Será que já nos estarão a preparar para o pior?
Esse parece ser o mote de mais uma série de TV recente, que estreou no passado Sábado, no Canal História, disponível por cabo.
Duma assentada foram para o ar dois episódios, estranho é haver documentários que nunca passarão na televisão pública e este deve ser um deles…
A série parte duma premissa, após uma Pandemia e consequente isolamento, acompanha o dia-a-dia duma família composta por três pessoas (pai, mãe e filho) – encontrei algumas analogias com o filme “The Road” (A Estrada), de John Hillcoat, com Viggo Mortensen – Mas, adiante, após os primeiros instantes, apercebemos-nos quão importante podem ser a electricidade e a água canalizada, agora já se imaginou viver num mundo sem elas?
Imagine falirem todos os serviços públicos…
Já se imaginou viver sem saneamento e recolha de lixo?
Nós não nos apercebemos quão importante pode ser um frigorífico. Já se deu conta como poderá conservar alimentos sem frio?
Após dezasseis semanas, a família abandona a sua casa, à volta é a confusão instalada, proliferam os gangs, os assaltos violentos os saques a lojas numa primeira fase e depois a residências, sem Lei nem ordem prolifera a insegurança.
Cedo se apercebem que tem de abandonar os centros urbanos (cidades e vilas) e procurar abrigo num lugar mais calmo para viver.
As estradas são um lugar a evitar, pois proliferam as barricadas inoportunas. Os principais nós rodoviários estão entupidos com viaturas que terão desesperadamente tentado a fuga, só se vêem cadáveres pelo chão.
A família opta por abandonar a viatura e seguir a viagem a pé, então muita da sua bagagem fica para trás, no entanto há coisas essenciais: uma arma, mapas, documentos pessoais, uma faca, uma tenda, uma lanterna, um binóculo, um rádio, uma bússola, medicamentos essenciais, água potável, conservas, fósforos, roupa e calçado confortável, para quem vai ter de se habituar a andar muito a pé.
Uma coisa notável, o infortúnio duns pode ser a sorte doutros, imagine-se num mundo sem esperança, dó, nem piedade, os seres humanos transformaram-se em predadores implacáveis, bestas assassinas, é a Lei do mais forte!
A família furta-se às estradas e às barricadas e a quaisquer contactos com outros humanos, procurando guarida num sitio isolado, com água corrente, uma metáfora nos tempos que se avizinham…
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