Atónito, boquiaberto, acompanhei hoje as notícias ao longo do dia, sobre a tragédia que se abateu sobre o Haiti, a nação mais pobre do hemisfério ocidental e sobre a sua capital Port au Prince, cidade com cerca de três milhões de habitantes.
Como é possível a sua capital ruir completamente, mesmo os edifícios governamentais, mais sólidos, tudo caiu por terra.
Um tremor de terra de grau 7,3 da escala de Ritcher abateu-se sobre a superfície do território, sendo seguido por 12 fortes réplicas, que foram sentidas na Republica Dominicana, Cuba, Baamas e demais países vizinhos. Os sismógrafos em Portugal registaram o abalo de terra.
As imagens que vi à hora de almoço, incomodaram-me, bastante, especialmente aquelas vistas do alto, em que se vê as nuvens de pó em várias partes da cidade, deja vu, fazia-me lembrar algumas cenas do filme «2012».
No solo era a desgraça, corpos sem vida, magoados, aleijados, feridos até mais não, sem ajuda, num cenário dantesco, parecia mau de mais para ser verdade.
As vítimas ainda não estão contadas, poderão ser em número superior a 500.000 habitantes.
A ajuda começa a chegar de todos os lados, mas, a conta gotas.
O Banco Mundial ofereceu através do BIRD 200.000 dólares, uma afronta!
Contudo é preciso ajudar os feridos e os sobreviventes, proporcionar-lhes abrigo, água e comida para os próximos tempos. Enterrar os mortos e combater as pragas que se avizinham.
O desespero ameaça consumir a terra do voodo, que anda mesmo sem sorte, depois da intervenção militar americana.
Enquanto isso, o materialismo, o consumismo e o egoísmo ameaça de morte todo o mundo ocidental, enquanto as coisas mais básicas são essenciais para outros seres humanos, na periferia do nosso quintal.
Ao terminar, não quero deixar de salientar o número de tremores de terra, que se tem sentido nos últimos anos. É sinal que a crusta terrestre está em movimento e que se avizinham tempos de mudança!
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