quarta-feira, maio 19, 2010

Maré Negra no Golfo do México

O derrame de petróleo no Golfo do México parece não estar a ser devidamente acompanhado pelos media (estes só passam o que interessa ao Império Invisível).

O Governo dos E.U.A parece que instalou uma verdadeira mordaça sobre o assunto, depois do acidente que provocou o incêndio na plataforma petrolífera. Contudo, há muito que a Greenpeace vinha avisando o mundo para a eventualidade da ocorrência duma catástrofe ecológica, nas plataformas petrolíferas offshore, com sérias repercussões planetárias (chegando a falar em terrorismo ecológico). Eu questiono-me mesmo se não foi mais uma operação de falsa bandeira?


E agora como vão estancar o petróleo, que continua jorrando no fundo do mar?

Como vão apagar o incêndio no furo?

Parece não haver soluções à vista…


Há uma semana atrás, no site Natural News:

"É difícil dizer exactamente o que está acontecendo agora de verdade no Golfo do México, especialmente porque há tantos relatos contraditórios e perguntas sem resposta. Mas uma coisa é certa: se a situação é realmente muito pior do que estamos sendo levados a crer, poderão acontecer consequências catastróficas a nível global. Se é verdade que milhões e milhões de galões de petróleo bruto estão inundando o Golfo sem fim à vista, a mancha de óleo massiva poderia fazer o seu caminho para as correntes do Golfo, que os levaria não só para a Costa Leste, mas para todo o mundo onde poderia destruir absolutamente a indústria pesqueira mundial."

Passada uma semana (dia 17 de Maio), o site regressa com um novo artigo dizendo que de facto o desastre é muito maior do que nos tem sido dito pelos media internacionais. Mas mesmo as agências oficiais começam a descobrir a "cortina" e novas notícias surgem:

Investigadores advertiram no passado domingo que as manchas de petróleo submarinas tem quilómetros de comprimento e poderão envenenar a vida marinha e toda a cadeia alimentar, com danos que poderão durar uma década ou mais.

"Os investigadores descobriram mais manchas subaquáticas do que as que conseguem contar" disse Samantha Joye, professora de ciências marinhas, na Universidade da Geórgia. Uma das nuvens medidas mostrou que se estende por um comprimento de mais de 10 quilómetros, com uma largura de cerca cinco quilómetros. "

As estimativas são muito maiores do que a BP e o governo dos E.U.A. divulgam.


O New York Times afirma que a média de derrame pode ser entre 25.000 e 80.000 barris por dia.

O governo dos E.U.A. falou somente em 5.000 barris e o volume pode ser superior a 80.000.

Esta quantidade de petróleo derramado é mais do que suficiente para destruir toda a vida marinha da região.

Os níveis de oxigénio caíram para cerca de 30% nas águas perto do desastre. Quando a água perde oxigénio, rapidamente a zona fica considerada "zona zero" porque as espécies marinhas não conseguem mais sobreviver.


A Administração Americana tenta a todo o custo omitir estas notícias tentando fazer prevalecer a ideia que o acidente não é tão grave assim.

A verdade, como habitualmente continua a ser suprimida.

É tudo demasiado feio para o público ver...

A Corrupção de Washington leva à catástrofe…

A indústria petrolífera, como podemos ver, é como todas as industrias que são reguladas pelas leis federais americanas apadrinhada e tem uma relação"amorosa" com os reguladores...


É a mesma história com a Industria farmacêutica e a FDA, ou a indústria da carne e o USDA. Wall Street e a SEC. Cada sector que está regulamentado, eventualmente, vira o jogo com seus reguladores e acaba reescrevendo as regras para seu próprio benefício.

A indústria petrolífera tem sido capaz de fugir com tantas isenções e lacunas que o ambiente regulador é agora favorável na melhor das hipóteses. À Horizon Deepwater, por exemplo, foi dado todo o tipo de isenções para participar em operações de perfuração de risco sem seguir os procedimentos de segurança adequados. E quem lhes concedeu estas isenções?

O governo federal dos E.U.A, é claro!



No pior dos cenários, isto poderá destruir uma percentagem da vida nos oceanos de todo o mundo. Poderia ser uma ferida final para a Mãe Terra que sangra o sangue negro para os oceanos por dez mil anos, destruindo a vida como a conhecemos neste planeta.


As indústrias de pesca em torno do Golfo do México poderão ser devastadas por décadas. A diversidade da vida nos ecossistemas marinhos pode em breve encontrar-se à beira do colapso. E ainda não existe uma solução real para parar o vulcão do petróleo que continua a brotar do ferimento escancarado.

Só podemos imaginar que tipo de ideias vai na cabeça destes homens do petróleo para parar com o fluxo. Um perito em bombas nucleares foi enviado para a área pela administração Obama, como parte de uma espécie de "dream team" de pessoas super inteligentes para encontrar uma solução.

Mas isso levanta a questão: Se nós fôssemos tão inteligentes, por que ainda estamos fornecendo o mundo com combustíveis fósseis?

Há energia solar suficiente numa quantidade impressionante nos desertos. A tecnologia de energia grátis continua a ser suprimida em grande parte pelos interesses das companhias petrolíferas (e arrogante da comunidade científica), e a tecnologia de energia renovável recebeu praticamente nenhum apoio de qualquer governo (exceptuando o português que das poucas coisas, que fez de jeito nos últimos tempos foi a aposta nas renováveis).

Se fôssemos realmente inteligentes, não permitiríamos a abertura de furos para a exploração de petróleo ou gás natural no fundo do oceano.

Estaríamos a instalar energia solar concentrada (CSP) nos desertos ou a construir aerogeradores.

Poderíamos investir em carros eléctricos e combustíveis alternativos, em vez de queimar o nosso futuro com combustíveis fósseis.

A coisa mais inteligente que nós poderíamos fazer agora - após a estabilização do vulcão de petróleo, é claro - seria fazer um compromisso para acabar com a nossa dependência do mundo em combustíveis fósseis para sempre. Mas isso vai contra os interesses financeiros das companhias petrolíferas que nos querem manter presos no seu sistema de dependência dos combustíveis fósseis não importa qual o custo para o meio ambiente.


A nossa civilização moderna não é tão "moderna", e só parece criar catástrofes, em vez de um planeamento inteligente.

Estamos jogando um jogo de roleta russa global agora com o futuro da civilização humana... e as companhias petrolíferas não conseguem parar de puxar o gatilho. Há pouca dúvida de que a nossa civilização irá acabar se não mudarmos a nossa maneira de estar no mundo e encontrarmos uma forma mais limpa de energia, caso contrário a nossa civilização infantil está em xeque.


2 comentários:

Lakshmi - centro de estudos disse...

Olá, os meus sinceros parabéns por este artigo.

Publiquei-o no meu blog: http://verdecastanho.blogspot.com

Um abraço,

Sónia Cruz

Anónimo disse...

E a seguir a isto vem aí a ...guerra! Vão-nos presentear com uma guerrazita mundial.

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