O grande acelerador de partículas do CERN - Laboratório Europeu de Física de Partículas vai voltar hoje a fazer colidir feixes de protões à velocidade da luz, esperando-se que a experiência multiplique o conhecimento científico.
Os impactos no conhecimento são "enormes", asseverou à Lusa Gaspar Barreira, presidente do LIP - Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas.
E podem encontrar-se na área da tecnologia de supercondutividade, que está também na base dos comboios de nova geração; das tecnologias que operam na ausência de atmosfera, importante para a geração direta de energia solar; ou nas tecnologias de informação e computação, pela necessidade de enormes cálculos para avaliar toda a informação produzida.
A partir das 8h00 (hora de Lisboa), no interior do Large Hadron Collider (LHC) - um anel de 27 quilómetros de circunferência refrigerado 1,9 graus Kelvin (271,4 graus centígrados negativos) - vão forçar-se os feixes de protões "que circulam em sentidos opostos, a uma velocidade muito próxima da luz em vácuo, a colidir no centro de quatro detetores".
A experiência - que pode ser acompanhada ao vivo em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento - foi tentada em setembro de 2008, mas um mau funcionamento técnico obrigou a interrompê-la e o LHC, construído a 100 metros de profundidade, na fronteira franco-suíça, perto de Genebra, esteve em testes até agora.
Um ciclo que Gaspar Barreira considera "normal" dado o LHC ser a máquina "mais complexa construída pelo homem".
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