O
presidente da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), Nuno
Ribeiro, revelou no passado dia 27 de Agosto de 2012, a existência de arte
rupestre na ilha Terceira, reafirmando a convicção de que a ocupação humana dos
Açores é anterior à chegada dos portugueses.
«Encontramos
agora um sítio de arte rupestre com características que nos fazem acreditar que
remonta à Idade do Bronze», afirmou Nuno Ribeiro, em declarações à Lusa em
Ponta Delgada, onde proferiu uma conferência na Universidade dos Açores sobre o
tema «Ocupações humanas pré-portuguesas nos Açores: mito ou realidade?».
Nuno
Ribeiro salientou que, nos últimos três anos, foram descobertos em várias ilhas
açorianas vestígios de estruturas «que indiciam pela sua arquitectura e construção
serem de origem pré-portuguesa».
«Temos um
epígrafo da época romana, segundo dois cientistas que convidamos a interpretar
a inscrição, um sítio de arte rupestre, estruturas megalíticas, enfim, um
conjunto importante de estruturas espalhadas pelas ilhas que precisam de ser
interpretadas de outras formas», frisou.
No ano passado, o arqueólogo anunciou a descoberta de «um conjunto significativo de mais de cinco monumentos do tipo hipogeu (túmulos escavados nas rochas) e de, pelo menos, três "santuários" proto-históricos escavados na rocha».
No ano passado, o arqueólogo anunciou a descoberta de «um conjunto significativo de mais de cinco monumentos do tipo hipogeu (túmulos escavados nas rochas) e de, pelo menos, três "santuários" proto-históricos escavados na rocha».
«Em alguns
casos, acreditamos que existem templos e hipogeus. Não temos dúvidas que
existem santuários» Nuno Ribeiro salientou que as descobertas feitas nos Açores
têm sido publicadas em artigos científicos e apresentadas em congressos
internacionais de arqueologia, obtendo «grande aceitação junto da comunidade
científica internacional».
«Em alguns
casos, acreditamos que existem templos e hipogeus. Não temos dúvidas que
existem santuários», afirmou, recordando, no entanto, que «todos este dados
precisam de ser datados».
Para
continuar a desenvolver o projecto, a equipa formada por investigadores dos
Açores, Reino Unido, EUA, Espanha e Alemanha necessita de autorização do
Governo Regional para efectuar escavações e datar com maior rigor os elementos
já identificados nas ilhas.
«O nosso
grande problema nesta fase é que o Governo dos Açores não nos autorizou os
trabalhos arqueológicos, no ano passado por falta de financiamento e este ano
por não se enquadrar num decreto lei», lamentou Nuno Ribeiro.
O
arqueólogo, que manifestou confiança que os elementos já identificados
comprovam que a ocupação humana dos Açores é anterior à chegada dos
portugueses, alertou que todos esses vestígios estão ao abandono.
«Na ilha do Corvo, enquanto lá estive a passar uns dias de férias, vi obras a ser feitas no aeroporto sem qualquer acompanhamento arqueológico», denunciou, acrescentando que «a 300 metros tinha sido encontrada uma estrutura com uma planta que, no Alentejo, foi enquadrada com sepulturas».
Fonte: Jornal de Arqueologia, Lusa, via TVI24
«Na ilha do Corvo, enquanto lá estive a passar uns dias de férias, vi obras a ser feitas no aeroporto sem qualquer acompanhamento arqueológico», denunciou, acrescentando que «a 300 metros tinha sido encontrada uma estrutura com uma planta que, no Alentejo, foi enquadrada com sepulturas».
Fonte: Jornal de Arqueologia, Lusa, via TVI24
1 comentário:
Bom trabalho e continuem a investigar, afinal a "Lenda" da Atlântida pode ser que uma lenda...
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