Hoje, nas latitudes mais altas do hemisfério norte, deverá ser possível ver o espectáculo colorido das auroras boreais. O motivo vem do Sol. Depois de um período de sonolência um pouco mais longo do que o habitual, ele acordou na segunda-feira com uma enorme erupção na superfície. O resultado poderá ser uma aurora boreal intensa.
O plasma composto de átomos ionizados dessa erupção foi ejectado pelo Sol na direcção da Terra e, à chegada aqui - o que está agora em curso - deverá dar origem a esse espectáculo de luzes verdes e vermelhas no céu.
"Esta erupção vem direita a nós e deve chegar ao início do dia 4", explicou, citado pela Science Daily, o astrónomo Leon Golub, do centro Harvard--Smithsonian de astrofísica, sublinhando que "esta é a primeira grande erupção solar que vem na direcção da Terra desde há bastante tempo".
A erupção foi apanhada no retrato pela sonda da NASA Solar Dynamics Observatory (SDO), lançada em Fevereiro para órbita exactamente para estudar o Sol, a sua estrutura e os seus humores.
"Temos uma imagem linda desta erupção", disse o astrónomo, antecipando que ela pode "dar origem a outras, se desencadear auroras boreais".
O mecanismo que está na origem deste fenómeno tem a ver com estas ejecções de plasma na superfície do Sol. Quando esses gases ionizados vêm direitos à Terra, interagem com o seu campo magnético (que protege o planeta de radiações cósmicas) e podem dar origem a uma tempestade geomagnética. As partículas solares "escorregam" ao longo desse campo magnético, na direcção dos pólos, e, quando colidem com átomos de nitrogénio e oxigénio da atmosfera, estes brilham em tons de verde e vermelho.
Esta erupção sucede a um período de sonolência do Sol, que em 2001 registou mínimos de actividade. Os ciclos de actividade solar duram em média 11 anos, e esta erupção mostra que ele está a entrar num novo pico máximo.
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