Portugal, à beira do fim?

“Estamos todos rotos.” - É o que me apetece dizer.

A pouco e pouco, os coveiros deste país levam-nos para o buraco, para o ponto de não-retorno. Depois da Grécia, chegou a vez de Portugal. Acabaram com a classe média. Ficam os ricos e os pobres…

E o que dizer deste orçamento de estado, apresentado pelo Senhor Primeiro-ministro?

Péssimo demais para ser verdadeiro, penalizando mais uma vez quem trabalha e paga os seus impostos, só que desta vez, a cegueira chegou longe demais penalizando mais uma vez todos os funcionários públicos, retirando-lhes os subsídios de férias e o de Natal. E ainda quem faz horas extraordinárias, tais como por exemplo nos Hospitais e nas Forças de Segurança.

A cegueira e o autismo são cada vez mais que evidentes, desta vez não lesaram só a Função Pública, deram a machada final no Comércio, nos Serviços, na Restauração e na Hotelaria.

Brilhante serviço proporcionou Passos Coelho ao país, arruinando-o de vez, acabando com os serviços e jogando a maior parte dos portugueses na miséria!

È caso para dizer não morra da doença, mas morra da cura, como se houvesse cura possível para uma maleita desta natureza.

Sim senhor, quatro meses depois, o capital de simpatia esfumou-se duma vez só e o desagrado e os tumultos vão sair à rua, só que desta vez, a Policia pode estar do outro lado da barricada, do lado daqueles que protestam, pois retiraram-lhes os suplementos.

Nos hospitais, os médicos deixaram de fazer horas, diminuíram os transplantes!

O cenário é negro, o pessimismo reinante, neste rectângulo à beira-mar plantado, não é por nada, mas isto faz-me lembrar algo, os aziagos tempos da 1ª República. Não há dúvidas agora que o regime agoniza.

A agricultura já foi, os campos estão despovoados tantas sido as investidas dos últimos governos, contra um certo interior, as fábricas encontram-se encerradas, do comércio tradicional pouco resta, pois está nas mãos de poucos, das grandes superfícies, passemos às instituições de solidariedade social, que asseguram os cuidados continuados e a subsistência dos mais velhos, o Estado deve-lhes dinheiro - desde Maio, não há dinheiro para os bombeiros, para a Polícia, para as Forças Armadas.

Tudo falta em Tribunais, Escolas, Postos de Policia, Hospitais e Repartições Públicas, desde o papel, o dinheiro para pagar o telefone, o gás, a electricidade, os combustíveis, o aquecimento e a água.

Isto faz-me lembrar cada vez mais um final dum ciclo, em que terá de haver um recomeço, num país à beira da bancarrota.

Creio que já não há safa possível, filhos da p… disseram muitos portugueses, depois de terem ouvido o Primeiro-ministro. Estes gajos perderam o juízo de vez, agora como é que vamos pagar as contas? Como vamos comer?

Muita gente perdeu o pio hoje depois de ter visto a mensagem que o atrasado do Passos Coelho nos serviu ao jantar e pensaram, afinal isto não é lá longe na Grécia, estamos todos f…

A rua promete entrar breve em ebulição.