terça-feira, setembro 14, 2010

Golfo do México, uma catástrofe que desafia os limites da compreensão



Anatoly Sagalevich acrescentou a sua voz à mais recente controvérsia sobre a catástrofe ecológica da BP no Golfo do México. Este especialista da Academia Russa de Ciências foi chamado ao Golfo pela BP logo depois da plataforma Horizon Deepwater desmoronar. E o que ele tem a dizer não é muito animador.  

O relatório do Dr. Sagalevich foi elaborado e apresentado ao primeiro-ministro russo Vladimir Putin. Neste relatório, o investigador do Instituto de Oceanologia Shirshov e da Academia Russa de Ciências afirmou que o fundo do mar foi irremediavelmente danificado e que o planeta deve se preparar para um desastre ecológico "que ultrapassa todo o entendimento".

A razão pela qual o Dr. Sagalevich foi chamado pela BP é porque ele é o especialista líder mundial em exploração de águas profundas, sendo o responsável pelos submersíveis MIR-1 e MIR-2, que são capazes de mergulhar a uma profundidade de 6 km, os submarinos mais profundos de longo alcance no mundo.

Para o Dr. Sagalevich, o vazamento de petróleo no Golfo do México não é apenas proveniente de uma única fonte, como os media têm vindo a afirmar, mas de 18 lugares diferentes. Segundo o relatório, os cientistas russos chamados pelos E.U.A. estão proibidos de divulgar as suas descobertas para os meios de comunicação – contudo prolifera na rede a notícia que houve um apagão da imprensa escrita, falada e televisiva.

De acordo com um relatório no Komsomolskaya Pravda, especialistas russos estão a pressionar os americanos a usar uma explosão nuclear para extinguir o vazamento, antes que ela destrua o Oceano Atlântico. A URSS aparentemente usou explosões nucleares cinco vezes (sendo bem sucedida em quatro dessas ocasiões) para extinguir problemáticos poços de petróleo e de gás entre 1966 e 1981.


Para o Dr. Sagalevich, o problema enfrentado pela administração Obama em matéria de utilização de uma explosão nuclear para selar o poço tem mais a ver com os efeitos sobre a continuação da exploração de petróleo no Golfo do México do que o impacto do desastre ambiental em águas profundas.
Os cientistas russos consideram que o uso de agentes tóxicos, utilizados pela BP para dispersar o petróleo fará pior que uma explosão nuclear, devido ao facto dos agentes dispersantes cairem como chuva ácida num outro lugar destruindo toda a flora com a qual tem contacto.

Fonte:

http://a7.com.mx/reportajes/3867-graves-consecuencias-del-derrame-de-la-bp.html

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