domingo, agosto 05, 2007

A Dúvida…

Há histórias que o tempo persiste em apagar e já lá vão mais de 30 anos e embora fosse uma criança, na altura, recordo-me dalguns episódios dessa mesma história, em Lourenço Marques, actual Maputo, após o 25 de Abril de 1974, a conturbada transição de poder e a independência de Moçambique, em 25 de Junho de 1975.

Lourenço Marques, antes da independência

Agora e sem embarcar em saudosismos bacocos, nem em neo-colonialismos, só muito recentemente soube qual foi o destino da estátua equestre de Mouzinho de Albuquerque, que se encontrava defronte do Edifício da Câmara Municipal e da Catedral Moçambicana.

Maputo (ex-Lourenço Marques), hoje é a capital de Moçambique

Algumas estátuas, durante o processo da independência moçambicana foram retiradas e removidas para outros lugares, tendo a estátua equestre de Mouzinho de Albuquerque sido removida para a Fortaleza do Maputo, mais precisamente para o Forte de Nossa Senhora da Conceição, que bem recentemente deu lugar a Museu de História Militar.

Forte de Nossa Senhora da Conceição, no Maputo - Actual Museu de História Militar

Para minha surpresa há cerca de 2 semanas atrás deparei-me com a estátua equestre do Mouzinho, no Museu Militar, sito no Largo da Artilharia, em Lisboa (nas proximidades da Estação de Santa Apolónia), na Sala dedicada às Campanhas de África do século XIX.

Estátua Equestre de Mouzinho de Albuquerque, no Forte da Nossa Senhora da Conceição

Ficou a dúvida, qual é a original?

Texto – Mário Nunes

Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque (Batalha, 11 de Novembro de 1855 — Lisboa, 8 de Janeiro de 1902) foi um oficial de cavalaria português que ganhou grande fama em Portugal por ter protagonizado a captura do imperador nguni Gungunhana em Chaimite (1895) e pela condução da subsequente campanha pacificação, isto é de subjugação das populações locais à administração colonial portuguesa, no território que viria a constituir o actual Moçambique. A espectacularidade da captura de Gungunhana e a campanha de imprensa que se gerou aquando do sua chegada a Lisboa e subsequente exílio para os Açores, fez de Mouzinho de Albuquerque, malgrado alguma contestação ao seu comportamento ético em Moçambique, uma figura muito respeitada na sociedade portuguesa dos finais do século XIX e inícios do século XX.

Era então visto pelos africanistas como esperança e símbolo máximo da reacção portuguesa à ameaça que o expansionismo das grandes potências europeias da altura constituía para os interesses lusos em África. Foi governador do distrito de Gaza e governador-geral de Moçambique, cargo que resignou em 1898, data em que voltou a Portugal. Foi nomeado responsável pela educação do príncipe real D. Luís Filipe de Bragança. Suicidou-se em 1902, embora algumas fontes atribuam a morte a homicídio.

In wikipedia

Outras Ligações

2 comentários:

Anónimo disse...

Imagens de Maputo
http://maputo.visitusinmaputo.com

Nuno Castelo-Branco disse...

Sabe uma coisa? Quando eu era muito pequeno, gostava de ir ver o Mouzinho, à rotunda da Câmara Municipal de Lourenço Marques. Um dia perguntei à minha avó: "vovó, quem é o homem sentado em cima do Mouzinho?"

Para mim e até ao momento, o Mouzinho era o cavalo! :)

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