sexta-feira, maio 03, 2013

Nostradamus e a III Guerra Mundial (Parte 1)

 
A “arte” da guerra
“(...)Não existe guerra sem um grande teatro: são os campos de batalha, as cidades, mares e céus; são os territórios bárbaros, em que os nossos instintos primitivos se sentem soltos, vagando em desumanidades. Criamos até um nome para esse espaço dos desatinos – Teatro de Operações – expressão militar, muito poética e até mesmo meiga para designar o palco da carnificina e da loucura. Por isso, é que entendidos entendem a guerra como a arte, a triste arte de matar semelhantes em nome do poder, de crenças e da cobiça.
Está armado o clima de crise económica necessário para se forjar uma guerra. Agora vamos ver como aparecem os grandes oportunistas para governar a guerra decorrente da falta de recursos – sim, na crise que determina a guerra procuramos salvadores! Eles nascem do nosso medo e pelo nosso medo crescem!
Na crise económica, tememos a fome e os enganadores aí aparecem a nos prometer riquezas, porém só nos trazem a miséria. Temos medo da violência e eles só nos dão os corpos nadando em sangue nos campos de batalha. Temos medo da guerra e eles são a guerra.
Sim, há uma arte muito antiga nos conflitos bélicos! A arte de iludir e comprar corações com palavras vazias. Em suas propagandas de poder, os senhores da guerra nos falam de virtude enquanto não passam de grandes escroques. Fala-nos de orgulho, honra e inflamam multidões, cheios do único orgulho que possuem: o orgulho de não ter honra alguma.
Mesmo que as Centúrias não passem de milhares de versos compostos por um ancião entediado ao escrever a mais louca das epopeias – com seus bufos-heróis actuando em lugares incertos –, nada disso pode tirar o valor da mais sábia das mensagens que se pode dar aos homens: evitem cometer os mesmos erros; cuidai de quem vos governa; a guerra é a morte, a destruição; a verdadeira virtude está em viver em paz, respeitando essa grande casa que é comum a todos – a Terra; a honra está em tolerar as diferenças; a glória do homem é viver e deixar viver, nada mais. Em nossa curta vida, cheia de tantos desencantos, em que tudo é abreviado pela morte, a qualidade moral está em tentar compreender este minúsculo lapso temporal em que respiramos.

No caso específico da Segunda Guerra, verifiquem se há algum engano nesses alertas de Nostradamus contra o ódio e horrores que a guerra gera. Hitler, Mussolini na Europa e África e os sanguinários japoneses no Pacífico são a prova incontestável da nossa falta de juízo em tempos incertos, ou a qualquer tempo. No seguimento das diatribes sanguinárias desses ditadores, não nos assusta a ideia de que um degenerado como o anticristo, um dia, venha conduzir a humanidade ao desastre. Infelizmente, são sábias e verdadeiras as palavras do Salmo 42: “Um abismo chama outro abismo”.

Vida feliz: TV, transporte e computadores

I.63
Les fleurs passees diminue le monde,
Long temps la paix terres inhabitees:
Seur marchera par ciel, terre, mer et  onde,
Puis de nouueau les guerres suscitees.

As hidras tornam o mundo menor, por um longo período a paz nas terras inabitadas. As pessoas viajarão com segurança por terra, água e ar. Então as guerras recomeçarão. – Francês: passe-fleur, anémona. Latim: como em português, o adjectivo se coloca ordinariamente depois do substantivo, concordando em género, número e caso, por isso, fleures passees].

A anémona aquática é associada à Hidra, que na mitologia grega aparece como uma criatura fantástica, monstruosa serpente com sete cabeças que se regeneravam quando eram cortadas (Hidra de Lerna). Ela aparece no primeiro verso. Nostradamus pode estar descrevendo algum equipamento electrónico com fios, tentáculos, e que encurta as distâncias entre lugares e pessoas – televisão e computadores, por exemplo. Os animais do género Hydra descritos pela biologia, são verdes, cinzas ou pardos e vivem presos a paredes rochosas ou à vegetação aquática. A intenção nessa quadra é de descrever como se dá a comunicação e o fluxo de pessoas entre lugares por meio de recursos tecnológicos estranhos a Nostradamus: “As pessoas viajarão com segurança por terra, água e ar”.
Observem que ele utiliza os primeiros três versos para descrever a sua visão sobre a modernidade e no último já retorna ao seu foco, que é a guerra. Num homem do século XVI, é de se imaginar o espanto com os modernos navios e submarinos cruzando os mares. Em 1550, navegar era sinónimo de naufrágio em toscas naus de madeira. Nostradamus deparar-se com comboios e metros com as suas velocidades fantásticas, enquanto ele dispunha para viagens os veículos de tracção animal – e isso para quem podia pagar, pois a maioria das pessoas se deslocava a pé mesmo. Os aviões devem ter deixado o profeta maravilhado, simplesmente inimaginável naquele tempo em que boa parte dos homens tinha no céu apenas a habitação do divino e de tudo quanto era inexplicável.

As causas da Terceira Guerra

Ao examinarmos este grande épico às avessas que são as Centúrias, podemos observar que certos factores, como de ordinário para outras guerras, contribuem sobremodo para a criação do clima de animosidades entre os países e decorrente Terceira Guerra. Em nosso entendimento, quatro são os pontos chaves nas previsões deste evento:

Economia – falência do mundo financeiro;
Meio ambiente – aquecimento global e uma sucessão de eventos catastróficos;
Crise energética – alta nos preços do petróleo;
Política – falhas na diplomacia e manutenção da paz.

É evidente que esses factores não actuam sozinhos, todos concorrem para um panorama de crise global nunca antes experimentada pela humanidade. Assim, a falência do mundo financeiro está relacionada com o aquecimento global, a alta nos preços do petróleo e com a política desenvolvida pelas nações. Todos esses itens misturam num emaranhado de único e frágil fio de seda. Acontece que o fio pode arrebentar e desencadear a sucessão dos eventos que determinarão a guerra, conforme veremos nas Centúrias.
Contudo, a paz sempre foi efémera:

II.40
Vn peu apres non point longue interualle,
Par mer et terre sera faict grand tumulte:
Beaucoup plus grande sera pugne nauale,

Feux, animaux, qui plus feront d'insulte.
Pouco depois do intervalo não muito longo, por terra e mar será um grande alvoroço: as batalhas navais serão as mais importantes, a ferocidade será maior do que a própria guerra.

Meio ambiente: o aquecimento global

Présage  XLI. Iuillet.
Predons pillez chaleur, grand seicheresse,
Par trop non estre. cas non veu, inoui:
A l'estranger la trop grande caresse,
Neuf pays Roy. l'Orient esblouy. 
Os ladrões farão pilhagens durante uma longa seca, que constituirá um acontecimento jamais visto. Os países estrangeiros serão tratados com pouca energia. O Oriente seduzirá nove países.

A grande seca surge dos desequilíbrios de temperatura na superfície terrestre, ao qual chamamos de aquecimento global. Seca e fome têm que ser conjugadas sempre juntas. Logo, as pilhagens serão proporcionais ao tamanho da seca e da fome. E numa louca tentativa para salvar a economia mundial, movidos mais por medo do que por convicções políticas, nove países do Ocidente se deixarão seduzir pelo Oriente, no caso, a China com mais de 1,3 bilião de habitantes, prontos para deixarem suas fronteiras em busca de meios de sobrevivência. Essa equação nos parece simples: a soma de seca com fome e penúria tem por resultado a guerra.
Essa grande seca, a qual se refere Nostradamus, e seus efeitos estão presentes em quase todas as quadras e presságios que tratam da Terceira Guerra e seus desdobramentos. Portanto, é necessário que façamos aqui um breve estudo das actuais condições climáticas para verificarmos o grau da possibilidade imediata desse acontecimento catastrófico.
O aquecimento global é decorrente da junção de vários outros factores relacionados ao meio ambiente, como por exemplo, o efeito estufa, com uma concentração além do normal de gases na atmosfera que aprisionam calor sobre a superfície terrestre. Mas não é só isso, junto ao fenómeno do efeito estufa também está o aparecimento de buracos na camada de ozono, o que nos deixa vulneráveis aos efeitos nocivos da radiação ultravioleta emitida pelo Sol.
Esses fenómenos, sentidos com maior intensidade a partir do final do século passado, são causados directamente pelo homem, com o aumento da poluição verificada a partir da Revolução Industrial, ocorrida nos meados do século XVIII. A indústria trouxe o progresso para o mundo e permitiu o actual estágio em que vivemos. O problema é que o nosso suposto conforto, obtido com esse não menos suposto progresso, aponta para danos terríveis à natureza. A desertificação é um sinal claro que o nosso modo de vida está afectando o meio em que vivemos. De acordo com dados do Worldwatch Institute, cerca de 15% da superfície terrestre sofre algum tipo de desertificação – com a redução da vegetação e capacidade produtiva do solo. Coloquemos nessa conta de subtracção, as chuvas ácidas, a poluição do solo e das águas, o desmatamento, a erosão e teremos um quadro nada promissor para a saúde do planeta.
O aumento de um grau Celsius na temperatura média da terra é suficiente para alterar o clima de várias regiões e, segundo os cientistas que apresentaram trabalhos no Painel Intergovernamental Sobre Mudança no Clima (IPCC) das Nações Unidas, o século passado foi o mais quente dos últimos 500 anos, com aumento da temperatura média entre 0,3 ºC e 0,6 ºC. Ora, somos forçados a apontar novamente a falta de parâmetros para Nostradamus fazer suas previsões, principalmente no que se refere ao clima. Pelo que sabemos, em sua época, nem mesmo o termómetro havia sido inventado. O primeiro termómetro só apareceria em 1592, exactos trinta e seis anos depois da morte do profeta, inventado por Galileu Galilei (1564-1642).
No século em que viveu Nostradamus e nos anteriores a ele, não existem registos de seca ou crise agrícola, muito pelo contrário, o século XVI foi de superprodução na Europa. “No século XVI a elevação generalizada dos preços e a consequente propensão a investir levaram a um crescimento da produção, que no século XVII estava acima da possibilidade de absorção do mercado”. Além disso, o período de maior fome na Europa (1315-1317), portanto, 200 anos antes do nascimento de Nostradamus, foi causado pelo excesso de chuvas, que não permitiam a germinação das sementes dos cereais, elas simplesmente ficavam podres.
Mas, voltemos ao nosso fértil solo, às profecias de Nostradamus, e poderemos verificar que outros fenómenos podem concorrer com o aquecimento global, inclusive para aumentá-lo, como por exemplo, o deslocamento dos pólos magnéticos em relação ao eixo terrestre, ou ainda, a alteração na inclinação desse eixo:

 
I.56
Vous verrez tost et tard faire grand change,
Horreurs extremes et vindications:
Que si la Lune conduite par son ange,
Le ciel s'approche des inclinations.
Mais cedo e mais tarde você vai ver grandes mudanças, horrores extremos e vinganças: e se a Lua tivesse sido levada por seu anjo. O céu se aproxima das inclinações.

Um claro aviso de Nostradamus sobre os horrores da guerra e uma mudança generalizada nas coisas que afectam o nosso planeta. O céu e a Lua, símbolos da constância estariam em desacordo com o que se espera deles. A Terra mergulhada em tal escuridão (o anjo da morte) que nem se pode mais ver a Lua. O eixo terrestre estará muito inclinado devido aos desastres naturais, terremotos e vulcões e até mesmo grandes explosões atómicas:

IV.30
Plus unze fois Luna Sol ne vouldra,
Tous augmenté et baissez de degrez:
Et si bas mis que peu or on coudra,
Qu'apres faim peste, descouuert le secret.
Por mais de onze vezes Lua e Sol desaparecerão, tudo aumentado e diminuído de grau: colocados tão embaixo que até o ouro escurecerá. Depois da fome e da peste, descoberto será o segredo.

Um pacto para salvar a Economia

Na quadra I.63, além de apontar maravilhas do engenho humano, o profeta nos fala em um período relativamente longo de paz entre guerras, nas terras desérticas (países produtores de petróleo). Porém, a paz será interrompida por nova guerra, que envolverá seis países que pertencem a um grupo de sete e mais um terceiro que sai de um grupo de cinco, e todos contra o Oriente, os árabes, persas e turcos:

II.88
Le circuit du grand faict ruineux,
Le nom septiesme du cinquiesme sera:
D'vn tiers plus grand l'estrange belliqueur:
Mouton, Lutece, Aix ne garantira.
O conjunto do grande pacto desastroso, o sétimo nome da quinta será: um terceiro, o maior e estranho guerreiro que não garante: o Papa (Roma), Paris e Aix-en-Provence.

Um belo enigma! Vamos interpretá-lo: o G-7 é composto pelos países mais ricos e industrializados do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá. Vamos lembrar que a guerra se dará por motivos económicos, pois a esta altura o sistema financeiro internacional estará falido. Um desses países do G-7 não aceitaria o pacto de guerra, por fraqueza militar, ou por problemas internos. A eles virá se somar um estranho e grande guerreiro do G-5, composto por países emergentes: Brasil, México, Índia, África do Sul e China, ou seja, parte do antigo Terceiro Mundo. Porém, mesmo com o pacto firmado, este “estranho guerreiro” não conseguirá dar apoio bélico à Itália e à França. Dos países do G-7, o Japão é o único país que não pertence à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN – em inglês, NATO). Do G-5, o Brasil, o México aparecem no contexto quando Nostradamus se refere ao Ocidente. Pois para ele, a Europa é o centro que divide o mundo em Ocidente e Oriente. Os maiores em população são a China (1,3 bilião) e a Índia (1,2 bilião). A China também tem o maior território e apresenta o sistema de governo estranho aos outros, Comunista, mas caminha a largos passos para o Capitalismo.
Logo, a China, que já é a segunda maior economia do mundo, altamente dependente do petróleo, surge como uma candidata ao “pacto desastroso” de guerra. Há uma década, qualquer pessoa que vislumbrasse tal aliança tácita entre os exércitos da China e a NATO seria sumariamente apedrejada em praça pública! Eis, portanto, o nosso cuidado em descrever aqui somente uma aliança táctica, que prevê um objectivo imediato, no caso, a garantia de fornecimento de petróleo pelos países produtores, especialmente os árabes. Algo muito diferente de uma aliança estratégica e permanente em busca de um único objectivo comum e duradouro.
E lá vai mais um ponto para a China em sua marcha capitalista: no final de Abril de 2011, a agência de notícias EFE informava que O FMI apontou em um relatório que o Produto Interno Bruto (PIB) da China superará o dos Estados Unidos em 2016, n uma comparação baseada no poder paritário de compra (PPC), ou seja, a economia real. O relatório do órgão demonstra que o PIB chinês aumentará de US$ 11,2 triliões em 2011 para US$ 19 triliões em 2016. Essa quantia supera as previsões do PIB americano, que nessa data alcançaria os US$ 18,8 triliões, a partir dos actuais US$ 15,2 triliões.

A crise energética

Nostradamus deixa bem claro que um dos rastilhos da Terceira Guerra Mundial está aceso no Oriente e Ásia, e os recentes acontecimentos no Norte da África e que rumam para o Médio Oriente nos revelam a fragilidade de todo nosso sistema baseado no ouro negro. Nunca, em tempo algum, o mundo esteve tão exposto aos humores das relações internacionais e, em especial, nessas regiões. Somem-se a isso tudo, as abissais diferenças culturais e religiosas e teremos um grande barril de pólvora apenas esperando a fagulha para ir aos ares.


 
II.86
Naufrague à classe près d’onde Hadriatique,
La terre tremble, esmüe sus l’air em terre mis,
Égypt tremble augment Mhaométique,
L’Héraut soy rendre à crier est commis.
Navios vão naufragar bem perto do Adriático, A terra tremerá quando uma frota aérea atacar a terra. O Egipto treme aumentado pelos maometanos. Será exigida a rendição do comandante-em-chefe.

III.27
Prince libinique puissant en Occident,
François d’Arabe viendra tant enflammer
Scavant aux lettres sera condescendent,
La langue Arabe em François translater.
Um príncipe líbio poderoso no Ocidente virá a inflamar muitos árabes contra os franceses, depois virá uma personagem culta e complacente que mandará traduzir a língua árabe para o francês.

Recordo o sétimo dia de Abril de 2011, uma quinta-feira. A televisão está ligada e transmite os horrores dos conflitos no Norte da África, em especial na Líbia, e também regista a catástrofe atómica na central nuclear de Fukushima, no Japão, que havia sofrido nesse dia mais um forte abalo sísmico (7,1 graus na escala Richter) e na mesma região do terremoto dia 18 do mês anterior. Desta vez, quatro foram mortos e 130 pessoas ficaram feridas.
Bela era a tarde! A mesma tarde desesperadora para as famílias de 11 crianças assassinadas por um maluco no Rio de Janeiro. A mesma tarde aterrorizante para centenas de africanos que acabavam de sucumbir em naufrágio, muito perto do Adriático, numa fuga desesperada da fome e da guerra. Segundo o que noticiava a agência italiana Ansa, o barco de imigrantes e refugiados somalis, bengalis, sudaneses e eritreus, vindo da Líbia, transportava 300 pessoas e afundou a 65 quilómetros de Lampedusa, em águas territoriais de Malta. A Guarda Costeira da Itália e pescadores sicilianos haviam retirado da água 48 das 300 pessoas que estariam a bordo da precária embarcação. O capitão de um pesqueiro siciliano que conseguiu resgatar três pessoas disse que a cena foi impressionante. "O que nós vimos foi terrível. As cabeças dos náufragos ficavam fora da água e depois mergulhavam. Todos gritavam por socorro", disse Francesco Rifiorito à Ansa. "Nós fizemos tudo o que foi possível". Esta não foi a primeira embarcação que afundou naquelas águas depois do início dos protestos e certamente não seria a última, pois a situação humanitária nos países africanos tornava-se a cada dia mais grave.
Nas quadras iniciais deste capítulo temos a notícia das revoltas no Egipto. O país tremeu em protestos populares exigindo a renúncia do presidente Hosni Mubarak (1928-). Mubarak ficou no poder por quase 30 anos e não resistiu à revolta popular que persistiu por 17 dias seguidos e que deixou mais 300 mortos e cinco mil feridos. O ditador e sua família foram detidos e seus bens bloqueados no exterior. A queda de Mubarak foi resultado do efeito dominó dos protestos que atingiram o Norte da África em 25 de Janeiro na Tunísia que também teve seu presidente deposto, depois que um vendedor ambulante ateou fogo nas próprias roupas em protesto contra os impostos e a acção violenta da polícia para repreender os pequenos comerciantes informais. A partir daí, como um rastilho de pólvora, os protestos alcançam praticamente toda África setentrional, habitada por povos de língua árabe e de maioria mulçumana.
Depois do Egipto, a Líbia do coronel Muammar al-Khaddafi era apenas a bola da vez. Khaddafi havia mandado abrir fogo contra a sua própria gente, numa louca reacção aos protestos que chegaram ao país. Queriam-no fora do poder, usurpado desde um golpe em 1969. O Ocidente já não podia mais tolerá-lo, como o tolerou até mesmo quando se suspeitou que ele ordenara ataques terroristas contra alvos civis em outros países. A reacção de Khaddafi contra a população desprotegida não ficaria impune. Agora, com a Líbia em guerra civil, os aviões e navios da NATO, liderada pelos EUA e França, bombardeavam alvos militares no solo líbio. O coronel estava encurralado, com os recursos pessoais, da família e do estado bloqueados nos países estrangeiros. Poucas eram as saídas para Khaddafi, resistir até a última bala, morrer, ou conseguir fugir para algum dos raros países amigos, como a Venezuela. Em todos os casos, se chegaria ao momento do cessar fogo, com diplomatas redigindo tratados de paz que, certamente, seriam escritos em árabe e traduzidos para outras línguas ocidentais, entre elas o francês, como antevê a profecia de Nostradamus. É bom observar que, independentemente do que ocorra com Khaddafi, a Líbia continuará sendo um barril de pólvora, pois não conta com instituições democráticas sólidas, isso sem contar a população, sempre dividia em poderes tribais. Por estar em posição geográfica estratégica, qualquer conflito na região do Mediterrâneo ou Adriático, a Líbia terá papel relevante, não importando quem esteja ocupando o governo. Há de se lembrar que a guerra será pelo controle do petróleo:

V.16
A son haut pris plus la lerme sabee,
D'humaine chair par mort en cendre mettre,
A l'isle Pharos par Croissars pertubee,
Alors qu'a Rodes paroistra deux espectre.
Quando o preço da gota de sabá, não mais se puder manter no ponto máximo, na época em que cadáveres humanos forem calcinados pelo fogo, e a ilha do Faros for inquietada por cruzadores, aparecerá em Rodes temível espectro de terror.

O Iémene, país que teria sido governado pela da lendária rainha de Sabá, é o principal parceiro comercial da China no fornecimento de petróleo. Os cruzadores inimigos do Ocidente passarão perto da antiga ilha de Faros, hoje uma península, na cidade egípcia de Alexandria. Rodes é uma ilha grega do Mar Egeu. É lá que vai aparecer o espectro do terror, talvez um navio armado com explosivos atómicos.

A morte do tirano num porto muçulmano

IV.45
Par conflict Roy, regne abandonnera,
Le plus grand chef faillira au besoing,
Mors profligez peu en reschapera,
Tous destranchés, vn en sera tesmoing.

Durante o conflito, o Rei vai abandonar o seu reino, maior chefe irá falhar na hora da necessidade: inoperante, arruinado, poucos escaparão, todos massacrados, um será a testemunha.

I.94
Au port Selin le tyran mis à mort,
La liberté non pourtant recouvreé:
Le nouveau Mars par vindicte et remort,
Dame par force de frayeur honorée.
No porto muçulmano o tirano posto a morte, a liberdade não será recuperada: porém, a nova guerra virá por retribuição e remorso, a Dama é ameaçada pela força do terror. – Selin é palavra de origem grega, quarto crescente da Lua, símbolo muçulmano.

Essas duas quadras nos parecem complementares e referem-se aos recentes conflitos na África e Oriente Médio. A diplomacia e a ajuda militar dos EUA (ou França) vão falhar em relação a um país aliado. O chefe de governo desse país terá que abandoná-lo e o povo perecerá numa guerra civil.
Ora, tiranos não faltam para morrer em algum porto do Norte da África e durante as revoltas no mundo árabe é bem provável que a liberdade não seja conquistada pelo povo, pobre em instituições sólidas para garantir essa liberdade. “A Dama ameaçada por força do terror”, pode ser uma alusão à União Europeia ou especificamente à França, que tem como um dos símbolos da Revolução a dama de Eugène Delacroix (1798-1863) La Liberté guidant le peuple – A Liberdade guiando o Povo, pintura de 1830.

As tentativas para se manter paz

IX.52
La paix s'approche d'vn costé, et la guerre,
Oncques ne fut la poursuitte si grande:
Plaindre hôme, femme sang innocent par terre,
Et ce sera de France a toute bande.
De um lado, preparam-se para assinar a paz e do outro, para fazer a guerra. Jamais as duas serão tão procuradas: depois serão lamentados os homens e mulheres; o sangue inocente vai correr sobre a terra e em todos os lados da França.

VI.64
On ne tiendra pache aucune arresté,
Tous receuans iront par tromperie:
De paix et trefue, et terre et mer protesté.
Par Barcelone classe prins d'industrie.
Os tratados de paz não serão respeitados. Todos passarão por enganos. Por terra e por mar serão feitas proclamações de paz. O exército será posto em actividade até Barcelona.

XII.59
L'accord et pache sera du tout rompuë:
Les amitiez pollues par discorde:
L'haine enuiellie, toute foy corrompuë,
Et l'esperance. Marseille sans concorde.
O acordo de paz será quebrado por todos: as amizades envenenadas pela discórdia, o ódio virá a corromper a fé e a esperança. Não se encontrará a harmonia em Marselha.

VI.21
Quant ceux du polle arctic vnis ensemble,
Et Orient grand effrayeur & craints:
Esleu nouueau, soustenu le grand tremble,
Rodes, Bisence de sang Barbare teincte.
Quando os do Polo Árctico estiverem unidos globalmente, no Oriente grande terror e medo: o recém-eleito, sustentado pelo grande álamo negro, Rodes e Bizâncio de sangue bárbaro tingida – Francês: tremble, faia preta (árvore, álamo)].

Pelo visto nessas quadras, o grande momento se aproxima. A Europa está mais do que unida na sua grande comunidade económica. As relações dos Estados Unidos com o Canadá e a Rússia são relativamente boas. No Oriente, o quadro é exactamente de terror e medo com as revoltas populares e as actividades terroristas dos fundamentalistas islâmicos.
Barack Obama (1961-), sustentado por uma forte população negra nos EUA, trabalha pela reeleição. Mas, tudo isso se faz ilusório, o sangue árabe está sendo derramado na África e Oriente nas revoltas populares. Assim, os ataques terroristas e os velhos ódios voltarão para rasgar os frágeis tratados de paz e o sangue dos inocentes fluirá como se fosse num rio.

A morte de Osama Bin Laden

III.30
Celuy qu'en luitte et fer au faict bellique
Aura porté plus grand que luy le pris:
De nuict au lict six luy feront la pique
Nud sans harnois subit sera surprins.
Aquele que enegreceu com luto e arremessou o dardo num feito de guerra, ao guiá-lo no céu de alguém maior do que ele: à noite, seis o farão ficar de pé, despido e sem defesa ele será surpreendido – Francês: fer, metal, espada, punhal, lança, dardo; porter, levar, levar a, guiar; la pique, a prumo, verticalmente, em perigo, em risco. Latim: ferrum, ferro, arremessão com dardo; aura, vento brando, brisa, o céu, os ares, o firmamento].

Osama Bin Laden (1957-2011) deixou uma nação inteira de luto ao comandar (guiar) o ato terrorista que arremessou aviões contra alvos em solo norte-americano, em especial às torres gémeas do World Trade Center de Nova Iorque, em 11 de Setembro de 2001. Feito que determinou a imediata guerra contra o terror e a invasão do Afeganistão pelas tropas dos EUA.
Na noite de primeiro de maio de 2011, o Seal Team Six, em 40 minutos levou a cabo a operação que matou de Osama Bin Laden. O Seal Team Six é uma unidade das forças de elite americanas com operacionais vindos da Marinha, Força Aérea e do Exército (“a equipe dos seis”). Consta dos primeiros relatos da Casa Branca que Osama se levantou da cama antes de ser morto. Os de detalhes que podem esclarecer se ele estava vestido, ou não, ainda não haviam sido fornecidos oficialmente por Washington.
Até agora, as informações sobre como teria sido a morte do terrorista foram dadas pela rede de televisão dos Estados Unidos CBS. No dia 13 de maio, a rede de TV revelou que Osama Bin Laden refugiou-se em um quarto ocupado por suas mulheres e filhas durante a operação militar em que foi morto. Membros do Team Six tentaram disparar enquanto ele estava no patamar do segundo andar, mas fracassaram. As imagens da operação foram feitas por câmaras instaladas nos capacetes dos soldados. Osama teria fugido em seguida para um quarto onde se encontravam suas mulheres e filhas. O primeiro soldado que entrou no dormitório afastou as filhas, enquanto o segundo empurrou uma das esposas, que se atirou contra ele. O soldado disparou então contra Bin Laden, ferindo-o no peito, antes que um terceiro membro do Team Six atirasse sobre a sua cabeça.


VI.33
Sa main derniere par Alus sanguinaire,
Ne se pourra par la mer garentir:
Entre deux fleuues craindre main militaire,
Le noir l'ireux le fera repentir.
Suas mãos, derradeiras para o Culto sanguinário, não podem pelo mar chegar ao recolhido num abrigo: entre dois rios o respeito nas mãos dos militares ao irado homem negro que fará ele se arrepender. – Francês: garer, abrigar, recolher num abrigo; craindre: temer, recear, suspeitar, respeitar, acatar. Latim: Alus, Alo, deidade obscura romana, adorada por poucos.

Em território norte-americano, o presidente Barack Obama acompanhou passo a passo (praticamente online) o desenrolar da acção do Team Six. Embora tenha sido usada uma tropa da Marinha, o ataque à fortaleza, onde se abrigava Bin Laden, teve que ser feito por meio de aeronaves. O Team Six acessou o abrigo após descer pelas cordas e cabos lançados por helicópteros. Em Washington, capital localizada num distrito entre os rios Potomac e Anacostia, os militares saudaram efusivamente com continências o presidente negro que havia cumprido a promessa feita ao povo norte-americano de matar Bin Laden. Não sabemos quais foram as últimas palavras do terrorista nem se ele teve tempo de dizer alguma coisa, porém a quadra aponta que ele se arrependeu antes de morrer.
A divindade Alus praticamente não aparece na literatura romana, somente há registo dela em algumas inscrições, portando, Alus deve ter sido adorado por um número reduzido de pessoas, ou até mesmo uma seita. Em Roma, cada casa tinha seu próprio deus, chamado Lar, fora os que eram adorados de forma comum pelo povo, como Diana, Júpiter, Marte etc. Havia também os deuses penates, adorados pelas famílias, mas sem nomes. Dessa maneira, traduzimos Alus, por "Culto" por um número não muito grande de homens ou mulheres.

A vingança dos seguidores de Bin Laden

VI.67
Au grand Empire paruiendra tout vn autre,
Bonté distant plus de felicité:
Regi par vn issu non loing du peautre,
Corruer regnes grande infelicité.
Um homem bem diferente atingirá o grande império mais distante da bondade do que da felicidade: regido por alguém vindo de longe de sua cama, tal regente se precipita num grande infortúnio.

Bin Laden atingiu em cheio o orgulho do império norte-americano. Um pouco antes deste momento terrível, duro com os seus inimigos, o país passava por uma euforia. Agora regido por alguém que veio de longe do continente – Obama nasceu em Honolulu, capital do Havaí, estado norte-americano localizado no Pacífico – o império será atingido pela infelicidade, vingança dos fundamentalistas árabes ao se vingarem de Bin Laden.
Passados três dias da morte de Bin Laden, o Al-Qaeda, a organização terrorista de Bin Laden, comunica que a felicidade dos americanos deve virar tristeza. "Nós enfatizamos que o sangue de Osama Bin Laden é precioso para todos os muçulmanos e não foi derramado em vão", lamentava o grupo fundamentalista islâmico.
No dia 13 de Maio, um ataque com homem-bomba contra uma academia paramilitar no Noroeste do Paquistão matou 80 pessoas. Várias pessoas ficaram feridas no atentado. O Talibã paquistanês assumiu a autoria do atentado e revelou que foi uma vingança pela morte do líder e fundador do Al Qaeda, Osama Bin Laden, por forças especiais norte-americanas. O atentado ocorreu no momento em que cadetes recém-formados entravam num autocarro para sair de folga.

V.19
Le grand Royal d'or, d'airain augmenté,
Rompu la pache, par ieune ouuerte guerre:
Peuple affligé par vn chef lamenté,
De sang barbare sera couuerte terre.
O grande Real de ouro, de bronze aumentado, o acordo rompido, a guerra aberta por um jovem: povo atingido por um chefe lamentado, de sangue bárbaro será coberta a terra.

Esses acontecimentos vão se dar quando o Ocidente estiver iludido com o suposto valor do dólar ou do euro. Na Idade Média, uma das crises económicas aconteceu quando os reis adicionaram metais de menor valor nas moedas de ouro. O acordo dos estados que compõe a UE vai ser rompido e a guerra será desencadeada por um jovem governante, inconformado com o derramamento de sangue de seu povo.

27. O Ataque terrorista no parque

X.83
De batailler ne sera donné signe,
Du parc seront contraints de sortir hors:
De Gand l'entour sera cogneu l'ensigne,
Qui fera mettre de tous les siens à morts.
Da batalha não será dado signo, do parque serão obrigados a sair: ao redor do Gândamo será conhecida a insígnia, que vai levar todos os seus à morte. – Latim: Gandamus, Gândamo, antiga cidade próxima ao Mar Vermelho.

Não será dado sinal prévio algum da luta que os terroristas travam. O sinal do ataque suicida será dado pelo chefe deles na cidade de Gândamo, próximo ao Mar Vermelho, no Médio Oriente. O parque vai ter que ser evacuado. Ora, se esse ataque terrorista for uma resposta à morte de Bin Laden, ele terá que ser feito num grande parque para incutir medo nas pessoas e ter seu efeito multiplicado pela comunicação social. Nos Estados Unidos, as cidades que têm grandes parques: Nova Iorque (Central Park) e depois, Washington (Boston?).

Ataques terroristas na Espanha e Itália

V.55
De la Felice Arabie contrade,
N'aistra puissant de loy Mahometique:
Vexer l'Espagne, conquester la Grenade,
Et plus par mer à la gent Lygustique.
De uma região da Arábia Feliz, nascerá poderoso de lei de Maomé: ofenderá a Espanha, para conquistar Granada, e fará mais para o povo da Ligúria.

Arábia Feliz (em latim Arabia Felix) é a denominação dada pelos romanos a uma região da Península Arábica, que corresponde hoje à parte da Arábia, Iêmen e Omã. Osama Bin Laden nasceu em Riad, capital da Arábia Saudita.
Em 11 de Março de 2004, um atentado reivindicado pelo grupo terrorista brigadas de Abu Hafs Al Masri, em nome da Al-Qaeda, explodiu quatro comboios em Madrid. Os números do governo italiano apontam para 191 pessoas mortas nesse ataque com bombas.
Nessa quadra, também encontramos a ameaça de golpe mais terrível ainda na região de Génova, Noroeste da Itália (Ligúria). Na seguinte quadra, Nostradamus descreve outro ataque terrorista na região de Florença:

X.33
La faction cruelle à robe longue,
Viendra cacher souz ses pointus poignards,
Saisir Florence le Duc et lieu diphlonque,
Sa descouuerte par immurs et flangnards.
A seita cruel dos que usam longa túnica virá, ocultando armas sob suas vestes. O líder deles tomará Florença e a queimará duas vezes, enviando à frente homens hábeis e sem lei.

Itália sofre com a guerra químico-biológica

IV.48
Planure Ausonne Fertille, spacieuse,
Produira taons si tant de sauterelle,
Claré solaire deviendra nubileuse,
Ronger le tout, grand pest venir d’elles.
Uma tal quantidade de mosquitos e gafanhotos avançará sobre a fértil planície italiana em que o sol será obscurecido. Todos comeram, a grande peste virá deles. – Latim: planura, planície; Ausonia, antiga região da Itália; produco, faço avançar.

Esse cenário corresponde a um ataque ou contra-ataque sobre a Itália, no fértil Vale do Pó. As armas utilizadas parecem ser químicas ou biológicas, lançadas por grande número de aeronaves (de dois tipos). A contaminação se dará pelo consumo de alimentos infectados que causará uma séria doença semelhante à peste. Assustador para os italianos, que têm em seus territórios as bases de onde partem os ataques dos aviões da NATO ao Norte da África.
Algumas linhas são necessárias para que tenhamos ideia do perigo ao qual a Itália e outros países estão expostos com esses tipos de ataques terroristas. Quanto à guerra biológica, é bom saber que temos notícias muito antigas de sua procedência. Ela era praticada na Antiguidade, quando os exércitos usavam cadáveres putrefactos para contaminar o abastecimento de água de uma cidade sitiada, ou atiravam dentro das muralhas inimigas cadáveres de vítimas de varíola, peste ou outra doença contagiosa.
Mas isso é passado, nos interessa agora a possibilidade de uma guerra químico-biológica se repetir em nosso tempo e com mais tecnologia agregada à matança em massa.
Os Estados Unidos sempre acusaram os países que não são simpáticos à política da Casa Branca de fabricarem ou ter em estoque armas químicas e biológicas. Assim se deu com o Iraque, com o Irão e também com a Líbia. Depois que o ex-presidente George W. Bush (1946-) usou diante das Nações Unidas o falso argumento de que Iraque possuía também tais armas e por isso era preciso ocupá-lo militarmente, quaisquer acusações semelhantes são, no mínimo, suspeitas.
Em Dezembro de 2003, em plena lua de mel com o Ocidente, a Líbia concordou em abrir mão de todos seus estoques de armas químicas, biológicas e nucleares. A promessa veio depois de um longo processo de negociações com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Em troca, a comunidade internacional acabaria com os embargos e sanções contra a Líbia.
E quais seriam as possíveis pestes (vírus ou bactérias) espalhadas por essas armas biológicas? Várias. Vejam uma pequena lista:
Varíola – transmitida por vírus – a contaminação pode ser pelo ar, taxa de mortalidade de 30% ; sintomas parecidos com o da gripe. A erupção de pústulas na pele é uma das características da doença;
Ebola – vírus – a mortalidade atinge quase 100%. Contaminada pela água, alimento, ou ar, a pessoa passa a sentir febre, dor de cabeça, falta de ar; diarreia com sangue e expectoração também hemorrágica. A morte se dá no máximo em duas semanas. O Ebola é uma arma letal e sem tratamento;
Peste bubónica – a peste bubónica pode ser disseminada por pulverização, mísseis, bombas ou por meio de pulgas infectadas. Apenas cinquenta quilos de esporos podem contaminar uma cidade de cinco milhões de habitantes. Infectada, a pessoa vai contagiar todas as outras com que tiver contacto. Em três dias, os sintomas aparecem semelhantes a uma gripe e depois se formam pústulas e úlceras na pele;
Anthrax – bactéria que dá o nome a doença. Caso fosse lançada por avião, o anthrax iria contaminar o ar, a água, o solo e os alimentos. Não pode ser detectado porque é incolor e sem cheiro. O anthrax pode lesar a pele, contaminar os pulmões ou causar doenças intestinais e também começa como se fosse uma gripe e termina em hemorragia, edema e falência dos órgãos.
Essas são os mais importantes vírus e bactérias que podem ser usadas numa eventual guerra. Mas também temos outras armas de origem biológica, como a toxina botulínica e toxina T-2, ambas mortais para os animais e seres humanos.

Présage CXXV. Iuillet.
Par pestilente et feu fruits d'arbres periront,
Signe d'huile abonder. Pere Denys non gueres:
Des grands mourir. mais peu d'estrangers sailliront,
Insult, marin Barbare, et dangers de frontieres.
Pelo fogo e pestilência as árvores os frutos perecerão, sinais de petróleo abundante. O Pai em Saint-Denys não será escutado: os chefes de estado morrerão, mas poucos estrangeiros. A marinha bárbara ameaçará as fronteiras com seus ataques.

Mais um reforço de Nostradamus sobre a tragédia que se abaterá em parte da Europa. Nem mesmo os chefes de estado serão poupados. O Pai ao qual se refere Nostradamus é o Santo Papa que não será executado. Em 31 de Março de 1980, em visita a Saint-Denys, o papa João Paulo II assim se dirigiu aos trabalhadores na homilia: “O nosso mundo contemporâneo vê crescer a ameaça terrível de destruição duns pelos outros, em particular com a acumulação dos meios nucleares. Já só o custo destes meios e o clima de ameaça que eles provocam, fizeram que milhões de homens e povos inteiros vissem reduzir-se as suas possibilidades de pão e de liberdade. Nestas condições, a grande sociedade dos trabalhadores, precisamente em nome da força moral que se encontra nela, deve perguntar categórica e claramente: onde, até que ponto e por que foi ultrapassado o limite da nobre luta pela justiça, da luta pelo bem do homem, em particular do homem mais marginalizado e mais necessitado? Onde, até que ponto e por que se transformou esta força moral e criadora em força destruidora, o ódio, nas novas formas do egoísmo colectivo, que deixa aparecer a ameaça da possibilidade duma luta de todos contra todos, e duma monstruosa autodestruição?” [Homilias de João Paulo II, 1980. Anais do Vaticano."(...)

Fonte: Nostradamus, de José Fernando Nandé



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