O Tribunal de Moscovo considerou as três jovens do
grupo punk russo culpadas, avança a Reuters. Nadejda, Ekaterina e Maria foram
acusadas de crimes de vandalismo e incitação ao ódio religioso depois de
participarem numa manifestação contra Putin dentro de uma igreja ortodoxa.
Pussy Riot
Vs Rússia
"As cantoras
do grupo punk conspiraram com o propósito de violar a paz pública
ofensivamente, num sinal de desrespeito flagrante para com os cidadãos",
declarou o tribunal, segundo a agência de notícias Interfax, acrescentando que
“as mulheres foram motivadas pela inimizade religiosa e pelo ódio, agindo de
maneira provocante e insultuosa dentro de um edifício religioso e na presença
de um grande número de crentes ", disse o tribunal.
Durante a leitura
da sentença, a juíza Marina Syrova repetiu em parte os argumentos da acusação,
que pede três anos de prisão para as jovens pelos crimes de “vandalismo” e
“incitação ao ódio religioso”.
A juíza sublinhou
que as acusadas não manifestaram arrependimento e que “violaram a ordem
pública” e “ofenderam os sentimentos [religiosos] dos crentes”.
Os advogados de
defesa pediram a absolvição das três jovens. A pena máxima por “vandalismo” é
de sete anos de prisão.
À porta do
tribunal vários apoiantes das Pussy Riot gritam palavras como
"vergonha" e "escumalha Putin", protestando contra o
veredicto.
O protesto
Com as caras
cobertas por balaclavas, máscaras que tapam todo o rosto excepto olhos e boca,
as jovens entraram, a 21 de Fevereiro, numa catedral ortodoxa de Moscovo e
cantaram uma canção de protesto contra o Presidente russo Vladimir Putin.
Nadejda
Tolokonnikova, de 22 anos, Ekaterina Samoutsevitch, de 29, e Maria Alekhina, de
24 foram detidas em Março e estiveram desde então sob custódia policial.
O julgamento
começou a 30 de Julho e, enquanto a acusação pedia uma condenação de três anos
de cadeia, a defesa queixou-se de ter o trabalho dificultado, pela
impossibilidade de chamar testemunhas ou por ver as suas perguntas
permanentemente rejeitadas pela juíza.
A presidente do
tribunal Khamovnitcheski de Moscovo, Marina Syrova, responsável pelo julgamento
dos três elementos do grupo ‘punk’ feminino Pussy Riot, foi colocada sobre protecção
estatal na véspera da leitura da sentença devido a ameaças feitas por apoiantes
da banda, indicou ontem uma porta-voz da instância judicial.
Figuras de peso defendem as Pussy Riot
O caso das Pussy
Riot está a provocar várias divisões na sociedade russa, além de ter alcançado
um grande mediatismo internacional. Madonna, Peaches, Sting, Red Hot Chilli
Peppers, Yoko Ono e Paul McCartney são algumas das personalidades que já se
manifestaram em defesa das jovens.
A Amnistia
Internacional entregou ontem uma petição em favor do grupo punk com cerca de 10
mil assinaturas, segundo a organização, a um guarda através do gradeamento da
embaixada russa em Londres, que estava encerrada.
Do universo
político, as mensagens de apoio chegaram de 120 deputados do Parlamento alemão
e do ministro checo dos Negócios Estrangeiros.
Face ao mediatismo
que este caso angariou, até o Presidente russo Vladimir Putin se manifestou,
pedindo “clemência” no julgamento das jovens.
O marido de Nadezhda
Tolokonnikova, uma das três músicas da banda Pussy Riot que foram condenadas
nesta sexta-feira a dois anos de prisão por vandalismo motivado por ódio
religioso, reagiu à sentença com um apelo ao derrube do regime. "A única
coisa que pode salvar a minha mulher e a minha fílha é uma revolução. Vamos
fazê-la", terá dito, segundo a edição online do 'Wall Street Journal'.
6 comentários:
http://ofaceburro.blogspot.pt/
Protesto ridículo.
Nos dias de hoje não se pode simplesmente dizer que não se gosta de determinada conduta sexual, mas fazer esculhambação em igreja está liberado?
Que aproveitem esses dois anos na cadeia para aprender a respeitar a fé dos outros e a fazer música, coisa que essas imbecis simplesmente não sabem.
Na União Soviética o sistema critica... VOCÊ!
Então, achei a pena exagerada. Mas a prisão é merecida. Elas nao queriam Kausar? foram Kausadas..agora aguenta. hehe
JohnHendrix
Não posso concordar com qualquer respaldo a atos de vandalismo... As ações deste grupo, além de piorar a imagem negativa das mulheres do leste europeu, tem por objetivo convencer a opinião pública internacional de que o governo russo pertence a um eixo maligno. O governo Russo, não é fantoche de ninguém e isso incomoda os donos da mídia e do poder que eles representam, por isso fazem eco aos atos deste grupo, vitimizando-as!
Tudo que elas desejam, é insuflar seus egos, aparecer a qualquer custo, mesmo que nuas. E sem saber servem a interesses muito mais sujos que o governo contra o qual protestam...
As ações do grupo foram reportados em meios como CNN, BBC News, Der Spiegel, Die Welt, Independent.ie , France 24, de Euronews, Mensaje Kiev, Mizozo, Reuters, o jornal The Washington Post e The Wall Street Journal .
E se tivessem feito o protexto numa sinagoga? Será que a mídia faria tanto eco?
Aqui no Brasil, nada aconteceria a elas. Aqui, os tempos em que o entendimento de que "sua liberdade termina nos limites de minha liberdade", já passaram... por isso a baixesa, o rasteiro, o sujo tem tanto espaço. Concordo com o veredito!
Eu racho com os brasileiros, nem sabem como o sistema na Russia funciona e ficam ae falando merda.
Elas fizeram o que tinha que ser feito e se nao fossem elas poderia ter sido qualquer outra pessoa, que ao contrario dos brasileiros nao se sujeitam à tudo que lhes é imposto.
Acredito que elas tiveram seus motivos e merecem a liberdade, pois por mais que o ato possa parecer vandalismo aos olhos de muitos elas utilizaram a arte para expor e isso merece todo respeito.
Essas mulheres não passam de idiotas uteis e qualquer ser que seje conivente com elas das duas uma: ou é um projeto de zumbi que vai ser tragado pela Nova Ordem como um esterco adubo ou coisa do tipo, ou nada mais é que um porco bípede, embora dizendo isso eu esteja a insultar os pórcos. A propósito: sou do Brasil, isso aqui é uma zona, mas antes de se dividir, nós deveríamos se unir e assim combater as forças demoníacas que querem nossa derrota final.
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