segunda-feira, julho 28, 2008

USS Cole, oito anos depois...

A 30 de Junho de 2008, os Procuradores Militares dos EUA apresentam a acusação, contra os alegados autores do atentado, ocorrido em 12.10.2000, que visou, o vaso de guerra norte-americano USS Cole, atracado no porto de Aden, Yemen.


Nesse fatídico dia, um pequeno barco, que transportava alegadamente lixo (ia carregado de explosivos), chocou com o navio americano, provocando baixas na tripulação do navio, que aguardava a hora do almoço – 17 marinheiros mortos, 39 feridos e um buraco no casco.


Segundo, os activistas dos direitos humanos, a confissão foi obtida sob tortura, na base norte-americana de Guantánamo Bay, em Cuba, onde se encontram ilegalmente detidos inúmeros prisioneiros, sem acesso a um advogado, a um Tribunal Civil ou aos mais elementares cuidados básicos de saúde e de dignidade humana, violando claramente, a Convenção de Genebra, sobre os Prisioneiros de Guerra e os mais elementares Direitos Humanos.

Oito anos depois, o saudita Abd al-Rahim al-Nashiri, enfrenta acusações de assassinato e terrorismo.


Nashiri foi detido nos Emirados Árabes Unidos (EAU), em Outubro de 2002 e encontra-se detido, em Guantánamo, desde 2006.


O ano passado ele confessou o ataque, porque havia sido torturado.


A CIA tinha submetido a interrogatório outros três prisioneiros suspeitos do ataque, igualmente detidos nesta base americana.

Para os activistas dos direitos humanos, o julgamento vai colocar em causa os tribunais militares americanos criados para o efeito em Guantánamo Bay, para julgar os inimigos combatentes dos EUA, levantando-se sérias dúvidas jurídicas e morais, sobre a imparcialidade e isenção dos mesmos.


O Supremo Tribunal dos EUA deliberou recentemente que os reclusos detidos em Guantánamo Bay têm o direito de contestar a base da sua detenção, pelos americanos diante dos tribunais cíveis.


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