Há quanto tempo deixamos de ter notícias da Líbia?
Deixou de interessar?
Vamos voltar uns meses atrás…
Regressemos a Janeiro. Recordam-se do que se passou nesse mês?
Aposto que não…
Afinal estamos em Maio e o tempo parece que se alastra nesta galeria de espelhos…
Em Janeiro, na Tunísia ocorreu a Revolução de Jasmim. Em Fevereiro, seguiu-se a queda de Moubarak, no Egipto. Em Março seguir-se-ia Kadhafi, na Libia…
Parecia fácil, mas Kadhafi ainda está de pé. Por terra um dominó inteiro ameaçava tombar…
Verdade ou manipulação?
Fomos todos enganados mais uma vez pelos ‘Magos Negros’, numa série de falsas bandeiras…
Ódio e medo, eis a catarse perfeita, a fazer lembrar o ‘Grande Irmão’ de 1984 (escrito por George Orwell). Caímos que nem uns patinhos fomos todos levados a crer que uma nação (a Líbia) é o inimigo a abater, um homem, um pária (Kadhafi). Também confesso que fui na onda…
Desde a queda do Império soviético, que se tem assistido todos os anos, a um ciclo de guerras sem fim, num perpetuar de morte e destruição e quase todas com o mandato da ONU.
Desde 19 de Março de 2011, que Kadhafi resiste à operação Odissey Dawn e desafia o Ocidente. Fomos levados a crer que estaria isolado da população e que resistiria apoiado por mercenários ucranianos e por crianças soldados provenientes da África Subsaariana. Para mim, Kadhafi não conseguiria resistir estoicamente à aviação da NATO, sem o apoio do seu povo, subestimaram-no.
Soube há uns dias atrás aquilo que os jornalistas ocidentais não contam, que Kadhafi ainda tem o apoio de boa parte do exército líbio e conta ainda com a ajuda do exército do Chade.
As forças da Líbia e do Chade já se envolveram em escaramuças na zona fronteiriça da Tunísia, com o homologo tunisino. Depois disso passaram ao contra-ataque apesar dos ataques constantes da aviação de seis países ocidentais que lhe mataram um filho, netos e supostamente feriram-no.
Não era este um combate pela liberdade, agora, matam-se pessoas.
Quem são os bons e quem são os maus?
Quem fala a verdade?
Ou será que por detrás disto tudo não está a libertação de um povo, mas sim as vastas reservas de petróleo e de gás natural líbio, praticamente inexplorado?
A guerra está em banho Maria ou segue dentro de momentos, com outros intervenientes que estão ao largo?
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