Espectrómetro magnético Alpha-2 (AMS – Alpha Magnetic Spectometre) foi instalado esta manhã na estação espacial ISS.
Bastaram menos de quatro horas e a perícia de três astronautas para o espectrómetro magnético Alpha-2 (AMS) ficar instalado na estrutura exterior da estação espacial internacional (ISS). A operação decorreu esta manhã em órbita e o detector já está a funcionar, segundo a NASA.
No valor de 1,5 milhões de euros, o detector foi desenvolvido por centros de investigação de 16 países, incluindo o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), em Lisboa.
Três investigadores do LIP participam actualmente na experiência que vai recolher em órbita dados sobre raios cósmicos e partículas, até 2020, para tentar desvendar alguns mistérios do universo.
Em causa estão as questões da anti-matéria e da matéria escura. Em relação à primeira, dizem as teorias da Física que quando o universo se formou, após o Big-Bang, surgiu a matéria e uma quantidade equivalente de anti-matéria. Só que esta não se encontra em lado nenhum. Quanto à matéria escura, sabe-se que ela existe, mas ela mantém-se indetectável. Com o AMS durante os próximos anos no espaço, os físicos esperam obter novas respostas para estes problemas.
Os primeiros resultados poderão "estar disponíveis para serem divulgados nas conferências científicas do Verão", segundo adiantou à imprensa, Fernando Barão, do LIP, e o coordenador da equipa portuguesa na experiência. Mas, até final do ano, ou início do próximo, haverá "resultados sólidos para publicar", conclui este investigador.
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