«Non ou a vã glória de mandar», de Manoel de Oliveira
«Cannes, França, 19 Mai (Lusa) - O realizador português Manoel de Oliveira manifestou-se hoje "muito sensibilizado por finalmente ter recebido a Palma de Ouro" no Festival Internacional de Cinema de Cannes, onde foi homenageado.
A organização do festival prestou hoje um tributo ao realizador português atribuindo-lhe a Palma de Ouro pela carreira, associando-se também aos cem anos que Manoel de Oliveira celebrará em Dezembro.
"Ao longo de um século eu cresci com o cinema e hoje eu sei que foi o cinema que me fez crescer. Viva o cinema!", exclamou Manoel de Oliveira no Grand Théâtre Lumière, onde foi longamente aplaudido.
Manoel de Oliveira recebeu o prémio das mãos do actor francês Michel Piccoli, numa cerimónia onde marcaram presença o júri de Cannes, o realizador norte-americano Clint Eastwood e o presidente da Cinemateca Portuguesa, João Bénard da Costa.
"Esta foi a melhor forma de receber este prémio", disse Manoel de Oliveira emocionado, sublinhando que não gostaria de ser distinguido em competição com os seus colegas realizadores.(…)
Os Canibais" (1988), "O convento" (1995), "A carta" (1999), "Vou para casa" (2001) e "O Princípio da Incerteza" (2002) estiveram nomeados para a Palma de Ouro, o prémio máximo atribuído em Cannes.
"Viagem ao Princípio do Mundo" (1997), protagonizado por Marcelo Mastroianni, foi distinguido com o prémio FRIPESCI e com o prémio do júri ecuménico e "A carta" (1999), com Chiara Mastroianni, recebeu o prémio do júri na edição de 1999.»
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