quarta-feira, maio 29, 2013
domingo, maio 26, 2013
Explosão na Lua por impacto de meteorito de 40 kg
“A agência espacial norte-americana
monitoriza há oito anos, os impactos de meteoritos na Lua. Na noite de 17 de
Março observaram um impacto que causou a maior explosão de sempre, que teria
sido visível a qualquer pessoa que estivesse a olhar para o satélite natural
naquele momento - sem precisar de telescópio.
Segundo a NASA, a explosão foi causada pela
queda de um meteorito de 40 kg, que teria entre 30 e 40 centímetros. Viajava a
cerca de 90 mil quilómetros por hora. A explosão era equivalente a cinco
toneladas de TNT.
"Na noite de 17 de Março, as câmaras da
NASA e da Universidade de Western Ontario detectaram um número fora de comum de
meteoros aqui na Terra", afirmou Ron Suggs, analista do Marshall Space
Flight Center. "Estas bolas de fogo viajavam numa órbita idêntica entre a
Terra e a cintura de asteróides", acrescentou, dizendo que tanto o nosso
planeta como o seu satélite natural estavam a ser atingidos por meteoróides na
mesma altura.
Contudo, ao contrário da Terra, cuja
atmosfera destrói a maior parte dos objectos, a Lua está totalmente exposta.
Desde 2005, já foram detectados mais de 300 impactos, mas o de 17 de Março foi
o mais brilhante.
(Notícia corrigida às 16.40: o meteorito
viajava a cerca de 90 mil quilómetros por hora e não 90 km como por erro estava
inicialmente referido). “
Fonte: DN
Carne artificial - Vamos substituir o matadouro pelo laboratório?
Em breve Mark Post vai apresentar os primeiros
resultados do projecto que desenvolve carne em laboratório
A carne artificial pode ser uma opção viável para
reduzir 278 milhões de toneladas de carne animal, produzidas por ano. Apesar
das possíveis diferenças nos valores nutricionais, os especialistas não
condenam a alternativa.
Em 2012, cada europeu consumiu cerca de 76 quilos de
carne. No resto do mundo, a média foi de 42 quilos. Estas estatísticas estão a
gerar preocupações ambientais, já que por cada mil gramas de carne de vaca
produzida para consumo humano, são libertados cerca de 13 quilos de gases com
efeitos de estufa — muito mais nocivos que o dióxido de carbono.
A Organização para a Comida e Agricultura das Nações
Unidas sublinha que este valor é equivalente aos gases que, em média, são
emitidos a cada 160 quilómetros percorridos por um automóvel.
O problema dos valores nutricionais
Anna Olsson, investigadora do Instituto de Biologia
Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto,
diz mesmo que, actualmente, o "nível de consumo de carne não é
sustentável". Assim, a produção de carne em laboratório pode ser a solução
para um ambiente mais equilibrado.
Tal como a convencional, a carne artificial "pode
ser enriquecida com nutrientes e há maiores possibilidades de controlar a sua
composição do que quando a carne deriva de um animal". Segundo a
investigadora, os valores nutricionais "não precisam de ser diferentes,
mas se houver diferenças em termos de valores nutricionais, parece provável que
sejam em favor da carne artificial".
Já Célia Lopes, dietista, refere que ainda é cedo para
ter acesso a relatórios acerca da "composição nutricional da carne
artificial". Deste modo, ao não existir "provas dadas ao nível da
comunidade científica, não é possível afirmar que a carne artificial apresenta
os mesmos valores nutricionais que a de animal".
No entanto, Anna refere que comer "carne em si
não é problemático", uma vez que o problema está mesmo nas grandes
quantidades consumidas "no mundo ocidental". Célia Lopes partilha da
mesma opinião pois "como qualquer alimento", o problema é quando é
consumido em excesso". Deve-se variar o tipo de carne consumida,
"limitando o consumo de carnes vermelhas e ter em atenção a certificação
dos produtores e distribuidores.
Apesar de defender que a carne artificial pode ser
mais facilmente controlada para "conter características benéficas para a
saúde", Cristina Rodrigues, do Centro Vegetariano, diz que, ao tratar-se
de um alimento produzido em laboratório, "não se sabe se terá
consequências para a saúde ou não". Mesmo assim, "a substituição da
carne animal por carne artificial certamente diminuirá problemas de colesterol
e outros associados ao consumo excessivo de proteínas animais", sublinha.
Projecto da Universidade de Maastricht
Na Holanda já há previsões para o primeiro hambúrguer
de origem não-animal. Nos próximos meses, a equipa de cientistas e
investigadores da Universidade de
Maastricht — liderada por Mark Post — vai apresentar os primeiros
resultados do projecto que desenvolve carne em laboratório.
O processo é complicado mas garante a salvaguarda e
respeito pelos animais. As células estaminais são extraídas de tecido muscular
animal, através de uma autópsia, para depois serem cultivadas in vitro. Ao
longo do processo, acrescentam-se vitaminas, açúcar e gordura de forma a
estimular a origem de três mil pedaços de tecido: o suficiente para produzir um
hambúrguer.
A carne de laboratório vai ter um preço elevado,
tratando-se de um produto para um pequeno "nicho". Assim,
inicialmente, não vai ser um produto para o grande público. Cristina Rodrigues
lembra, no entanto, que é necessário que o produto seja "saboroso" e
que tenha "um preço mais acessível do que a carne" convencional, para
granjear mais apoiantes. E mesmo assim há muitas pessoas que nunca vão ter
"interesse em experimentar um produto de laboratório", diz. Pode até
levar "muitos anos até se mudar mentalidades e hábitos".
Fonte: Público
Kepler com os dias contados
O primeiro telescópio que a NASA lançou no espaço para procurar
planetas parecidos com a Terra tem o sistema que lhe permite apontar
numa determinada direcção avariado. A agência espacial norte-americana
ainda não quer dizer se a vida do telescópio Kepler como caçador de
planetas chegou ao fim, mas anunciou esta quarta-feira que o futuro da
missão pode estar comprometido.
Os engenheiros da NASA
verificaram, na semana passada, que um dos quatro giroscópios não se
movimentava. Este problema já tinha afectado um outro giroscópio em
Julho do ano passado, que não funcionava desde então, pelo que agora o
Kepler só tem em operação dois dos quatro aparelhos responsáveis pela
sua estabilização e ajustamento da direcção para onde aponta as suas
lentes na nossa galáxia, a Via Láctea. Ora, para procurar planetas à
volta de 100 mil estrelas parecidas com o nosso Sol, o Kepler precisa de
pelo menos três dos quatro giroscópios.
“Infelizmente, o Kepler
não está no sítio onde possamos enviar astronautas para o reparar”,
disse John Grunsfeld, responsável pela divisão de ciência da NASA,
citado pela agência AFP.
Lançado no espaço em 2009, numa missão
inicial de quatro anos, o telescópio encontra-se a 64 milhões de
quilómetros de distância da Terra, muito longe para avançar com uma
missão com robôs ou astronautas que o reparassem.
“Não estamos
prontos para declarar o fim da missão, mas, de qualquer forma, tem sido
uma missão espectacular”, acrescentou John Grunsfeld, segundo a agência
Reuters.
A missão, com um custo total de 600 milhões de dólares
(466 milhões de euros), foi concebida para que o telescópio procurasse
planetas que passassem em frente às suas estrelas. Através de uma
ligeira diminuição do brilho de uma estrela por esse trânsito regular de
um objecto à frente do seu disco solar, os cientistas conseguem
detectar a presença do planeta. Até ao momento, o Kepler descobriu cerca
de 120 planetas extra-solares, confirmados depois com outros
telescópios, e detectou a presença de outros potenciais 2740 planetas,
que ainda esperam confirmação.
A NASA ainda vai tentar que o
giroscópio avariado torne a funcionar. Caso isso seja impossível, então
os quatro anos previstos para o Kepler como caçador de planetas chegaram
ao fim e a agência espacial avaliará se pode ser utilizado noutro tipo
de observações astronómicas.
quinta-feira, maio 23, 2013
O Fundamentalista Relutante, de Mira Nair
Enquanto violentos protestos
estudantis ecoam nas ruas de Lahore, o jovem professor paquistanês Changez Khan
é entrevistado pelo jornalista americano Bobby Lincoln.
Licenciado pela Universidade
de Princeton, Changez vai falando a Lincoln do seu passado brilhante como
analista financeiro de Wall Street, do seu mentor Jim Cross, da sua bonita e
sofisticada namorada Erica e do futuro brilhante que ambos tinham pela frente.
Mas com o 11 de Setembro e o ataque às torres gémeas, Changez vê-se confrontado com um ambiente de perseguição e suspeita, motivado pela sua naturalidade, que o levam a regressar ao seu país e à família de quem adora. O seu carisma e inteligência acabam por o projectar como um líder, tanto aos olhos dos seus devotos estudantes paquistaneses como das desconfiadas entidades americanas.
Mas com o 11 de Setembro e o ataque às torres gémeas, Changez vê-se confrontado com um ambiente de perseguição e suspeita, motivado pela sua naturalidade, que o levam a regressar ao seu país e à família de quem adora. O seu carisma e inteligência acabam por o projectar como um líder, tanto aos olhos dos seus devotos estudantes paquistaneses como das desconfiadas entidades americanas.
O insuspeito encontro entre
Lincoln e Changez rapidamente acaba por revelar o seu verdadeiro objectivo --
um professor estrangeiro residente em Lahore foi raptado por extremistas e o
tempo dado até à sua execução está a chegar ao fim.
Lincoln vai escutando
atentamente o relato de Changez, enquanto esconde as suas próprias intenções.
Com argumento de Ami Boghani
segundo a obra homónima do escritor paquistanês Mohsin Hamid, um filme
realizado por Mira Nair ("Casamento Debaixo de Chuva", "A Feira
das Vaidades", "O Bom Nome"), que conta com a participação dos
actores Riz Ahmed, Kate Hudson, Liev Schreiber e Kiefer Sutherland, entre outros.
terça-feira, maio 21, 2013
Ray Manzarek e as portas da eternidade
O teclista dos
Doors, Ray Manzarek, um dos membros fundadores do mítico grupo de
rock liderado por Jim Morrison, morreu esta segunda-feira, na
Alemanha, vítima de cancro, segundo comunicado na página no
Facebook da banda.
Manzarek tinha 74
anos. Conhecera Jim Morrison em Venice Beach, na Califórnia, e
acabou por formar com este o grupo que ficou famoso por temas como
"Riders on the Storm", de 1971.
O som do seu órgão
era um dos mais reconhecíveis da música rock.
A imagem do seu
tronco curvado sobre as teclas, uma das mãos desenhando linhas de
baixo, a outra divagando pelo órgão, ficarão para sempre
associadas a uma banda, os Doors, e a um tempo, os anos 1960. Ray
Manzarek foi um dos instrumentistas que melhor os representou e foi,
até ao fim da vida, nesta segunda-feira, totalmente um filho das
ambições estéticas e dos sonhos de reinvenção e despertar
espiritual desse tempo.
Um romantismo
perfeitamente ilustrado no início de tudo. Manzarek encontrou Jim
Morrison, colega da mesma faculdade de Los Angeles, na praia de
Venice. Morrison mostrou-lhes algumas letras que escrevera.
"Moonlight drive": "Let's swim to the moon / Let's
climb to the tide". Os Doors nasciam ali, naquela tarde.
Nascido em Chicago,
amante do blues e do jazz, fundaria os Doors
com Jim Morrison em 1965. Dois anos depois, com a edição do
homónimo álbum de estreia, a banda tornar-se-ia um dos fenómenos
da década, atingindo o coração do circuito pop com as
letras provocadoras e enigmáticas de Morrison e música que
reproduzia na perfeição aquilo que Manzarek definia como uma
entrega "dionisíaca" à vida, constantemente no fio da
navalha.
Se Morrison era
todo ele excesso e descontrolo, Manzarek era o músico metódico que,
apoiado pelo guitarrista Robbie Krieger e pelo baterista John
Densmore, traduzia em som essa tentação pelo abismo, aproximando a
música do precipício, mas impedindo-a de entrar em queda livre.
Até 1971, data da
morte de Jim Morrison e da edição de LA
Woman, o último
álbum do vocalista com os Doors, Ray Manzarek firmou com a banda o
seu legado na história da música popular urbana. Álbuns como
Strange Days
ou Morrison Hotel
e canções como Light
my fire, The
end, When
the music's over
ou Riders on the
storm têm a
marca do seu talento que, segundo o próprio, residia mais na
liberdade da imaginação que na força do virtuosismo. "Sou
basicamente uma espécie de pianista de 'cocktail
jazz'. Serei o
primeiro a admitir que não sou um teclista muito bom", terá
afirmado um dia.
Nascido
verdadeiramente para a música com os Doors, nunca se libertaria
verdadeiramente da sombra da banda (nem, na verdade, parecia
desejá-lo). A carreira a solo foi discreta e os Doors,
quer nos livros de memórias, quer nas digressões revivalistas, um
porto seguro a que regressou sempre. Isso não o impediu, no entanto,
de lançar alguns álbuns a solo, com o grupo Nite City, ou de
concretizar algumas colaborações com Iggy Pop, Echo & The
Bunnymen, X ou Philip Glass.
Robbie Krieger, que
o acompanhou nos últimos anos, declarou em comunicado: "Sinto-me
feliz por ter podido tocar as canções dos Doors com ele durante a
última década. Ray foi uma grande parte da minha vida e irei sentir
a sua falta para sempre".
Com Robby Krieger e
o cantor Ian Astbury (The Cult), viria a reformar os Doors em 2002,
passando por Portugal três vezes: em dois concertos no Pavilhão
Atlântico, em Lisboa, no Coliseu dos Recreios e no festival Marés
Vivas, em Vila Nova de Gaia.
"Fiquei
profundamente triste ao saber da morte do meu amigo e companheiro de
banda, hoje. Fico feliz por ter podido tocar canções dos Doors com
ele, durante a última década. O Ray foi uma grande parte da minha
vida e hei de ter sempre saudades dele", escreveu Robby Krieger.
Recentemente, John Densmore, que se opôs à reunião dos Doors, escreveu um livro sobre a batalha judicial que daí decorreu, admitindo que não se importaria de voltar a tocar com Krieger e Manzarek, desde que o fizesse por solidariedade e não para ganhar dinheiro.
Recentemente, John Densmore, que se opôs à reunião dos Doors, escreveu um livro sobre a batalha judicial que daí decorreu, admitindo que não se importaria de voltar a tocar com Krieger e Manzarek, desde que o fizesse por solidariedade e não para ganhar dinheiro.
Manzarek deixa a
mulher, os dois irmãos, o filho Pablo e três netos.
This
is the end
Beautiful
friend
This
is the end
My
only friend, the end
Of
our elaborate plans, the end
Of
everything that stands, the end
No
safety or surprise, the end
I'll
never look into your eyes...again
Can
you picture what will be
So
limitless and free
Desperately
in need...of some...stranger's hand
In
a...desperate land
Lost
in a Roman...wilderness of pain
And
all the children are insane
All
the children are insane
Waiting
for the summer rain, yeah
Mais sobre The
Doors:
Bibliografia consultada:
Blitz,
DN, Expresso, Público.
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