Ryn et Hister qu'on dira sont venus,
Cris
pleurs à Malte et costé Ligustique.
[Num
lugar muito próximo não longe de Vénus, os dois maiores da Ásia e
da África, do Reno e Danúbio dirão estar chegando, grito, choro em
Malta e do lado do Golfo de Génova. Latim: Ligusticus Sinus,
o golfo de Génova].
Essa
quadra se direcciona possivelmente à invasão simultânea de hordas
norte-africanas através de Malta e Génova, e outras vindas da Ásia
que colocariam em alerta os habitantes do entorno dos rios Reno e
Danúbio, na Europa.
Em
Fontbrune, o primeiro verso assim aparece: En l’na bien proche
esloigné de Venus... (No ano em que estiverem próximos de se
afastarem do engano...). Vénus para os romanos e Afrodite para os
gregos, deusa do amor, beleza e procriação, também está
relacionada a engano. Em nossa interpretação, Nostradamus está se
referindo a Chipre e a Grécia, lugares onde se iniciaram o culto a
essa deusa.
Alguns
intérpretes do século passado, no desejo de transformar Hister em
Hitler, usaram essa quadra na descrição de eventos relativos à
Segunda Guerra, o que não nos parece o caso.
X.97
Triremes
pleines tout aage captif,
Temps
bon à mal, le doux pour amertume:
Proye
à Barbares trop tost seront hatifs,
Cupid
de voir plaindre au vent la plume.
[Os
barcos levarão cativos de todas as idades, bom momento para o mal, o
doce para o amargo: presa a bárbaros derrotada será muito em breve,
Cupido reclamando para ver a pena ao vento].
Essa
quadra, além de mostrar a qualidade da poesia de Nostradamus, nos
fala de barcos levando prisioneiros: homens, velhos e crianças. Isso
se dará num momento crítico que criará as condições para que o
mal floresça. O malicioso (Cupido) irá reclamar dos outros países
da União Europeia que não deixam os “cativos” circularem livres
por seu território: Metre la plume au vent, “flutuar ao
vento”. Roma, casa do deus Cupido, será cativa dos bárbaros
(habitantes dos Norte da África) e também será derrotada por eles.
Em
meados de Abril de 2011, a imprensa internacional registava que o Sul
da Itália, sobretudo a ilha de Lampedusa, enfrentava uma vaga de
imigração sem precedentes, depois de mais de 25 mil pessoas terem
chegado àquela ilha desde meados de Janeiro, essencialmente
provenientes da Tunísia. Ao mesmo tempo, subiam as temperaturas nas
já quentes relações entre Roma e Paris, devido à emissão de
autorizações de residência temporária que o partido de
extrema-direita Liga do Norte, aliado do primeiro-ministro italiano,
Sílvio Berlusconi (1936-), desejava conceder aos imigrantes
provenientes do norte de África que já estavam na Itália. Com
estas autorizações, os imigrantes, na sua maioria de origem
tunisina, poderiam viajar para países europeus como a França.
No
dia 26 de Abril, as agências internacionais de notícias informavam
que os líderes de França e Itália pediam uma reforma do Tratado de
Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre a maioria
dos países da União Europeia. Criado em 1985 e colocado em prática
uma década depois, o Tratado de Schengen permite que residentes
legais da maioria dos países da União Europeia e viajem ultrapassem
livremente as fronteiras.
Berlusconi
e o escândalo sexual
Présage
LX. Auril.
Le
temps purgé, pestilente tempeste,
Barbare
insult. fureur, inuasion:
Maux
infinis par ce mois nous appreste,
Et
les plus Grands, deux moins, d'irrision.
[Os
tempos serão de licenciosidade, peste e violência, um terrível
ataque bárbaro e invasão. Grandes desastres em abril. Chefes de
estado serão ridicularizados, com excepção de dois].
Nesse
presságio, válido para certo mês de Abril, Nostradamus volta a
citar o ataque ou o insulto bárbaro. Ele também destaca as
características morais reinantes, violentas e licenciosas. Na
Itália, a licenciosidade parece começar pelo governo.
De
acordo com a agência de notícias France Press, o
primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi apresentou-se, em 11 de
Abril de 2011, no Tribunal de Milão para uma audiência do processo
Mediaset, em que é acusado de fraude fiscal. Na semana anterior, ele
havia faltado a uma audiência de outro caso, o Rubygate. “Neste
processo, o que pode ter consequências mais graves para o chefe do
governo italiano, Berlusconi é acusado de ter dado dinheiro a uma
prostituta menor de idade e de abuso de poder” informou a agência
de notícias. Vamos conferir a quadra seguinte, como que Nostradamus
nos conta essa história com requintes poéticos:
II.54
Pour
gent estrange, et Romains loingtaine,
Leur
grand cité apres eaue fort troublee:
Fille
sans trop different domaine,
Prins
chef, ferreure n'auoir esté riblee.
[Por
culpa de gente estrangeira e dos próprios romanos, sua grande cidade
sofre descalabro depois da água: uma menina sem mão segura o chefe.
As grades não conseguiram detê-la. – Francês: fille,
menina, moça, donzela, rapariga, prostituta; domaine, bens da
coroa, patrimônio, poder, autoridade].
Em
27 de Maio de 2010, a marroquina Karima El Mahroug, uma dançarina de
17 anos, conhecida pelo nome artístico Ruby Rubacuori, foi detida
pela polícia em Milão acusada de roubo. Os policiais a levaram para
a sede da polícia local. Como era menor de idade, um juiz ordenou à
polícia que a levasse a um abrigo para menores.
Berlusconi
estava em Paris, mas mesmo assim ligou para o chefe da polícia de
Milão e pediu a soltura de Ruby, alegando que a moça era a sobrinha
de Hosni Mubarak, na época, presidente do Egipto. Em Janeiro de
2011, Berlusconi foi colocado sob investigação criminal por
supostamente ter relações sexuais com uma prostituta menor de idade
e por abuso de poder no exercício de suas funções ao pedir que
Ruby (sem “suas mãos” no poder) não fosse presa. Notem que
Berlusconi se apresenta ao tribunal em 11 de Abril de 2011, um mês
depois do terrível terremoto e das águas do tsunami no Japão (11
de Março): “sua grande cidade sofre descalabro depois da água”,
diz a quadra.
A
guerra ganha força no Mediterrâneo
X.65
O
vaste Rome ta ruyne s'approche,
Non
de tes murs, de ton sang et substance
L'aspre
par lettres fera si horrible coche,
Fer
pointu mis à tous iusques au manche.
[Ó
grande Roma, tua ruína se aproxima, não a de teus muros, mas a de
teu sangue e substância. A áspera literatura fará um entalhe muito
horrível. Ferro pontiagudo contra todos até o cabo].
Nostradamus
nos dá conta de um atentado moral por meio da literatura que
provocará a ruína de Roma e de seu povo. Ora, é de Roma que saem
as encíclicas católicas. Não podemos precisar, mas em função de
todas as previsões anteriores, acreditamos que a profecia se refere
a uma provocação contra o Corão, que necessariamente não precisa
partir da Igreja Católica, mas de qualquer escritor ou fanático que
queira queimar ou destruir o livro sagrado dos muçulmanos, como fez
o pastor norte-americano integrista Terry Jones, que ateou fogo a um
exemplar do Corão no dia 20 de Março de 2011. Pura intolerância e
com um alto custo, pois o escritório das Nações Unidas em
Mazar-i-Sharif (Afeganistão) foi atacado do por uma multidão
enfurecida de muçulmanos, com 12 mortes, e entre eles, sete
funcionários das Nações Unidas.
A
história demonstra que mexer com alheias convicções religiosas não
é um bom negócio. Aí estão mais de 20 séculos de testemunhos de
que a intolerância religiosa só produziu mais intolerância e mais
guerras.
Présage
XXIX. Iuillet.
Guerre,
tonnerre, maints champs depopulez,
Frayeur
et bruit, assault à la frontiere:
Grand
Grand failli. pardon aux Exilez,
Germains,
Hispans. par mer Barba. Banniere.
[Guerra,
raio, muitos campos despovoados, terror e barulho, assalto à
fronteira: grandioso caído, perdão aos exilados, germanos,
hispânicos. por mar Barba. bandeira].
Temos
a descrição de ataques vindos do céu, em certo mês de Julho, e
que despovoarão os campos, com muito terror e barulho. Num ataque à
fronteira de seu país, um grande chefe cairá. Os exilados serão
perdoados e os alemães e os espanhóis terão problemas com os
bárbaros pelo mar. Uma nova bandeira será erguida, provavelmente de
um novo país que surgirá durante o conflito.
VII.6
Naples
Palerne, et toute la Sicille,
Par
main Barbare sera inhabitee:
Corsique,
Salerne et de Sardeigne l'Isle,
Faim,
peste guerre, fin de maux intentee.
[Nápoles,
Palermo, e toda a Sicília pela mão do Bárbaro serão desabitadas:
A Córsega, Salerno e a ilha da Sardenha, a fome, a peste, a guerra
no final dos males trazidos].
X.60
Ie
pleure Nisse, Mannego, Pize, Gennes,
Sauonne,
Sienne, Capuë Modene, Malte:
Le
dessus sang, et glaiue par estrennes,
Feu,
trembler terre, eau. malheureuse nolte.
[Choro
por Nice, Mônaco, Pisa, Gênova, Savona, Siena, Cápua, Modena,
Malta: cobertas de sangue pelas armas, fogo, tremor de terra, a água.
infelicidade jamais vista].
A
guerra no mediterrâneo, especialmente na Itália, recebeu muita
atenção de Nostradamus. Nessas quadras, não temos dúvida quanto
ao que é descrito. Novamente aparecem as perspectivas de um ataque
em que se produzirá a peste e a fome e pelas mãos do povo Bárbaro.
VIII.21
Au
port de Agde trois fustes entreront,
Pourtant
l'infect, non foy et pestilence,
Passant
le pont mil milles embleront,
Et
le pont rompre à tierce resistance.
[No
porto de Agde três fustas entrarão, trazendo o infecto sem fé e
pestilência: passando o mar mil milhares fugirão, E o mar romperá
à terceira resistência].
Agde,
cidade portuária ao Sul da França fundada pelos gregos, significa
“boa sorte”. Nostradamus nos fala de três navios de guerra que
entram no porto de Agde, próximo aos locais descritos na quadra
anterior, trazendo o veneno, um desprovido de fé (cristã) e a
peste. Milhares e milhares de pessoas fugirão pelo mar, depois que a
resistência no mar tiver sido rompida às três horas da madrugada.
Uma
pausa para os terremotos do Japão
Serão
estes os cenários da guerra próxima? Porém, tenho que abrir um
parêntesis para algo que não está relacionado ao cenário de
guerra propriamente dito. Os recentes terremotos no Japão e o
acidente nuclear que os procederam.
Factos
aparentemente distintos: a crise na África setentrional, no entorno
do Mediterrâneo, e o terremoto em solo japonês, não fosse a
coincidência de acontecerem ao mesmo tempo. Quanto aos tremores de
terra no Japão, que ocorrem em paralelo aos desdobramentos desses
episódios narrados, eles podem estar expressos nas duas vezes em que
Nostradamus repete a palavra temble na quadra II.86.
Nesta
seguinte quadra, Nostradamus nos dá notícias de mortes num círculo
no Oriente, provocado provavelmente por uma explosão nuclear.
II.91
Soleil
leuant vn grand feu l'on verra,
Bruit
et clarté vers Aquilon tendants:
Dedans
le rond mort et cris l'on orra,
Par
glaiue, feu faim, mort les attendants.
[Onde
o Sol se levanta será visto um grande fogo, seu ruído e luz
alcançarão uma águia, dentro do círculo de morte gritos serão
ouvidos, através do aço, o fogo da fome, a morte os esperando. –
Latim: aquila, águia. Francês: on, pronome
indefinido, alguém, alguma, um, uma].
Dúvidas
de que Nostradamus não esteja falando das centrais nucleares do
Japão? Especialmente a de Fukushima, arruinada depois dos recentes
terremotos naquele país onde “o sol se levanta”. Em acidentes
nucleares, como temos visto na televisão, as autoridades costumam
estabelecer um círculo de segurança para isolar a central nuclear.
Apreciem
a dantesca imagem que somente a poesia nos permite: “através do
aço, o fogo da fome, a morte os esperando”. Interessante também
lembrar, que a águia é símbolo dos EUA, que pode ter parte de seu
território banhado pelo Pacífico atingido pela radiação ou ainda
suas finanças abaladas pela situação económica japonesa.
Um
novo tremor do dia 7 de Abril deixou várias centrais nucleares sem
energia novamente e mais uma central nuclear começou a apresentar
problemas. Na central nuclear de Onagawa, na província de Miyagi, a
água radioactiva vazou das piscinas de contenção. À medida que o
tempo passa, o governo japonês ampliava a área de isolamento em
torno de Fukushima. Os moradores dos povoados de Iitate e Kawamata,
num círculo de 40 km da instável central nuclear, deixaram suas
casas. De acordo com a rede de televisão NHK, mais 7.700 moradores
abandonaram a região. Os primeiros a partir foram famílias com
filhos pequenos e mulheres grávidas.
Conflitos
no Oriente antecedem Guerra
Fechado
o parêntesis para o Japão, vamos continuar em nosso exame sobre os
cenários da guerra. Na seguinte quadra, Nostradamus nos dá pistas
de um conflito que inicia ou antecede a Terceira Guerra, no Oriente,
próximo ao mar Adriático:
I.9
De
l’Orient viendra le coeur Punique
Fascher
Hadrie et les hoirs Romulides,
Accompagné
de la classe Libique,
Tremblez
Mellites et proches iles vuides.
[Do
Oriente virá o acto pérfido que atingirá o mar Adriático e os
herdeiros de Rômulo, com a frota da Líbia, tremei, habitantes de
Malta e ilhas desertas. – Púnico: de má fé, pérfido, mentiroso.
Latim: Melita, Malta].
II.60
La
foy Punique en Orient rompue,
Grand
Iud, et Rosne Loire, et Tag changeront
Quand
du mulet la faim sera repue,
Classe
espargie, sang et corps nageront.
[O
acto pérfido (má-fé) provocará uma ruptura no Médio Oriente,
devido a uma grande personagem da Judéia, o Ródano, o Loire e o
Tejo verão mudanças quando for saciada a fome da mula, a frota
destruída, o sangue e os corpos dos marinheiros nadarão].
Nessas
duas quadras, unidas por um acto pérfido praticado no Oriente,
Nostradamus nos fala de algum artefacto de morte atingindo o
Adriático e também Itália, França e Portugal. Será um ato
violento porque uma frota será destruída e marinheiros terão seu
sangue espalhados no mar. Na quadra II.60, o profeta nos adianta que
tal ato se dará “quando for saciada a fome da mula” – uma
alusão histórica ao que dizia o rei da Macedónia: não havia
fortaleza inexpugnável onde se pudesse fazer passar um burro
carregado de ouro. Filipe também discorreu sobre o poder
irresistível do ouro – portanto, “quando a fome de ouro for
saciada”.
Ora,
que ouro há nos países orientais, além do petróleo? Ou seja,
quando os actuais conflitos no Norte da África forem resolvidos
favoravelmente ao Ocidente e o petróleo alcançar novamente os
níveis e preços considerados normais. E tudo por causa de um
suborno!
III.61
La
grande bande et secte crucigère,
Se
dressera em Mésopotamie,
Du
proche fleuve compagnie lege,
Que
telle loy tiendra pour ennemie.
[O
grande bando e sectários anticristãos se erguerão na Mesopotâmia
perto do Eufrates, com um exército blindado e considerará a lei
como inimiga. – Latim: crucifigere, crucificar, pôr na
cruz].
Parece-nos
uma alusão clara à Síria. As revoltas populares neste país, que
se serve do Eufrates, questionam a legislação que colocaram os
sírios por mais de 50 anos sob os desmandos do governo.
Israel
envolvido no conflito
Mas
que ato pérfido seria esse citado no capítulo anterior que viria
depois da “mula saciar sua fome” e capaz de matar e destruir uma
frota, atingir Malta, Portugal, Itália França e envenenando rios? –
Há na última quadra outra pista: o “grande personagem da Judeia”
introduzirá definitivamente o Médio Oriente no conflito, conforme
elucidam os próximos versos:
III.2
Par
la tumeur de Heb, Po, Tag, Timbre et Rome,
Et
par l’estang Leman et Aretin:
Les
deux grands chefs et citez de Garonne,
Prins,
morts, noyez. Paritr humain butin.
[Os
conflitos de Hebron chegarão ao Pó, ao Tejo, ao Tibre, a Roma, ao
lago de Genebra. Os dois dirigentes de Garone serão feitos
prisioneiros, mortos e afogados. Será levado o espólio humano. –
Latim: tumeur, tumor, conflito, agitação].
VI.88
Un
regne grand demourra desolé,
Aupres
de l’Hebro se feront assemblées.
Monts
Pyrénées le rendront consolé,
Lorsque
dans May seront terres trembles.
[Um
grande país ficará desolado, Perto de Hebron se fará a Assembleia.
A França e a Espanha virão consolá-lo quando a terra tremer em
maio].
Os
cenários são praticamente os mesmo das quadras anteriores, parte do
Sul da Europa, península Ibérica e Israel. A Síria que ficará
desolada (destruída) e será socorrida pelos países dos Pirenéus
quando estiver ocorrendo uma importante conferência em Hebron para
discutir a crise. Isso se dará em certo mês de Maio, durante um
terremoto (ou quando carros de combates começarem a se locomover).
As cidades da região de Garone são as modernas Bordeaux e Toulouse.
Espólio humano são os filhos e descendentes dos dois governantes
mortos.
II.34
L'ire
insensee du combat furieux,
Fera
à table par freres le fer luire:
Les
desparrit blessé, et curieux,
Le
fier duelle viendra en France nuire.
[A
ira insensata do combate furioso, o brilho do ferro vai estar na mesa
dos irmãos, a ferida de morte será curiosa, o duelo orgulhoso vai
prejudicar a França].
Fontbrune
sugere a seguinte interpretação para a quadra II.34, envolvendo os
irmãos árabes e judeus: “a insana cólera do combate furioso fará
brilhar o ferro entre irmãos sentados à mesma mesa; para
apartá-los, será preciso que um deles seja ferido de morte de modo
curioso, inusitado; seu duelo feroz será nocivo para a França”.
Rumores
da grande guerra
II.46
Apres
grâd troche humain plus grâd s'appreste
Le
grand moteur les siecles renouuelle:
Pluye
sang, laict, famine, fer & peste,
Au
ciel veu feu, courant longue estincelle.
[Após
grande assembleia, uma maior se prepara, Deus renova os séculos:
chuva, sangue, leite, fome, ferro e peste. No céu o fogo é visto,
correm longas centelhas de fogo, execução].
Nostradamus
anuncia uma guerra muito maior do que as anteriores. Depois da doce
vida (leite, símbolo da fartura e doçura), com a falência do
sistema financeiro internacional, reinarão no mundo a fome e as
doenças contagiosas que causarão a guerra. Por meio de foguetes e
mísseis balísticos que percorrerão os céus, as populações das
cidades vão ser apanhadas de surpresa e executadas.
E
aqui aparece a expressão le grand moteur les sicles renouuelle:
“Aquele que tudo move renova os séculos”. Um verso que tira
todas as esperanças dos apocalípticos que enxergam o fim do mundo
em tudo. Nostradamus não nos fala em fim do mundo ou coisa que o
valha, o profeta nos revela uma mudança profunda no destino da
humanidade, assim como foi na Revolução Francesa, a grande inflexão
que tivemos em nossa história recente. Essa assembleia em Hebron é
o marco da mudança, o início do pesadelo, mas não o fim da
esperança.
II.95
Les
lieux peuplez seront inhabitables,
Por
champs avoir grande division:
Regnes
livrez à prudens incapables,
Entre
les frères morte t dissention.
[Os
lugares populosos serão inabitáveis, para os territórios em grande
divisão: reinos nas mãos do prudente incapaz, entre os irmãos
morte e dissensão].
O
que faz um território inabitável? – A contaminação radioactiva,
alguma epidemia, fome, sede ou guerra. Cidades populosas nessas
condições são rapidamente abandonadas. Tirando o abandono das
cidades durante as grandes epidemias de peste, ou durante as invasões
bárbaras ao Império Romano, de acontecimento igual ao descrito
temos apenas o exemplo recente do acidente na Central Nuclear de
Chernobil, em 1986. A cidade e parte do território que evolve esta
central nuclear na Ucrânia encontram-se praticamente desabitados
devido à radiação atómica.
De
que território Nostradamus fala? – Palestina (em grande divisão).
De que irmãos? –Árabes e Judeus. Logo, temos uma situação de
guerra e desolação num cenário específico, porém de fácil
dedução, pois essa relação de guerra entre árabes e judeus se
arrasta por séculos e ultimamente se agravou na disputa pela Terra
Santa, com a construção de muros, com a tomada de territórios e
por ataques armados dos dois lados. A personagem que aqui aparece
como “prudente e incapaz”, italiana, ainda é uma incógnita, mas
vamos ver outros versos, talvez nos apareçam mais algumas evidências
de quem seria ele.
Outra
pergunta que devemos fazer: como se chega à conclusão de que os
doi
Enquanto
isso, os países que compunham a antiga Pérsia iniciam a invasão da
Macedónia. Nostradamus usa nessa quadra as antigas denominações de
dois impérios: a Macedónia de Alexandre III, o Grande (356-323 a.C)
e a Pérsia de Dario III (380-330 a.C). A citação desses nomes é
para destacar a magnitude do conflito, de um lado grande parte da
Ásia e Oriente Médio e, do outro, a Europa. Por ser um ataque
coordenado e sincrónico, um míssil nuclear contra Genebra e a
invasão pela Grécia, concluímos: primeiro, a hipótese da explosão
do acelerador por causas próprias tem que ser descartada; segundo, o
foguete teria sido disparado por um país do antigo Império Persa.
Hoje, o único país desta região que comprovadamente possui ogivas
atómicas é o Paquistão, embora se especule que a Turquia e o Irão
já detenham tecnologias para o desenvolvimento dessas armas. A
confusão gerada por esses eventos vai ser tão grande que até mesmo
as forças de defesa dos outros países do Ocidente terão
dificuldades em dar uma resposta imediata:
IV.90
Les
deux copies aux mers ne pourrôt ioindre,
Dans
cest instan trembler Misan, Ticin:
Faim,
soif, doutance si fort les viendra poindre
Chair,
pain, ne viures n'auront vn seul boucin.
[Os
dois exércitos ao mar não se unem para a defesa. Nesse instante
tremerão em Milão e Ticínio, onde a fome e a sede deixarão
inquietos os habitantes que não terão bocado algum de carne e pão
e meios para viver].
A
existência de dois exércitos ao mar é uma informação importante
para delinearmos em definitivo a natureza mundial desse conflito.
Naturalmente, um desses exércitos deve ser composto por forças da
NATO, sobra-nos, portanto, mais um exército para ser identificado e
que, pela proximidade do conflito com o seu território, deve ser
formado por tropas da Federação Russa.
s irmãos são árabes e judeus e o território é o da Palestina?
O método não é complicado, no estudo de Nostradamus, algumas
palavras e expressões se fazem recorrentes, repetem-se inclusive em
quadras nas quais se reportam a fatos acontecidos e profetizados,
como a criação de Israel. Essas expressões e palavras de coisa já
acontecidas nos servem de paradigmas na interpretação daquilo que
ainda está por vir.
I.92
Souz
vn la paix par tout sera clamee,
Mais
non long temps pille, et rebellion,
Par
refus ville, terre et mer entamee,
Morts
et captifs le tiers d'vn million.
[Sob
um homem de paz, ela será proclamado em toda parte, mas não por
muito tempo, logo após saques e rebelião, pela recusa de Paris, a
terra e o mar serão invadidos, mortos ou capturados um terço de um
milhão].
Por
esforços de uma grande personagem, a paz será proclamada. Rusgas
anteriores parecem impedir a sua consolidação. Paris ignora
acordos. A França será invadida e 300 mil homens serão mortos ou
capturados.
Explosão
no acelerador de partículas
V.98
A
quarante huict degré climaterique,
A
fin de Cancer si grande seicheresse:
Poisson
en mer, fleuue: lac cuit hectique,
Bearn,
Bigorre par feu ciel en detresse.
[Desde
o paralelo 48 até o fim do Trópico de Câncer haverá uma seca
muito grande: o lago agitado; vai ferver peixes no mar, no rio.
Bearn, Bigorre em perigo por causa do fogo no céu. – Béarn:
antiga província da França no pé dos Pirineus. Biggorre:
corresponde à região da Gasconha, em França].
VI.97
Cinq
et quarante degrez ciel bruslera
Feu
approcher de la grand cité neuue
Instant
grand flamme esparse sautera
Quand
on voudra des Normans faire preuue.
[Perto
do paralelo 45 o céu arderá em chamas, o fogo se aproxima da grande
cidade nova, de repente ergue-se ao céu enorme chama, quando os
homens do Norte fizerem a experiência].
Essas
duas quadras são importantes para determinarmos a extensão e a
localização das grandes catástrofes previstas nas Centúrias.
Estaríamos aqui, neste ponto, entrando em outro conflito e de
proporções mundiais. Observemos:
Coordenadas geográficas
Nova
Iorque: 40º 43’ 00” N – 74º 00’ 00” W.
|
Londres:
51º 30’ 18” N – 00º 07’ 41” W.
|
Paris:
48º 52’ 00” N – 02º 19’ 58” E.
|
Berlim:
52º 31’ 00” N – 13º 23’ 40” E.
|
Genebra:
46º 12’ 00” N – 06º 09’ 00” E.
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Brasília:
15º 48’ 00” S – 47º 51” 50” O.
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Nos
versos anteriores, Nostradamus nos diz de uma possível explosão
numa experiência científica em curso que vai arruinar parte do
hemisfério Norte, do paralelo 48 até o Trópico Câncer (23º 26’
16” N). Do Norte para o Sul, da região abaixo de Paris até chegar
ao Norte da África, Oriente Médio, boa parte da China, Japão e
EUA. O epicentro da explosão se localizaria em Genebra. Os peixes
cozidos nas águas dos lagos, rios e mares. Os “homens do Norte”
seriam os responsáveis por essa experiência mal sucedida e que pode
ser realizada por qualquer povo acima do paralelo 45.
Por
quase 500 anos, os intérpretes de Nostradamus trataram a cidade de
Genebra (Terra Nova) como sendo a “cidade nova” citada nas
Centúrias. Mas, desde os ataques terroristas de 11 de Setembro de
2001, persistem as dúvidas: qual seria essa cité neuue, ou
cité neufve – Nova Iorque ou Genebra? – Em nossa
interpretação, existe uma diferença subtil entre uma e outra,
porque Nostradamus usa para Nova Iorque o adjetivo neufue
(algo de novo, recente) e para Genebra, neuue (novo, apenas):
I.87
Ennosigee
feu du centre de terre,
Fera
trembler autour de cité neuue
Deux
grâds rochers long têps feront la guerre,
Puis
Arethuse rougira nouueau fleuue.
[Fogo
e tremor irrompendo do seio da terra fará estremecer os arredores da
nova cidade. Dois blocos conduzem longa guerra. Depois Arethusa
tingirá de vermelho novo rio].
Ora,
o que temos ao redor de Genebra, exactamente ao Norte, muito próximo
do paralelo 45 – O CERN, a Organização Européia para Pesquisa
Nuclear, e que controla o maior acelerador de partículas do mundo, o
LHC (Large Hadron Collider: Grande Colidor de Hádrons). Lá,
os físicos brincam de deuses num túnel subterrâneo de 27
quilómetros de extensão, onde o LHC está instalado, num círculo,
dividindo os territórios da França e Suíça.
O
objectivo dessa máquina é obter uma colisão controlada de
sub-partículas atômicas, no caso os hádrons, numa velocidade bem
próxima a da luz. Os físicos querem detectar o “bóson de Higgs”,
a “Partícula de Deus” presente no Big Bang – a explosão
inicial que teria permitido a expansão do Universo.
Mas
parece que algo não vai funcionar direito, pelo menos é o que
sugere Nostradamus, porque haverá uma grande explosão vinda do
centro da terra e dois blocos de países entrarão em guerra
prolongada, depois que Arethusa, deidade da virtude, fizer correr
sangue nos rios e fontes até Siracusa, na Sicília.
Temos
que considerar também outras hipóteses: com a França em guerra, o
CERN torna-se alvo estratégico, podendo ser atingido por sabotagem,
ato de terrorismo ou deliberadamente por misseis nucleares:
II.96
Flambeau
ardant au ciel soir sera veu,
Pres
de la fin et principe du Rosne,
Famine,
glaiue: tardue secours pourueu,
La
Perse tourne enuahir Macedoine.
[Uma
tocha será vista no céu durante a noite entre a foz e a nascente do
Ródano. A ajuda chegará tarde: fome e guerra quando a Pérsia
começar a invadir a Macedónia].
O
Ródano (Rhône, como os franceses o chamam actualmente) é
efluente do lago Léman, o lago de Genebra, nasce, portanto, na
Suíça, atravessa a França para o Sul e desagua no Mediterrâneo.
Um míssil vai seguir o curso do rio da foz para a nascente e
atingirá um alvo em terra, na região de Genebra. Sem ajuda
imediata, depois do ataque a população do entorno começa a passar
fome. A guerra estará em curso.
Enquanto
isso, os países que compunham a antiga Pérsia iniciam a invasão da
Macedónia. Nostradamus usa nessa quadra as antigas denominações de
dois impérios: a Macedónia de Alexandre III, o Grande (356-323 a.C)
e a Pérsia de Dario III (380-330 a.C). A citação desses nomes é
para destacar a magnitude do conflito, de um lado grande parte da
Ásia e Oriente Médio e, do outro, a Europa. Por ser um ataque
coordenado e sincrónico, um míssil nuclear contra Genebra e a
invasão pela Grécia, concluímos: primeiro, a hipótese da explosão
do acelerador por causas próprias tem que ser descartada; segundo, o
foguete teria sido disparado por um país do antigo Império Persa.
Hoje, o único país desta região que comprovadamente possui ogivas
atómicas é o Paquistão, embora se especule que a Turquia e o Irão
já detenham tecnologias para o desenvolvimento dessas armas. A
confusão gerada por esses eventos vai ser tão grande que até mesmo
as forças de defesa dos outros países do Ocidente terão
dificuldades em dar uma resposta imediata:
IV.90
Les
deux copies aux mers ne pourrôt ioindre,
Dans
cest instan trembler Misan, Ticin:
Faim,
soif, doutance si fort les viendra poindre
Chair,
pain, ne viures n'auront vn seul boucin.
[Os
dois exércitos ao mar não se unem para a defesa. Nesse instante
tremerão em Milão e Ticínio, onde a fome e a sede deixarão
inquietos os habitantes que não terão bocado algum de carne e pão
e meios para viver].
A
existência de dois exércitos ao mar é uma informação importante
para delinearmos em definitivo a natureza mundial desse conflito.
Naturalmente, um desses exércitos deve ser composto por forças da
NATO, sobra-nos, portanto, mais um exército para ser identificado e
que, pela proximidade do conflito com o seu território, deve ser
formado por tropas da Federação Russa."
Fonte:
Nostradamus,
de José Fernando Nandé
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