Os trabalhadores da Galp Energia após um conjunto de plenários realizados no passado mês de Março vão endurecer a luta, face à proposta de actualização salarial de 1,3 por cento e à recusa da administração em atribuir prémios de resultados.
“A administração mantém uma proposta muito baixa, de 1,3 por cento nos salários, e recusa-se a atribuir o prémio em função dos enormes lucros que teve”, disse à Lusa, o coordenador da comissão Sindical Negociadora da Galp, Armando Farias.
“A empresa teve 213 milhões de euros de lucros em 2009, confirmou que vai fazer distribuição de lucros aos accionistas, mas em relação aos trabalhadores, que afinal são aqueles que produzem esta enorme riqueza, recusa-se a fazer a distribuição de qualquer valor”, acrescentou.
O dirigente sindical afecto à CGTP considerou “incompreensível e intolerável” que uma empresa com lucros queira reduzir o poder de compra real dos trabalhadores e recusar-lhes a atribuição de um prémio de resultados.
“Isto insere-se num contexto mais geral, que tem vindo a ser denunciado, que é o facto de os grandes grupos económicos cada vez quererem ter mais e mais à custa da exploração dos trabalhadores”, denunciou Armando Farias.
Na sequência das posições tomadas pela administração da Galp, os trabalhadores definem agora os contornos de uma eventual paralisação, pois a Administração não lhes deu outra saída.
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