domingo, junho 03, 2007

A Vingança de Gaia, James Lovelock

A Vingança de Gaia, de James Lovelock

Gradiva

Durante milénios, a humanidade explorou a Terra sem ter em conta o preço a pagar. Agora, com o mundo a aquecer e os padrões climáticos a alterarem-se drasticamente, a Terra começa a retaliar.

James Lovelock, um dos gigantes do pensamento ambientalista, argumenta apaixonada e poeticamente que, apesar do aquecimento global ser agora inevitável, ainda estamos a tempo de salvar, pelo menos em parte, a civilização humana. Este livro, escrito aos 86 anos e depois de uma vida inteira dedicada à ciência da Terra, constitui o seu testamento.

Preço Editor: 18,50 €


A Hipótese de Gaia, também denominada como Teoria de Gaia, é uma tese que sustenta ser o planeta Terra um ser vivo. A hipótese foi apresentada em 1969 pelo investigador britânico James E. Lovelock, afirmando que a biosfera do planeta é capaz de gerar, manter e regular as suas próprias condições de meio ambiente. Para chegar a essas conclusões, o cientista britânico, juntamente com a bióloga americana Lynn Margulis analisaram pesquisas que comparavam a atmosfera da Terra com a de outros planetas, vindo a propor que é a vida da Terra que cria as condições para a sua própria sobrevivência, e não o contrário, como as teorias tradicionais sugerem. O nome Gaia é uma homenagem à deusa grega Gaia, da Terra. Vista com descrédito pela comunidade científica internacional, a Teoria de Gaia encontra simpatizantes entre grupos ecológicos, místicos e alguns pesquisadores.

Nascido em 26 de Julho de 1919, James Ephraim Lovelock é um pesquisador independente e ambientalista que vive na Cornualha (oeste da Inglaterra).

Após estudar química na Universidade de Manchester obteve um cargo no Medical Research Council do Institute for Medical Research em Londres.

Em 1948 obteve um Ph.D. em medicina no London Scholl of Hygiene and Tropical Medicine. Tem conduzido pesquisas em Yale, Baylor University College of Medicine, e Harvard University.

Lovelock inventou muitos instrumentos científicos utilizados pela NASA para análise de atmosferas extraterrestres e superfície de planetas. Para Lovelock o contraste entre o equilíbrio estático da atmosfera de Marte (muito dióxido de carbono com pouquíssimo oxigénio, metano e hidrogénio) e a mistura dinâmica da atmosfera da Terra é forte indício da ausência de vida naquele planeta.

Em 1958 inventou o Detector de Captura de Electrões, que auxiliou nas descobertas sobre a persistência do CFC e seu papel no empobrecimento da camada de ozono.

Em 2004 surpreendeu ambientalistas ao afirmar que "Só a energia nuclear pode deter o aquecimento global". Para ele apenas a energia nuclear é uma alternativa realista aos combustíveis fósseis para suprir a enorme necessidade de energia da humanidade sem aumentar a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Escrevendo no jornal britânico "The Independent" em Janeiro de 2004, Lovelock afirma que como resultado do aquecimento global no final do século 21:

"Biliões de nós morrerão e os poucos casais férteis de pessoas que sobreviverão estarão no Árctico, onde o clima continuará tolerável"

Ele afirma que, pelo final do século, a temperatura média nas regiões temperadas aumentarão 8°C e nos trópicos até 5°C, tornando a maior parte das terras agrícolas do mundo inabitáveis e impróprias para a produção de alimentos.

"Temos que ter em mente o assustador ritmo da mudança e nos darmos conta de quão pouco tempo resta para agir, e então cada comunidade e nação deve achar o melhor uso dos recursos que possuem para sustentar a civilização o máximo de tempo que puderem".

Em Janeiro de 2006 afirmou no "The Independent" que "o mundo já ultrapassou o ponto de não retorno quanto às mudanças climáticas e a civilização como a conhecemos dificilmente irá sobreviver". Ele acredita que os esforços para conter o aquecimento global já não podem obter sucesso completo e a vida na Terra nunca mais será a mesma.

Mas a noção de que há terras sobrando para plantar bio combustíveis ou para abrigar usinas eólicas é ridícula. Nós faremos o possível para sobreviver, mas infelizmente eu não consigo ver os EUA ou as economias emergentes da China e da Índia voltando no tempo e eles são as maiores fontes de emissões. O pior vai acontecer, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal.

Talvez o mais triste seja que Gaia perderá tanto quanto ou mais do que nós. Não só a vida selvagem e ecossistemas inteiros serão extintos, mas na civilização humana o planeta tem um recurso precioso. Não somos meramente uma doença; somos, por meio da nossa inteligência e comunicação, o sistema nervoso do planeta. Através de nós, Gaia se viu do espaço, e começa a descobrir seu lugar no Universo.

Nós deveríamos ser o coração e a mente da Terra, não sua moléstia. Então, sejamos corajosos e paremos de pensar somente nos direitos e necessidades da humanidade, e enxerguemos que nós ferimos a Terra e precisamos fazer as pazes com Gaia. Precisamos fazer isso enquanto somos fortes o bastante para negociar, e não uma turba esfacelada liderada por senhores da guerra brutais. Acima de tudo, precisamos lembrar que somos parte dela, e que ela é de fato nosso lar.

Vingança de Gaia - Entrevista com James Lovelock - VEJA - NOV.2006



O cientista inglês que considera a Terra um organismo vivo diz que só a energia nuclear pode adiar o desastre. O aquecimento global já passou do ponto sem volta. A situação se tornará insuportável lá por 2040. O inglês James Lovelock é um cientista com contribuições a áreas tão distintas do conhecimento que é difícil classificá-lo em uma única especialidade. É também um dos mais controvertidos. Sucesso entre os ambientalistas, sua criação mais conhecida, a Hipótese Gaia, é criticada pelos cientistas.



Segundo essa teoria, que Lovelock desenvolveu quando trabalhava para a Nasa, nos anos 60, a Terra é um organismo dotado da capacidade de se manter saudável e tem compromisso com todas as formas de vida – e não necessariamente com apenas uma delas, o homem. Lovelock é o inventor do aparelho que permitiu detectar o cúmulo do pesticida DDT nos seres vivos, razão pela qual se interrompeu o uso da substância. O aparelho também ajudou a identificar o CFC, gás utilizado em aerossóis, como o responsável pela destruição da camada de ozono, o que levou a sua proibição. Lovelock acredita que o equilíbrio natural foi rompido pelo aquecimento global, tese desenvolvida no livro A Vingança de Gaia, publicado neste ano em seu país. O cientista concedeu esta entrevista a VEJA de sua casa em Devon, na Inglaterra, onde, aos 87 anos, faz pesquisas em um laboratório particular.



Veja - Quando o aquecimento global chegará a um ponto sem volta?

Lovelock - Já passamos desse ponto há muito tempo. Os efeitos visíveis da mudança climática, no entanto, só agora estão aparecendo para a maioria das pessoas. Pelas minhas estimativas, a situação se tornará insuportável antes mesmo da metade do século, lá pelo ano 2040.

Veja - O que o faz pensar que já não há mais volta?

Lovelock - Por modelos matemáticos, descobre-se que o clima está a ponto de fazer um salto abrupto para um novo estágio de aquecimento. Mudanças geológicas normalmente levam milhares de anos para acontecer. As transformações actuais estão ocorrendo em intervalos de poucos anos. É um erro acreditar que podemos evitar o fenómeno apenas reduzindo a queima de combustíveis fósseis. O maior vilão do aquecimento é o uso de uma grande porção do planeta para produzir comida. As áreas de cultivo e de criação de gado ocupam o lugar da cobertura florestal que antes tinha a tarefa de regular o clima, mantendo a Terra em uma temperatura confortável. Essa substituição serviu para alimentar o crescimento populacional. Se houvesse 1 bilhão de pessoas no mundo, e não 6 biliões, como temos hoje, a situação seria outra. Agora não há mais volta.

Veja - Um estudo recente concluiu que a temperatura média da Terra vai aumentar 2 graus até o fim do século. O senhor concorda?


Lovelock - Os cientistas que fazem essas previsões baixas estudam a atmosfera como se ela fosse algo inerte. É um cálculo estanque, baseado na crença de que o aquecimento é directamente proporcional à quantidade de gás carbónico jogada na atmosfera. A realidade é bem mais complexa. Todos os seres vivos do planeta reagem às mudanças que provocamos e as amplificam. Há previsões mais confiáveis de um aumento de até 6 graus até o fim do século. Essa vai ser a média global. Em algumas regiões, o aumento de temperatura será ainda maior.

Veja - O senhor vê o aquecimento global como a comprovação de que sua teoria está certa?

Lovelock - O aquecimento global pode ser analisado com base na Hipótese Gaia, e, por isso, muitos cientistas agora estão se vendo obrigados a aceitar minha teoria. Ela diz que todos os organismos, agindo em conjunto, formam um sistema activo cujo objectivo é manter a Terra habitável. Nos oceanos, algumas algas utilizam o carbono do ar no seu crescimento e liberam outros gases que formam nuvens sobre a atmosfera. As nuvens ajudam a deflectir os raios solares. Sem elas, a Terra seria um lugar muito mais quente e seco. Essas algas estão morrendo com o aumento da temperatura dos oceanos. Esse é apenas um exemplo de como a capacidade auto-reguladora do sistema Gaia está sendo rompida.

Veja - O aquecimento global vai levar a uma nova fase da selecção natural da espécie humana?


Lovelock - Sim. Pela Hipótese Gaia, qualquer organismo que afecta o ambiente de maneira negativa acabará por ser eliminado. Como o aquecimento global foi provocado pelo homem, está claro que corremos o risco de ser extintos. Até o fim do século, é provável que cerca de 80% da população humana desapareça. Os 20% restantes vão viver no Árctico e em alguns poucos oásis em outros continentes, onde as temperaturas forem mais baixas e houver um pouco de chuva. Na América Latina, por exemplo, esses refúgios vão se concentrar na
Cordilheira dos Andes e em outros lugares altos. O Canadá, a Sibéria, o Japão, a Noruega e a Suécia provavelmente continuarão habitáveis. A maioria das regiões tropicais, incluindo praticamente todo o território brasileiro, será demasiadamente quente e seca para ser habitada. O mesmo ocorrerá na maior parte dos Estados Unidos, da China, da Austrália e da Europa. Não será um mundo agradável. As condições de sobrevivência no futuro serão muito difíceis. Essa é a vingança de Gaia, uma expressão que uso apenas como metáfora, não como argumento científico.

Veja - O que vai acontecer com quem permanecer nesses lugares?


Lovelock - A maioria vai morrer de fome. Não é só uma questão de aumento de temperatura. Com a mudança climática, será impossível cultivar alimentos ou criar animais de abate, porque simplesmente não haverá chuva ou água para a irrigação. O Rio Ganges, na Índia, por exemplo, está tendo seu volume reduzido e logo irá desaparecer. Quem conseguir migrar para os poucos oásis que sobrarem ou para as regiões mais frias ao norte do globo viverá em condições semelhantes às de muitos africanos hoje: haverá escassez de comida e pouca água. As guerras do futuro serão uma consequência do aquecimento global. Quando a China se tornar inabitável, seus moradores não vão simplesmente sentar e esperar a morte. Eles vão migrar para a Rússia. Há espaço para essas pessoas na Sibéria, mas duvido que essa migração aconteça pacificamente.


Veja - Será possível se recuperar dessa situação?

Lovelock - A Terra vai se recuperar. Há 55 milhões de anos ocorreu um evento muito parecido com o que está acontecendo agora. Naquele tempo, houve uma emissão acidental de uma quantidade de dióxido de carbono equivalente à que está sendo produzida hoje pela acção humana. A temperatura da Terra elevou-se em 8 graus nas regiões temperadas e em 5 graus nos trópicos. Os seres vivos migraram para as regiões polares e ficaram centenas de milhares de anos por lá. Quando a temperatura global voltou a cair, eles migraram de volta. O sistema Gaia, portanto, não está ameaçado, mas vai levar 200 000 anos para voltar a ser como é. Para nós, humanos, isso é muito tempo.


Veja - Muitos cientistas estão preocupados com a diminuição da biodiversidade. O senhor também está?

Lovelock - Não. A perda de biodiversidade é apenas um sintoma das mudanças climáticas. Os biólogos se preocupam com isso porque eles adoram coleccionar espécies. Na verdade, os ecossistemas mais saudáveis são aqueles com pouca biodiversidade. Muito mais grave é o risco de quase extinção enfrentado pela humanidade.

Veja - Não há nada que se possa fazer?


Lovelock - A única opção é substituir as fontes de energia mais comuns por centrais nucleares, mais limpas do que hidroeléctricas ou termo eléctricas. O gás carbónico vai nos matar se não fizermos nada a respeito. As pessoas têm medo do lixo atómico, mas isso é um mito. A quantidade de resíduos produzida pelas usinas nucleares é irrisória e não causa grandes problemas ambientais. A energia nuclear, no entanto, não é uma solução, e sim uma medida para ganharmos tempo. A roda do aquecimento global já está em movimento, e não há como para-la.


Veja - É mais fácil se livrar de lixo atómico do que de gás carbónico?


Lovelock - Infinitamente mais. Cem gramas de urânio equivalem a 200 toneladas de carvão, em termos de energia gerada. Com 100 gramas de urânio não se produzem mais do que 100 gramas de lixo atómico, enquanto a poluição emitida pela queima de 200 toneladas de carvão é de 600 toneladas de dióxido de carbono. Entre 100 gramas e 600 toneladas de resíduos, é óbvio que o carbono é um problema maior.



Veja - E quanto aos riscos de acidentes nucleares, como o da central nuclear de Chernobyl, em 1986?



Lovelock - Chernobyl é uma grande mentira. A ONU enviou três equipes de cientistas a Chernobyl para ver quantas pessoas realmente morreram em consequência do acidente. A resposta é 56 mortos, no máximo. Foi o tipo de acidente nuclear que apenas podia acontecer naqueles velhos tempos da União Soviética, em que as usinas eram administradas de maneira irresponsável. As estatísticas das usinas nucleares ao redor do mundo são impressionantes. Elas produzem energia com uma segurança maior do que qualquer outra indústria energética. O perigo de acidentes não é nada comparado aos efeitos do aquecimento global. As pessoas estão perdendo o contacto com o mundo natural e por isso há saudosismo, um desejo inconsciente de volta à natureza. A ciência e a tecnologia passaram a ser rejeitadas e classificadas como ruins para o ambiente. É o que acontece com as plantas geneticamente modificadas e com a energia atómica. Vivemos em uma sociedade hipocondríaca.


Veja - No Brasil, a maioria dos carros novos funciona com álcool combustível. O bio combustível é uma boa forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa?


Lovelock - Essa provavelmente é das coisas menos sábias a fazer. Para produzir a cana-de-açúcar para o bio combustível, é preciso ocupar o espaço dedicado à produção de alimentos ou derrubar florestas, que ajudam a regular o clima. Isso é contra produtivo. É mais inteligente usar a energia nuclear para produzir hidrogénio como combustível para os carros. Alguns anos atrás, muitos cientistas achavam que o bio combustível era o caminho certo a seguir. Agora que sabemos quão sério é o problema do aquecimento global, percebemos que essa não é a melhor solução. Nós, cientistas, devemos pedir desculpas ao povo brasileiro.

Veja - Qual sua opinião sobre o conceito de desenvolvimento sustentado, pelo qual se explora o ambiente sem lhe provocar danos?


Lovelock - Acho uma ideia adorável. Se a tivéssemos aplicado 200 anos atrás, quando havia apenas 1 bilião de pessoas no mundo, talvez não estivéssemos na situação em que estamos hoje. Agora é tarde demais. Não há mais espaço para nenhum tipo de desenvolvimento. A humanidade tem de regredir. Em algumas décadas, quem conseguir se mudar para regiões melhores, com temperaturas mais amenas, terá uma chance de sobreviver.

Veja - Qual sua opinião sobre a proposta de colocar um escudo solar em órbita, para devolver ao espaço os raios de sol?


Lovelock - Não é uma má ideia. Esse escudo ficaria entre o Sol e a Terra e poderia desviar 3% dos raios solares e, dessa forma, reduzir o calor na atmosfera. Trata-se de uma medida relativamente rápida de ser implementada e custaria menos que a Estação Espacial Internacional. O escudo solar poderia nos dar um pouco mais de tempo, mas não seria a cura para o problema do aquecimento global.


Veja - A destruição da Amazónia é a maior vilã do aquecimento global?


Lovelock - Não. O sudeste da Ásia está sofrendo uma destruição comparável à da Amazónia. A Indonésia tem provocado tanto dano às florestas quanto o Brasil. Uma medição feita no passado mostrou que as queimadas indonésias liberaram 40% de todo o gás carbónico produzido no mundo em um ano. Os brasileiros não devem se sentir os únicos culpados pelo desastre que estamos prestes a viver. Temos todos uma parcela igual de culpa.


Veja - Por que a ciência levou tanto tempo para perceber a gravidade da mudança climática?


Lovelock - A comunidade científica estava muito engajada em um outro problema: a destruição da camada de ozono. Era uma questão fácil de resolver, porque os produtos industriais que estavam provocando o buraco na camada podiam ser substituídos por outros, inofensivos. Só em 2001, em uma convenção em Amesterdão, na Holanda, os pesquisadores concordaram que o aquecimento é um fenómeno global. Naquele ano, eles finalmente aceitaram a tese de que a Terra é um sistema que se auto regula, indirectamente concordando com a minha Hipótese Gaia.

Veja - Alguns cientistas dizem que suas opiniões são apocalípticas e por isso não podem ser levadas a sério. O que o senhor diz a eles?


Lovelock - Não há nenhum dado no meu livro diferente daqueles contidos no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU. A diferença é que eu apresentei os fatos de uma forma compreensível para os leigos. Os cientistas estudam o aquecimento global de maneira fragmentada e acabam tendo dificuldade de desenvolver uma visão geral do fenómeno.

Mas a noção de que há terras sobrando para plantar bio combustíveis ou para abrigar usinas eólicas é ridícula. Nós faremos o possível para sobreviver, mas infelizmente eu não consigo ver os EUA ou as economias emergentes da China e da Índia voltando no tempo e eles são as maiores fontes de emissões. O pior vai acontecer, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal.

Talvez o mais triste seja que Gaia perderá tanto quanto ou mais do que nós. Não só a vida selvagem e ecossistemas inteiros serão extintos, mas na civilização humana o planeta tem um recurso precioso. Não somos meramente uma doença; somos, por meio da nossa inteligência e comunicação, o sistema nervoso do planeta. Através de nós, Gaia se viu do espaço, e começa a descobrir seu lugar no Universo.

Nós deveríamos ser o coração e a mente da Terra, não sua moléstia. Então, sejamos corajosos e paremos de pensar somente nos direitos e necessidades da humanidade, e enxerguemos que nós ferimos a Terra e precisamos fazer as pazes com Gaia. Precisamos fazer isso enquanto somos fortes o bastante para negociar, e não uma turba esfacelada liderada por senhores da guerra brutais. Acima de tudo, precisamos lembrar que somos parte dela, e que ela é de fato nosso lar.


http://www.ecolo.org/lovelock/lovebiopo.htm

1 comentário:

marginalia disse...

Mario, excelente post. Acho que este tem tudo a ver com o Vox Mundi. que tal republica-lo la?

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...