domingo, novembro 01, 2009

The Surrogates (Os Substitutos), Jonathan Mostow

Num futuro próximo, os humanos vivem isolados nas suas casas e só interagem com os elementos exteriores através de entidades robóticas que lhes servem de extensão do próprio corpo. Quando várias dessas criaturas são assassinadas, caberá a um polícia investigar o sucedido através do seu próprio sósia mecanizado. Só que os eventos acabam por forçá-lo a abandonar o isolamento e sair para o exterior, para desvendar toda a teia conspiratória por trás dos crimes.


Uma fábula com robots...

Um verdadeiro conto de terror existencial que se transforma em fábula política.


Semelhanças com a trilogia Matrix, algumas, aqui as máquinas são usadas para servir as pessoas e por incrível que pareça não está muito desfasado de uma certa realidade, que se está a instalar na nossa sociedade, uma sociedade de gente solitária, que se refugia em casa, estabelece relações através da internet, em redes sociais, onde muitas vezes esconde a sua identidade, constrói um perfil que não corresponde à verdade.

Perspectivas essas, que se estendem ao campo militar, aviões não tripulados (drones usados com sucesso no Afeganistão e no Iraque) e sabe-se lá o que ainda está escondido à espera de ser usado...


Andaremos muito longe do mundo dos Substitutos?

Ficção Científica, quem disse?

O amanhã nos reserva muitas surpresas.


Outras leituras, ainda sobre este mesmo tema, achei bastante curioso, o artigo que vinha na NS, do passado Sábado e que passo a transcrever:


“(Sobre)viver num admirável mundo novo

Estamos prestes a entrar numa era em que a biologia e a tecnologia tendem a fundir-se, em que os ricos se tornarão uma espécie à parte (por terem dinheiro e mais anos de vida que lhes permitem escolher aperfeiçoar-se ao máximo) e em que os robots farão parte de todas as vertentes da vida, chamando a si tarefas que até agora fizeram parte do dia-a-dia de coada um, como conduzir, aspirar a casa ou procurar as chaves. Quem assim prevê o futuro é Paul Saffo, investigador na Universidade de Stanford, alertando para o facto de podermos estar a subestimar os impactes tecnológicos de longo prazo. «À medida que os ambientes on line vão ficando mais apelativos e se torna mais difícil de viver no mundo real, mais pessoas escolherão viver em mundos alternativos, sublinhando que a virtude está em saber equilibrar as coisas o mais possível.”


Muitas revistas de ciência, entre elas, em português, a Superinteressante falam sobre um admirável mundo novo que nos aguarda, em breve: Nanotecnologia, avanços na robótica, cidades no fundo do mar e em ambientes outrora inóspitos para o homem e um novo mundo de possibilidades infinitas, mas para quantos?



http://www.chooseyoursurrogate.com/




2 comentários:

Mário Nunes disse...

Em aditamento, convido-vos a visitar a página de Paul Saffo em:
http://www.saffo.com/index.php

Ficaram esclarecidos?

ACrivelli disse...

O futuro já esta aí, só os tolos não percebem nada!

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