segunda-feira, agosto 08, 2011

A Ordem e o Caos (ou a Farsa)

Isto começou provavelmente, com a derrota militar da ex-URSS, no Afeganistão, depois seguiu-se a queda do muro de Berlim, o fim do Império Soviético e do Comunismo.

Passou pela Primeira Guerra do Golfo, com Bush pai, a fazer um claro apelo ao Mundo, duma Nova Ordem Mundial.

Depois foi o que se viu e este planeta nunca mais conheceu o sossego, num ciclo de guerras eternas. Todos os anos, desde 1990 para cá, os EUA embarcavam numa nova guerra, primeiro como polícia do mundo e em nome da ONU, depois, desde o malfadado 11 de Setembro de 2001, em nome da Guerra ao Terror, levando-nos numa falsa cruzada contra o Islão, apregoando um choque de civilizações. Também todos os cidadãos viram por todo o lado encurtar a sua liberdade.

Após a Guerra Fria, vinte anos bastaram para transformar o mundo, num lugar perigoso para viver, independentemente da latitude ou longitude.

A 12 de Março de 2008 (depois do 11) arrebentou a primeira bolha financeira nos States, esta crise foi provocada pela banca nos EUA – após prometer uma vida fácil a toda a gente – alguns dos principais bancos foram obrigados a fechar as portas, seguiu-se o Escândalo Madoff e a deserção de capitais para paraísos fiscais.

Nos meses subsequentes, o efeito dominó estendeu-se a todo o mundo fazendo tremer as principais praças financeiras e atirando milhões para o desemprego, varrendo a Ásia e a Europa, levando o BCE a injectar dinheiro num poço sem fundo.

Um pouco por todo o lado, o modo de vida americano tinha soçobrado e a classe média via hipotecados todos os seus sonhos.

Há dois anos atrás, os EUA teriam colapsado, se não tivessem ajuda externa.

No entanto, não se abstiveram de experimentar novas armas, lançando "drones" no Afeganistão e no Iraque, num regresso ao futuro, fazendo lembrar Terminator e uma Guerra Meteorológica de consequências imprevisíveis, ou será que ninguém deu por isso?

O Tio Sam parece indiferente à crise, pois mantêm homens e material de guerra em variadíssimos teatros de operações.

Isto para não falarmos ainda, das falsas catástrofes, tais como o incidente da BP, no Golfo do México, o terramoto no Haiti, com a esquadra americana, em pano de fundo ou a valente canelada, que pôs por terra, o Japão, depois dum sismo sem precedentes, seguiu-se um tsunami e por último, uma catástrofe nuclear, numa Central Nuclear civil. Muitos azares duma vez só…

Coincidências?

Isto para não falarmos da Primavera Árabe, que varreu o Norte de África e o Médio Oriente e da febril agitação que se prepara no febril Facebook, na Europa Ocidental.



Desculpem lá, mas não acredito em coincidências, há a mão clara dos serviços secretos ocidentais e dos que querem mandar neste mundo, nalgumas destas insuspeitas manifs.

Por vezes dá vontade de rir, tão ordeiros e certeiros que são os manifestantes, face à polícia, parece que estão treinados, dá impressão que anda gente infiltrada nalguns protestos.

Depois do claro ataque à classe média, seguiu-se por todo o lado um ataque aos estados-nação com as crises da dívida soberana, isto com as agências de rating à cabeça (o Mercado) que desacreditaram estados, lançando nas ruas da amargura as empresas, já nada escapa ao estertor final do capitalismo. Nem sector público, nem privado. Os pequenos viram o acesso ao crédito cancelado. E muitas pequenas e médias empresas viram-se obrigadas a fechar.

Há ainda uma clara tentativa de desacreditar todos os pilares do Estado e todos os serviços públicos que funcionam, provavelmente a ordem cairá na rua, quando uma civilização com pés de barro cair por terra – o vil metal em breve, nada valerá e as pessoas provavelmente nada terão para comer, visto os campos estarem abandonados e entregues às ervas daninhas, alias depois de se destruir no Ocidente, o sector produtivo (agricultura, comércio e industria) criou-se a ideia erradamente, que não é bom viver do campo e da agricultura.

Ultimamente temos visto as instituições estatais soçobrar, pois não tem meios para enfrentar os problemas mais básicos – Imaginem só, que, a polícia portuguesa está sem dinheiro para as suas viaturas – É o desacreditar profundo do Estado.

No entanto, a palavra Revolução já anda no ar e nas bocas do mundo e não há dia sem excepção que vejo anonymous (este movimento era desconhecido até há bem pouco tempo) fazerem das suas.

E que dizer dos nórdicos sossegados, há duas semanas atrás, um norueguês pegou numa arma e foi o que todo o mundo sabe. A semana passada um sueco resolveu montar uma bomba nuclear numa cozinha...

Enfim, é caso para perguntar se este mundo está todo louco?

Ou será que o velho mundo está a dar lugar ao novo?

Precisa-se um pouco mais de sanidade mental, pois tudo isto me cheira a esturro e tem as mãos dos senhores de cinzento, sim daqueles que estão atrás da cortina e que desejam por termo (desta vez) ao capitalismo, é caso para perguntar, depois disto o que se seguirá?

1 comentário:

Fada do bosque disse...

Muito bom esse apanhado dos acontecimentos mundiais!
Por falar no anonymous... veja o insólito, o novo tipo de revolução... a verdadeira festa! parece um carnaval! Que tempos vivemos... Isto é apenas para divulgar a imposição dessa NOM! qual revolução, qual carapuça! Assim os alienaosa vão-se habituando a que a coisa existe mesmo e quem sabe, mais tarde se viram todos uns contra os outros e a chacina dissemina como uma doença contagiosa.
Andará tudo a dormir?!

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