quinta-feira, julho 09, 2009

Afeganistão, as Guerras do Ópio

Ao longo de milhares de anos, séculos a fio, o que levava os impérios do passado (Alexandre, o Grande, Genghis Khan e a Inglaterra Vitoriana) e leva as grandes potências da actualidade – Rússia e EUA ao Afeganistão?

Qual era o interesse de Adolf Hitler na região?


O que pretendem(iam) controlar?

A posição estratégica?

As rotas comerciais?

O factor altitude?

Buscam o Shagri-la?

A imortalidade?

Agartha?

O petróleo?

Ou os ricos campos de ópio?


Não se entende muito bem, cerca de 85% do solo deste país é montanhoso, pobre, inóstipo, seco, por vezes desértico, com uma altitude média de 4.270 m e picos com mais de 7.000 metros.


O Passado recente:

O Exército Vermelho invadiu o Afeganistão em 25 de Dezembro de 1979 com o objectivo de derrubar o Presidente Hafizullah Amin, considerado incapaz de enfrentar os rebeldes mujadhin e cuja lealdade à URSS havia sido posta em dúvida. Executado por ordem de um "Comité Central Revolucionário Afegão" (embora possivelmente tenha sido morto durante o assalto dos Spetnaz ao palácio presidencial), Amin foi substituído por Babrak Kamal.


A União Soviética justificou a necessidade da intervenção com o argumento de preservar o regime comunista afegão dos ataques dos mujahidin e de manter a paz na Ásia Central. Alguns observadores acrescentam que outro motivo pode ter sido a presença de petróleo na região, num momento em que a Revolução Iraniana provocava o segundo choque de petróleo.


Em Dezembro de 1979, tropas soviéticas tomaram diversas cidades afegãs, enquanto que forças aerotransportadas ocupavam áreas urbanas e aeródromos no centro do país.

Durante os três primeiros anos da invasão, os soviéticos tiveram que lidar com a deserção de 2/3 do exército regular afegão, o que ajudou os mujahidin a manter sob seu controle 80% do território afegão. Com isso, os soviéticos, que mantiveram sob seu poder apenas as principais cidades, passaram a empreender apenas operações pontuais, a proteger comboios e a instalar minas antipessoais.

Em 1984, as tropas soviéticas contavam 250.000 homens.


Em 1986, os soviéticos substituiram Karmal por Mohammed Najibibullah na chefia do governo afegão. Najibullah procurou negociar com os rebeldes um processo de reconciliação nacional. Enquanto isto, os soviéticos atacavam os pontos fortes afegãos com helicópteros MI-24 Hind e caças-bombardeiros e as Spetsnaz sofriam baixas severas em terra.


Naquele ano, os mujahidin começaram a receber mísseis ar-terra FIM-92 Stinger, o que levou os soviéticos a perder o controle dos céus. Em 1988, Gorbatchev decidiu retirar as tropas soviéticas, com base numa trégua negociada com Ahmed Chah Massoud, um dos chefes dos mujahidin. Um ano mais tarde, em 15 de Fevereiro de 1989, as últimas forças militares soviéticas abandonaram o Afeganistão. A intervenção soviética conduziu ao colapso da URSS e à debacle do Bloco de Leste.


Logo em seguida, instalou-se o caos, seguiu-se uma longa guerra civil entre as diferentes facções armadas dos mujahidin e o exército do governo comunista do Presidente Mohammed Nadjibullah.


Anos mais tarde, os taliban apoiados pelo Paquistão – com mão americana tomam o poder e depois a História já é de todos conhecida, segue-se o 11 de Setembro de 2001, com o ataque às Torres Gémeas e a intervenção americana, ainda nos finais do ano de 2001.


Depostos os Talibã, segue-se um governo apoiado pelos EUA e aliados ocidentais.

Entra o ano de 2009, o xadrez político é bem diferente, os Tabilã controlam a maior parte do território e estão só a 100 km de Islamabad, a capital do Paquistão...


Os EUA contam no terreno com 21.000 soldados e estão à beira da derrota militar, vai daí toca a reforçar, Portugal contribui para o esforço de guerra com cerca de 140 homens, travando longe da pátria uma guerra que não é nossa, não declarada, a milhares de quilómetros de casa, tudo em nome da liberdade, mas cada vez mais a nossa liberdade é menor, tem-nos retirado direitos fundamentais, sem dar-mos conta...



Os americanos pediram mais apoio dos ocidentais, soldados e meios.Em 1984 a URSS tinha no terreno, 250.000 homens (pasme-se!) e foram derrotados por 10.000 guerrilheiros!

O que encontraram os guerrilheiros nas montanhas?

Cidades secretas? Grutas? Bunkers? Bases?

Enquanto isso, segundo os americanos o risco de guerra é total, contra um inimigo invisivel, a Al Qaeda...

Não apreendemos nada com o passado?

Será a guerra real ou irreal?

Com jeito estamos a combater a III Guerra Mundial...

Em inúmeros teatros de guerra...


1 comentário:

Anónimo disse...

A terceira guerra mudial se inspira em um novo conceito de guerra,conceito esse que consiste em "guerras civis" que não permitem a tomada e constancia de tropas em terreno extrangeiro.

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