As agências americanas de rating não são um caso de política financeira mas sim um caso de polícia
“Há muito tempo que desconfio que as agências de rating não são um caso de política financeira mas sim um caso de polícia. No momento em que o governo nos impõe mais um apertão de cinto, uma delas baixa os níveis de credibilidade do País para aquilo a que chamam ‘lixo’. Poder-se-ia dizer que foi feito por não concordarem com o plano da troika e por manipulação política. Mas só vai nesta cantiga quem não esteve atento. Essa tal agência, que julgo não passar de uma associação criminosa, fê-lo no dia seguinte ao anúncio pelo executivo das grandes privatizações. Isto é, de uma penada, baixaram quatro níveis à credibilidade do Estado português e desvalorizaram para o preço da uva mijona empresas nacionais que vão entrar no mecanismo de privatizações.
Um grupo de economistas apresentou na PGR uma queixa-crime contra estas agências americanas. Mas não se sabe mais nada para além do coro indignado de outros tantos especialistas sobre esta decisão tão brutal. É que ela sugere crimes que vão muito além da manipulação de informação. Sugere crimes contra o Estado, contra a sua soberania, como actos de puro terrorismo, como lhe chamou Mira Amaral. Cheira que tresanda a vigarice, a bandidos de alto quilate que usam estas agências para seu proveito próprio.
É certo que não temos um Aldo Moro em Portugal, nem um Baltasar Garzón, mas terá chegado a hora de a PGR saber quem se esconde por detrás destas agências, quem lhes paga e compra dívida portuguesa, quem são os bandidos que põem estes rapazes a afundar um país conforme interesses de particulares sem rosto, escondidos algures nos paraísos financeiros. Isto pode configurar crimes de grande moldura penal, e a continuação desta actividade criminosa põe em perigo a nossa independência. Prender os tipos destas agências que estão em Portugal a trair os interesses do País não deve ser difícil, pois não creio que seja difícil arranjar prova para os acusar. Esta pirataria é pior do que a pirataria no canal do Suez. Crimes não faltam para meter esta canalha na cadeia. E já agora para dar uma lição aos bananas da União Europeia que permitem que o euro esteja na mão de agências americanas de rating. A ladroagem tem de ter um fim. Está aqui a oportunidade. “
Francisco Moita Flores (na Impressão Digital, do passado dia 10.07.2011, no jornal Correio da Manhã)
3 comentários:
Bem pode o moita Flores esperar sentado. Esta MÁFIA não se deixa apanhar!...
Moita Flores? O Maçon?
Precisamente, o próprio. Ex-Inspector da PJ também...
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