terça-feira, outubro 20, 2009

O Mundo Sem Nós, de Alan Weisman

O que seria do nosso planeta se a raça humana desaparecesse?

Quem nunca imaginou um dia acordar e ver-se sozinho na Terra?
Esse é um tema que já foi abordado muitas vezes em diferentes épocas. O que causaria a extinção da humanidade?

Poderia ser a queda de um meteoro gigantesco, assim como acredita-se ter ocorrido à 65 milhões de anos atrás varrendo os dinossauros da face da Terra?

Ou seria o próprio homem exterminando seus semelhantes em alguma guerra absurda?

Um desastroso acidente nuclear?

Ou até mesmo pela fúria da natureza, como por exemplo drásticas mudanças climáticas causadas pela exploração descontrolada dos recursos naturais pelo homem.

Ainda também poderíamos citar a propagação de um vírus mortífero altamente contagioso.

As hipóteses para o fim da aventura humana na terra são inúmeras.


E segundo acreditam alguns cientistas, nossa extinção é inevitável.

Mas, quando seria?

E de que maneira?

Impossível dizer.

Fácil imaginar.


Conforme podemos ler no site “worldwithoutus.com”: «Em “O Mundo Sem Nós”, Alan Weisman oferece-nos uma visão original no que toca às questões levantadas sobre o impacto que a humanidade tem no planeta: pede-nos para imaginar a Terra, sem nós.

Sem ninguém para operar ou fazer manutenções de certos equipamentos usados hoje em dia por nós, as cidades seriam rapidamente afectadas.
Nem mesmo, as grandes metrópoles escapariam. Em apenas 48 horas, as centrais eléctricas entrariam em ‘blackout’. Para citar um exemplo, a ilha de Manhattan, em Nova Iorque, foi construída sobre um pântano, sofreria drásticas mudanças, logo nos primeiros dias. O Metropolitano da cidade ainda conta com bombas de sucção para retirar a água das chuvas. Em caso de avaria e de temporal, em poucas horas, os túneis estariam completamente inundados.

Em poucos anos, os alicerces da cidade ruiriam, abrindo enormes crateras na superfície deixando espaço para a vegetação começar a tomar conta da cidade, transformando-a rapidamente numa floresta.
Não levaria mais do que 100 anos, para a vegetação cobrir ruas e estradas e outros 100 anos, para que as pontes e estruturas de ferro entrassem em colapso. Já as construções de tijolos e de pedras demorariam mil anos para desaparecerem completamente.

Plástico e vidro? 50 mil anos para completa dissolução. Nesse mesmo tempo acredita-se que só restariam ruínas arqueológicas registrando a passagem do homem pela Terra. Resíduos químicos poderiam demorar até 200 mil anos para desaparecerem por completo. Uma triste realidade.

Outras espécies beneficiariam com o nosso desaparecimento.

É o caso das mais de 15 mil espécies de animais que hoje se encontram ameaçadas de extinção devido ao progresso e aos estragos causados ao planeta pelos mais de 6 biliões de humanos que aqui vivem.

Calcula-se que um milhão de aves morram todos os anos ao chocarem contra torres de comunicação, confusas pelas luzes emitidas pelas mesmas. Animais domésticos como cães e gatos voltariam a ser selvagens, e também os porcos e cavalos. Já os ratos e as baratas levariam a pior, afinal eles se alimentam da enorme quantidade de lixo gerada pela população humana.


A extinção da raça humana também traria benefícios ao planeta em si. Sem poluição, emissão de gases e produtos químicos, o ar, terra, rios e oceanos voltariam a ser como eram há milhares de anos atrás.


Mas, a rapidez com que a natureza se recupera é no mínimo curiosa. No dia 26 de Abril de 1986, em Chernobyl, na antiga União Soviética, hoje Ucrânia, ocorreu um dos maiores acidentes nucleares de todos os tempos.

Mais de 20 anos depois dessa região ser evacuada, animais que foram deixados para trás multiplicaram-se e outros considerados em extinção reapareceram, como o lince e a coruja-gigante, raros na região. Até mesmo pegadas de ursos foram registradas. Alguns desses animais não eram vistos nessa área há décadas.


Mas quais seriam os efeitos no planeta com a nossa extinção?

Alan Weisman, professor de jornalismo da Universidade do Arizona e autor de vários livros científicos, lançou um sobre o assunto - The World Without Us, St. Martin Press, 2007 - explicando a sequência de eventos no planeta se desaparecemos amanhã. A respeitada revista britânica ‘New Scientist’ recentemente também descreveu com detalhes como ficaria o nosso planeta com o desaparecimento do homem.

Nesta extensa narrativa, Weisman explica-nos como a nossa infra-estrutura massiva cairia em colapso, sem a nossa presença até finalmente desaparecer; como as nossas coisas do dia-a-dia ficariam imortalizadas como fósseis; como tubos e fios de cobre seriam arrasados para meros costuras em rocha avermelhada; porque algumas das nossas primeiras construções poderiam ser as únicas peças de arquitectura a sobrar; e como o plástico, esculturas de bronze, ondas rádio, e algumas moléculas feitas pelo homem poderiam ser os nossos presentes mais duradouros ao universo.»



A Fox comprou os direitos do best-seller ambientalista «O Mundo Sem Nós» escrito por Alan Weisman em 2007. De acordo com a “The Hollywood Repórter”, a intenção da Fox não é contudo de fazer um documentário mas antes uma peça de ficção que usaria a ciência do livro como estrutura, como por exemplo: «mostrar um evento que levaria ao desaparecimento da humanidade.» Como quem diz, ao género de “O Dia Depois de Amanhã” e afins.

O argumento será entregue à caneta de Mark Protosevich e a realização a Francis Lawrence, realizador “I Am Legend”, protagonizado por Will Smith.

Há cerca de dois meses atrás, o canal História exibiu a série homónima, que me deixou a pensar… sobre a nossa passagem pelo planeta Terra.

http://worldwithoutus.com


Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...