sábado, julho 28, 2012

Razias...


A esperança num mundo melhor parece ter os dias contados, em Portugal, o desemprego disparou em flecha.
Até aí nada de novo.
Como é sabido neste país, o desemprego aproxima-se a passos largos dos 16%. Contudo há quem contraponha que os números andarão falseados pelo Instituto Nacional de Estatística, vulgo INE e tal não corresponderão à verdade.
Pois, este Instituto Publico não tem em conta, por exemplo, os desempregados em formação ou os jovens em estágios que não correspondem à realidade.
Por todo o lado começa a prosperar a mobilidade, o trabalho precário e mal pago, tipo chapa 500 ou chapa 400 - e os licenciados começam a receber menos, que as empregadas de limpeza – exemplo recente há enfermeiros a ganharem 499,00 € por mês, enquanto há empregadas da limpeza a auferir mais de 700,00 € por mês.
Esta situação faz-me lembrar o que se passou no tempo dos Khmers vermelhos no Cambodja de Polpot, em que o pessoal qualificado foi alvo de segregação, acabando em campos de extermínio e de reeducação.
Mas não queria ir para já por aí...

Valerá a pena queimar as pestanas, anos a fio em cursos universitários?
Enquanto isso, os governantes portugueses incentivam os jovens a procurar o interior de Portugal, as terras e a agricultura ou ainda a fomentar a emigração.
Aqui ao lado, em Espanha 1 em cada 4 cidadãos estão desempregados (população activa).
Isto para não falarmos dos reformados...
É que qualquer dia pelo andar da carruagem, o número de reformados será superior à população activa. Como não houve renovação das gerações através dos nascimentos, não estará a Segurança Social, o Estado Social e as reformas dos aposentados comprometidas?
É todo um sistema à beira do colapso final, seguido de estertores que ameaçam devorar toda uma sociedade e mergulha-la no caos.
Será este o fim da História?

Mas, o melhor estava para vir este ano, com o aproximar do final do ano escolar, muitos jovens após o final do ensino secundário conheceram o desastre nos exames finais de acesso ao ensino superior.
Foi uma autêntica razia, os exames da primeira fase. Há turmas inteiras chumbadas especialmente nos cursos com baixa empregabilidade.
Por outro lado as vagas nas universidades, baixaram drasticamente.
É caso para dizer que tudo se justifica em nome da crise?
Depois do abandono escolar que se verificou este ano entre os alunos das universidades portuguesas, muitos alunos que terminaram o secundário, questionam-se o que vão fazer?
Que perspectivas para o Futuro?
Que formação?
Cursos profissionais não há e o ensino técnico está morto!
Que emprego?
Que habitação?
O que fazer?
Emigrar para onde?
Há ainda casos de jovens adultos na casa dos 30 e tal anos a regressarem a casa dos pais, sem emprego e com dívidas mil...
Que país é este?


Só que parece que isto não acontece só em Portugal, verifica-se um pouco por toda a Europa e a crise ameaça não ficar por aqui, creio que veio para ficar...

1 comentário:

Mário Nunes disse...

A segunda chamada foi também um fracasso para a maioria dos alunos que se candidataram a um lugar no ensino superior, tendo as notas piorado, assim como as médias. A pouco e pouco a ideia do estado social cai por terra, assim como a Revolução de um certo Abril que fez sonhar Portugal, com paz, saúde e educação para todos.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...