Esta história é surreal, o país pode estar falido, mas o partido do Governo (PS) realizou um grande congresso na Exponor, em Matosinhos, como se nada se passasse em Portugal.
Que dizer da oposição interna que não existe?
Só um militante teve coragem para dizer a verdade… mais ninguém o fez!
Onde estão as alternativas a José Sócrates?
E porque motivo foram abafadas? (A mim cheira-me a fim de um ciclo)
E que dizer dos “Yes men” e dos “boys” que preenchiam um pavilhão semi-vazio nos primeiros dias?
Ou das medidas duríssimas que estarão no prelo e que nenhum dirigente do PS teve a coragem de comentar…
E que dizer dos discursos de José Sócrates?
É preciso ter lata.
Quem se lixa é sempre o mexilhão!
Mas o melhor estava para vir foi preciso encher o Pavilhão para o encerramento e vai daí encheram-no com um grupo de excursionistas idosos pagos (quem diria!) ou seriam beneficiários do RSI? Ou familiares dos tachos?
Eis a dúvida?
Será que esta malta toda representa 33%?
Ou as sondagens estão-nos a mentir?
Não me saem da cabeça as imagens que vi de José Sócrates a chegar hoje ao Pavilhão rodeado de seguranças e com um pavilhão cheio de excursionistas. Nos vários dias anteriores, o pavilhão estava às moscas. Sócrates vinha rodeado de muitos seguranças que deram uns bons encontrões aos jornalistas que os esperavam, que o diga o “cameraman” da TVI que levou um selo dum fervoroso apoiante e ainda vi outra coisa mais engraçada, José Sócrates tem um sósia. Está visto e revisto a copiar os ditadores do terceiro mundo está com medo dalguma, por isso reforçou a segurança.
E a assistência pareciam uns bonecos de corda a bater palmas pouco entusiastas…
E no final, o discurso, Meu Deus, como é possível, em que país estamos nós?
Num país que dá pelo nome de Portugal ou na Terra das Maravilhas da Alice?
1 comentário:
É um espectáculo patético, profundamente patético e triste.
Governo e oposição estão empenhados numa campanha eleitoral, que de facto já começou, como se nada tivesse acontecido nas últimas semanas.
Temos o FMI em casa, agora são eles que ditam as regras, sabemos isso.
Que fazem os nossos políticos? Tentam agarrar uma das últimas oportunidade para conquistar um pedaço de poder.
Nem se fala de tentar defender o País, de conservar um mínimo de autonomia. A palavra de ordem é "Ganhar as eleições".
Eleições que fornecerão um governo limitado nas próprias decisões. Mas isso não interessa aos nossos representantes: sempre governo é, e governo significa poder.
Desemprego? Ordenados de fome? Serviços públicos deficientes?
Pormenores, que podem ser ignorados. E, de facto, são.
Não uma palavra no congresso do PS.
Não uma palavra do PSD.
Com alegria, em direcção ao precipício.
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