As duas equipas que anunciaram, a 4 de Julho, a descoberta de uma
partícula que podia ser o bosão de Higgs publicaram agora os
artigos científicos com os resultados – dizem mesmo ter reunido
provas ainda mais fortes dessa detecção. Se é o bosão de Higgs, a
partícula que confere massa às outras, tal como foi proposto pelo
físico britânico Peter Higgs há quase 50 anos, ou se é um bosão
de Higgs diferente é uma questão que continua em aberto.
Os artigos já estão disponíveis nos Archives da
Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, um repositório online
de trabalhos científicos de acesso livre. E esta quarta-feira foram
submetidos para publicação na revista Physics Letters B,
pelas equipas que têm trabalhado nas duas grandes experiências de
caça ao bosão de Higgs no acelerador LHC, no Laboratório Europeu
de Física de Partículas (CERN), na Suíça.
No LHC, num túnel subterrâneo, aceleraram-se partículas quase à velocidade da luz e, das colisões entre elas, pretendia criar-se o bosão de Higgs, que existiria só durante umas fracções de segundo, antes de dar origem a outras partículas – e essas, sim, era o que os cientistas queriam detectar para chegar, de forma indirecta, ao tão procurado bosão. Segundo o modelo-padrão, actualmente a melhor descrição das partículas elementares e das forças entre elas, tem de haver uma partícula que dá massa às outras e que permite que as coisas, tal como as conhecemos, existam.
Há quase um mês, as equipas das experiências ATLAS e CMS, que procuraram o bosão de Higgs e onde participam investigadores portugueses, anunciaram que a nova partícula tinha uma massa de cerca de 125 GeV (gigaelectrão-volts). “As equipas relatam ter provas ainda mais fortes da presença de um novo bosão de Higgs anunciado a 4 de Julho”, diz agora um comunicado do CERN.
Na escala utilizada pelos físicos para descrever a certeza com que interpretam os dados, um sigma significa que os resultados podem não passar de flutuações estatísticas, três sigma considera-se que se fez uma observação e cinco é uma descoberta. No início de Julho, a equipa da ATLAS falava de cinco sigma para os seus resultados e a CMS em 4,9 a 5 sigma.
Entretanto, diz o CERN, o nível de certeza de ter sido encontrada uma partícula com a massa de 125 GeV subiu para 5,8 sigma na experiência CMS e 5,9 na ATLAS. “Este valor corresponde a uma hipótese em 550 milhões de ter sido registado um sinal de um Higgs que não existia.”
No LHC, num túnel subterrâneo, aceleraram-se partículas quase à velocidade da luz e, das colisões entre elas, pretendia criar-se o bosão de Higgs, que existiria só durante umas fracções de segundo, antes de dar origem a outras partículas – e essas, sim, era o que os cientistas queriam detectar para chegar, de forma indirecta, ao tão procurado bosão. Segundo o modelo-padrão, actualmente a melhor descrição das partículas elementares e das forças entre elas, tem de haver uma partícula que dá massa às outras e que permite que as coisas, tal como as conhecemos, existam.
Há quase um mês, as equipas das experiências ATLAS e CMS, que procuraram o bosão de Higgs e onde participam investigadores portugueses, anunciaram que a nova partícula tinha uma massa de cerca de 125 GeV (gigaelectrão-volts). “As equipas relatam ter provas ainda mais fortes da presença de um novo bosão de Higgs anunciado a 4 de Julho”, diz agora um comunicado do CERN.
Na escala utilizada pelos físicos para descrever a certeza com que interpretam os dados, um sigma significa que os resultados podem não passar de flutuações estatísticas, três sigma considera-se que se fez uma observação e cinco é uma descoberta. No início de Julho, a equipa da ATLAS falava de cinco sigma para os seus resultados e a CMS em 4,9 a 5 sigma.
Entretanto, diz o CERN, o nível de certeza de ter sido encontrada uma partícula com a massa de 125 GeV subiu para 5,8 sigma na experiência CMS e 5,9 na ATLAS. “Este valor corresponde a uma hipótese em 550 milhões de ter sido registado um sinal de um Higgs que não existia.”
O que acontecerá se fizerem chocar um bosão contra outro bosão?
- Eis uma inocente pergunta.
Provavelmente não ficará ninguém para contar a História, uma
vez que se suspeita que o Big Bang principiou assim...
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