segunda-feira, julho 25, 2011

Horror na Noruega


Algo está a mudar profundamente na Escandinávia, desde a Dinamarca, passando pela Noruega, à Suécia e à Finlândia. No profundo e frio Norte, a extrema direita, chauvinista, ultra nacionalista e avessa a um mundo multi cultural e pluri étnico vem ganhando pontos, tendo aumentando as suas fileiras entre os jovens e subindo a fasquia de eleição para eleição.

A mudança de postura é notória nas ultimas cimeiras da União Europeia, em que os países do Norte da Europa, se parecem afastar cada vez mais das ideias que levaram Jean Monnet e outros a criarem uma Comunidade de Estados Europeus. O projecto europeu tinha como principal fim evitar as guerras e as tensões no velho continente. Os nórdicos são avessos a um ideal europeu e à ideia duma Europa sem fronteiras (comunitária), com a livre circulação de pessoas e bens, tendo inclusive lançado reticências sobre a viabilidade e a existência de países como a Grécia, Irlanda e Portugal, como nações viáveis e independentes.

Após esta breve introdução, passo ao que interessa, desta vez assistimos ao estalar do verniz, todos nós seguimos incrédulos na passada sexta-feira, ao fim da tarde as noticias que provinham de Oslo.

No final do dia, a Reuters avançava que a capital norueguesa, Oslo tinha sido atingida por ataques terroristas, tendo sido registadas várias explosões, junto ao edifício onde se situava o gabinete do primeiro ministro da Noruega, tendo ainda atingido uma torre com 17 andares, o ministério do petróleo e a redacção do jornal VG, responsável pelo lançamento das caricaturas do Profeta Maomé. Alguns minutos depois, um grupo islâmico (Ansar Al Jihad Al Alawi) reivindicava os ataques terroristas em Oslo. Entre os escombros encontravam-se sete mortos e quinze feridos.

Primeiro falaram em várias explosões e na queda da fachada de vários edifícios, recordam-se?

No dia seguinte falaram que o ataque tinha sido perpetrado com um carro armadilhado com seis toneladas de explosivos…

Mas adiante…

Até que surge a noticia - horas depois - na ilha de Utoya, um jovem de 32 anos, Anders Behring Breivik assassinou a tiro 85 pessoas, encontrando-se outras 6 desaparecidas, num acampamento da Juventude do Partido Trabalhista.

Dezenas de pessoas atiraram-se à água para tentar escapar ao atirador, que vestido de policia, foi até junto da margem e continuou a disparar sem apelo nem agravo. A policia adiantou que não sabe se o assassino agiu sózinho. Segundo os jornais as vitimas que escaparam com vida referem que havia um segundo atirador. Breivik confessou já ambos os crimes.


A pouco e pouco vai-se conhecendo o perfil de Anders Behring Breivik – um Anjo Radical – que gostava de música clássica, vídeo games e caça, que se descrevia como um cristão de direita e anti islâmico, tendo militado na extrema direita norueguesa, era um acérrimo critico do multiculturalismo europeu. Breivik era agricultor (Breivik Geofarm) e elegia como livros favoritos 1984 de Orwell e O Príncipe de Maquiavel.

Autor ainda de inúmeros perfis nas redes sociais do Twitter e do Facebook, dizia-se ainda um admirador confesso de Churchill, citando-o: “UM Homem de convicções vale mais do que 100 mil só com interesses.”


No entanto sabe-se ainda que deixou escrito um manifesto com mais de 1467 páginas, fazendo ainda parte da Maçonaria e da Sociedade Secreta Knights Templar Europe, avançando ainda com a data de 2083, como a data da Independência Europeia…

Estão baralhados?

Desta não estavam à espera!?

Pois não?

Eu penso que este homem não agiu sózinho e há interesses obscuros por detrás desta estranha história de terror e suspense.

Quero deixar duas perguntas no ar:

Porque motivo não se encravou a arma de Breivik?

Porque motivo a policia norueguesa não disparou? Ao invés recolhia imagens de helicóptero do assassino a disparar sobre as vitimas que se encontravam na água.

Provavelmente ainda a procissão vai no adro… É que muitas das vezes só sabemos das coisas pela rama.

Pessoalmente não acredito que este acto fosse uma série de acções tresloucadas levadas a cabo por um solitário justiceiro, que optou por matar indiscriminadamente os seus pares enquanto se ria e gritava vitória.

“Um Homem de convicções vale mais do que 100 mil.”

Outras noticias sobre o mesmo tema:

http://www.publico.pt/Mundo/bomba-em-oslo-e-massacre-na-ilha-de-utoeya-deixam-noruega-em-choque_1504261

http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2011/07/22/sete-mortos-e-dois-feridos-graves-em-explosao-de-bomba-em-oslo

http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2011/07/22/grupo-islamico-reivindica-ataques-terroristas-em-oslo

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1170409.html

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=24767

http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/8657775/Norway-terrorist-attacks-in-pictures.html?image=3

http://www.prisonplanet.com/breivik-wanted-to-reform-knights-templar-europe.html

2 comentários:

Fada do bosque disse...

A Noruega é um dos poucos países que não só reconheceu o Estado Palestiniano como boicotou empresas israelitas e retirará da Líbia... e diz não alinhar mais nas intervenções da NATO.
Este documentário do Canal História, O Exército Secreto da Nato dá-nos uma perspectiva histórica da Regra do Medo:

A Operação Gladio consistiu numa operação secreta americana na Europa Ocidental que recorreu a redes clandestinas ligadas à NATO, à CIA e aos serviços secretos da Europa Ocidental durante o período da Guerra Fria, chamadas células «stay-behind». Implantadas em 16 países da Europa Ocidental, essas células visavam (supostamente) deter a ameaça de uma ocupação pelo bloco do Leste e estavam sempre prontas para ser activadas em caso de invasão pelas forças do Pacto de Varsóvia. A mais famosa foi a rede italiana Gladio.

A rede clandestina internacional englobava o grupo dos países europeus que pertenciam à Nato: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Turquia, bem como alguns países neutrais como a Áustria, a Finlândia, a Suécia e a Suíça.

No entanto, o seu verdadeiro objectivo era espalhar o terror e criar um clima de tensão permanente na Europa Ocidental. Entre os muitos actos de terrorismo que lhes são atribuídos, destacam-se:

- O atentado bombista dentro do Banco Nacional de Agricultura, na Piazza Fontana da cidade de Milão, em Itália, a 12 de Dezembro de 1969, que matou 17 pessoas e feriu 88.
- O atentado bombista de Bolonha – uma bomba explodiu na estação central ferroviária de Bolonha, em Itália, a 2 de Agosto de 1980. Morreram 85 pessoas e 200 ficaram feridas.
- Os massacres de Brabant, na Bélgica, que decorreram entre 1982 e 1985 e nos quais morreram 28 pessoas e outras 20 ficaram feridas.
- O atentado bombista na Oktoberfest de Munique, na Alemanha, a 26 de Setembro de 1980, onde morreram 13 pessoas e 201 ficaram feridas, 68 com gravidade.

Pedro disse...

A associação internacional WeAreChange está a dar os seus primeiros passos em Portugal:

http://www.wearechangeportugal.org/

Em Espanha a WeAreChange (onde é conhecida como investigar11s) esteve presente nos protestos anti-Bilderberg.

A WeAreChange ,http://www.wearechange.org/, é um movimento internacional para a paz e a justiça social formado por cidadãos e independente de qualquer ideologia ou religião. Nasceu nos EUA com o objectivo inicial de procurar a verdade sobre os atentados de 11 de Setembro.

Esta organização pretende denunciar a corrupção dos governos e juntar cidadãos em todas as partes do mundo que estejam interessados em manifestar-se e em educar o público sobre assuntos que são geralmente encobertos ou censurados pelos “meios de comunicação social”.

Actualmente a WeAreChange está espalhada por mais de 20 países em vários continentes.

Gostaríamos de contactar com todos os que têm ideais semelhantes.

Agradecemos desde já a atenção.

http://www.wearechangeportugal.org/

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