O romance que José Saramago recusou publicar
A acção do romance
localiza-se em Lisboa em meados do século XX. Num prédio existente numa zona
popular não identificada de Lisboa vivem seis famílias: um sapateiro com a respectiva
mulher e um caixeiro-viajante casado com uma galega e o respectivo filho - nos
dois apartamentos do rés-do-chão; um empregado da tipografia de um jornal e a respectiva
mulher e uma "mulher por conta" no 1º andar; uma família de quatro
mulheres (duas irmãs e as duas filhas de uma delas) e, em frente, no 2º andar,
um empregado de escritório a mulher e a respectiva filha no início da idade
adulta.
O romance começa com uma conversa matinal entre o sapateiro do rés-do-chão, Silvestre, e a mulher, Mariana, sobre se lhes seria conveniente e útil alugar um quarto que têm livre para daí obter algum rendimento. A conversa decorre, o dia vai nascendo, a vida no prédio recomeça e o romance avança revelando ao leitor as vidas daquelas seis famílias da pequena burguesia lisboeta: os seus dramas pessoais e familiares, a estreiteza das suas vidas, as suas frustrações e pequenas misérias, materiais e morais.
O romance começa com uma conversa matinal entre o sapateiro do rés-do-chão, Silvestre, e a mulher, Mariana, sobre se lhes seria conveniente e útil alugar um quarto que têm livre para daí obter algum rendimento. A conversa decorre, o dia vai nascendo, a vida no prédio recomeça e o romance avança revelando ao leitor as vidas daquelas seis famílias da pequena burguesia lisboeta: os seus dramas pessoais e familiares, a estreiteza das suas vidas, as suas frustrações e pequenas misérias, materiais e morais.
O quarto do sapateiro
acaba alugado a Abel Nogueira, personagem para o qual Saramago transpõe o seu
debate - debate que 30 anos depois viria a ser o tema central do romance O
Ano da Morte de Ricardo Reis - com Fernando Pessoa: Podemos manter-nos
alheios ao mundo que nos rodeia? Não teremos o dever de intervir no mundo
porque somos dele parte integrante?
José Saramago é uma
figura especialmente amada em Espanha, pelo que não admira ter recebido algum
destaque na imprensa do país vizinho a publicação iminente de um novo romance
do escritor português. O site do jornal ABC destaca em título, que Saramago recusou
publicar em vida Clarabóia, título do romance que estará disponível no próximo
dia 17, cerca de 60 anos depois de ter sido escrito.
O escritor tinha
cumprido 30 anos quando decidiu entregar o manuscrito de Clarabóia a uma
editora que nunca respondeu. Ou melhor respondeu mais de 40 anos depois, mas
nessa altura, Saramago pensava que já não fazia sentido.
2 comentários:
Eu estive procurando o livro nas livrarias brasileiras e não encontrei: só na Leitura eu achei em formato digital, mas quero o livro impresso. Você sabe onde eu o possa encontrar, sem ser na editora?
Provavelmente o livro ainda não estará disponível nas livrarias no Brasil, Milu. Contudo deixo-lhe o site da Wook (Porto Editora, onde poderá encomendar o mesmo.
http://www.wook.pt/ficha/claraboia/a/id/11257668
E boa leitura.
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